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As enchentes do RS pela aquarela de Bruno Lorenz

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01 Junho 2024

Explorações sensíveis sobre os impactos das enchentes do Rio Grande do Sul são uma forma mais humana de compreender os efeitos dessa catástrofe. Nesse intuito, o Instituto Humanitas Unisinos - IHU convidou o aquarelista e designer Bruno Lorenz para expor em nosso site uma aquarela que criou sobre esse episódio, acompanhada de um texto que escreveu sobre a criação da obra e suas impressões.

Bruno Lorenz é aquarelista, graduado em Design pela Universidade Feevale e mestre em Design pela Unisinos. Foi professor de Design da Universidade Feevale/RS entre 2018 e 2019 e participou como designer ou sócio em várias empresas, incluindo Designer e sócio co-fundador da Odd.Group, B.Pró Agência de Comunicação e Effêmera (effemera.com). Participou como pesquisador do Artefato Lab, grupo de pesquisa em Design Estratégico e Cultura de Projeto da Unisinos. Além disso, cria aquarelas com seu projeto “Uns Predinhos”.

Eis a aquarela.

Aquarela por Bruno Lorenz, representando a Casa de Cultura Mario Quintana de Porto Alegre durante a enchente de Maio de 2024.

Eis o texto elaborado por Bruno Lorenz, refletindo sobre a enchente de 2024 e a criação de sua obra.

Me chamo Bruno e tive sorte. Moro nas franjas do bairro Floresta, próximo de onde a água alcançou, mas longe o suficiente para que eu me mantivesse seco. Foram alguns dias sem luz e outros racionando água da caixa, só entendi realmente o que acontecia quando comecei a trabalhar num abrigo e depois, quando pela primeira vez, andei pelas ruas embarradas do quarto distrito.

Meu trabalho é pintar e desenhar prédios, pequenas casas, locais que evocam memórias. Começou como hobby há uns dois anos atrás, até que, no início desse ano, se tornou o meu ganha pão. Eu nunca havia retratado a Casa de Cultura Mário Quintana. Apesar de ser um dos locais mais bonitos de Porto Alegre, sempre tive receio de não conseguir representá-lo como ele merece.

Assim que as chuvas começaram, parei de pintar. Enquanto a água ultrapassava o Muro da Mauá, eu me ocupava em tentar entender o que estava acontecendo, doar o que estivesse ao meu alcance, criar rifas das artes que havia pintado nos últimos meses para doações urgentes. Depois, não conseguia mais acessar meus materiais de desenho no Vila Flores, também invadido pela água. Quando finalmente consegui algumas tintas e meus cadernos, já não sabia mais o que eu deveria retratar.

a água que nos devastou
não é água.

água é inodora, incolor
insípida.

isso que nos invadiu é gelado,
barroso, tem cheiro de morte,
não bebi, mas sei que não devo.

isso que nos invadiu é pesado,
turvo, frio, tem som de helicópteros.

isso que nos desalojou não tem
vida, vai se mover para outro lugar
em breve, não desaparece,
não volta pro céu.

Não é água.

A primeira coisa que fiz quando abri meu ateliê foi pendurar um cartaz com a frase “Aquilo que não desenhei, nunca de fato vi”. Preciso desenhar para entender o que vejo. Preciso desenhar para compreender o mundo. A Casa de Cultura alagada só se tornou real depois dessa pintura. Até onde a água chegou? O que ela levou embora? O que ela deixou para trás? O que somos agora?

Quais os locais que já pintei que agora estão debaixo d'água?

A água chegou até aqui e não podemos nos esquecer até onde tivemos de ir antes que ela se fosse.

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