• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A estratégia da violência nos nomes das guerras

Mais Lidos

  • A nova fotografia da religião no Brasil segundo o Censo de 2022. Artigo de Jeferson Batista

    LER MAIS
  • Dom Ivo Lorscheiter e sua abertura ao diálogo ecumênico. Artigo de Thiago Alves Torres

    LER MAIS
  • Primeiros sinais sobre para onde o Papa Leão liderará a Igreja. Artigo de Michael Sean Winters

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade de Pentecostes – O sopro do Espírito impulsiona para a missão. Comentário de Virma Barion

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

05 Setembro 2024

"A linha entre a ironia e a crueldade às vezes é muito tênue e, nesse caso, revela uma estratégia de comunicação que vai além da espetacularização da violência", escreve Marta Cariello, em artigo publicado por il manifesto, 04-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Eu gostaria de ter estado naquela sala quando os quadros militares israelenses decidiram que sim, o nome é o correto: o ataque à Cisjordânia em agosto de 2024 será chamado de Operação “Summer Camps”. Os campos são, é claro, os campos de refugiados (uma consequência da ocupação israelense, é claro), e isso já traz consigo um grau de ironia amarga, a demolição de um arranjo criado pelo demolidor. De fato, agora é uma questão de terminar o trabalho. Mas é claro que o outro sentido de “campos de verão” não pode escapar, aqueles em que as crianças brincam e passam o período mais belo do ano. Aqui está, é aqui que a veia irônica desse nome exala, francamente, perversão.

O costume de dar um nome às guerras ou às operações militares não é novo nem, certamente, uma invenção israelense. Remonta à Primeira Guerra Mundial na Alemanha e evolui de um dispositivo militar com função de código para elemento relevante das relações públicas das nações envolvidas, à medida que os meios de comunicação de massa, por sua vez, se desenvolvem. É bem sabido que Churchill (responsável pela escolha de “Overlord” para o desembarque na Normandia em vez de outras opções, como “sledgehammer”, martelo ou marreta) elaborou regras para a atribuição de nomes para as operações: se houvesse a expectativa de baixas muito altas, o nome não deveria ser engraçado nem de alguma forma risível.

Os Estados Unidos, sempre vanguardistas na espetacularização de tudo, produziram nomes dignos de Hollywood para suas guerras. Todos nós lembramos dos exóticos Desert Shield, Desert Storm e até mesmo Desert Sabre (“sabre do deserto”, talvez, quem sabe, também lembrando o sabre de luz de Luke Skywalker).

O ponto de virada para os EUA foi depois do Vietnã, a primeira guerra intensamente transmitida pela TV, que tinha visto operações únicas com nomes muitas vezes abertamente violentos ou depreciativos, como Good Friend, Turkey Shoot ou Rabbit Hunt, precedidas pelas explícitas operações da Guerra da Coreia de 1951, como Rat Killer e Ripper (esquartejador), por exemplo. O Departamento de Defesa dos EUA percebeu que esses nomes não constituíam uma boa jogada de relações públicas para a marca EUA e, em 1972, emitiu um conjunto de diretrizes para “refletir os ideais tradicionais americanos” e não ofender a sensibilidade de outros grupos ou religiões, nem de nações aliadas ou do chamado “mundo livre”.

Assim, depois de mais de uma década de nomes aleatórios gerados por computador, a virada comunicativa veio com o Panamá, onde, em 1989, entrou em cena a Operação Causa Justa para remover Noriega. Em anos mais recentes, após as sugestões do deserto, os EUA passaram a insistir na evocação igualmente evanescente e desorientadora da liberdade: Operação Liberdade Iraquiana, Operação Liberdade Duradoura, Operação Sentinela da Liberdade. Os nomes das guerras e das diferentes fases das operações são infinitos, não apenas os estadunidenses, mas de quase todos os sujeitos - estatais e, às vezes, não estatais - envolvidos em guerras nas últimas décadas. Seria uma lista muito longa, e certamente digna de um estudo cuidadoso e talvez até urgente, dada a nova aceleração dos meios de comunicação de massa e, até certo ponto, também das guerras, pelo menos na percepção que temos no Ocidente.

Voltando à ironia, certamente poderíamos também considerar o uso da palavra “liberdade” pelos EUA, por exemplo, para ir e travar uma guerra em solo soberano estrangeiro e sem ter sido atacados, uma enorme ironia, mesmo sem entrar na questão dos EUA como “terra da liberdade” e, portanto, do próprio significado que se entende dar à liberdade, se realmente compatível com a sociedade capitalista. No entanto, a ironia dos “campos de verão” israelenses parece dar, se possível, um salto adiante, um golpe desumano a mais no massacre já em ato.

A ironia deveria servir como um meio de distanciamento, deveria ajudar a ver as coisas de uma distância que as torne menos trágicas, mesmo que, no fim das contas, talvez um pouco amargas. No entanto, a linha entre a ironia e a crueldade às vezes é muito tênue e, nesse caso, revela uma estratégia de comunicação que vai além da espetacularização da violência; é (ao vivo para o mundo) também a violência das palavras.

Leia mais

  • O Supremo israelense põe fim à greve geral enquanto continuam os ataques em Gaza e na Cisjordânia
  • Oriente Médio: nova frente na Cisjordânia. Artigo de Riccardo Cristiano
  • Médicos Sem Fronteiras lança relatório sobre as restrições e a violência que impedem palestinos de acessar à saúde na cidade de Hebron, na Cisjordânia
  • Cisjordânia: a guerra que o mundo não vê. Artigo de Chris Hedges
  • Cisjordânia: assentamentos, violência, silêncio cúmplice. Artigo de Estéfano Tamburrini
  • Israel, necropoder e desumanização
  • A desumanização dos palestinos pela sociedade israelense já é absoluta
  • Últimos massacres na área central de Gaza ilustram a completa desumanização dos palestinos

Notícias relacionadas

  • A prática do sacrifício, hoje, é a prática da barbárie. Entrevista especial com Xabier Etxeberria Mauleon

    LER MAIS
  • O grito de Jesus na cruz e seus ecos na contemporaneidade. Entrevista especial com Francine Bigaouette

    LER MAIS
  • Defensoria diz que Rio passou por "limpeza" de moradores de rua do centro

    As denúncias de constrangimentos e violência contra moradores de rua na região do centro do Rio de Janeiro cresceram 60% nos me[...]

    LER MAIS
  • Olimpíadas: estado de exceção estabelece censura e outras violências

    "Muito além da proibição do #ForaTemer, Jogos Olímpicos reforçam uma série de violações de direitos". O comentário é de[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados