11 Março 2024
Afegãs e palestinas, ucranianas e haitianas, iranianas e congolesas são as mães que clamam pela vida.
A opinião é de Tonio Dell’Olio, padre italiano, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 08-03-2024. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Elas não param de chorar porque creem que essas lágrimas são férteis mesmo quando não há abismo mais dilacerante do que ouvir morrer entre os próprios braços a vida que deu à luz.
Todas as mulheres que estarão nas praças e aquelas que estarão em greve hoje para demonstrar ao mundo que, sem mulheres, não há cuidado e por isso o mundo para, carregam no coração e nos olhos aquelas mulheres distantes dos nossos olhares, mas tão próximas do coração do mundo.
Mulheres que tecem a trama da paz e saciam a sede de justiça. Vozes que despertam do trauma da violência pela qual continuamos fazendo profissão de fé mesmo quando dizemos com palavras que somos contra a guerra.
Só as mulheres entendem o mundo novo que espera ser gerado e que vive hoje as dores extremamente dolorosas do parto. Chegou a hora de cortar o cordão umbilical que ainda mantém a guerra ligada à história. Afegãs e palestinas, ucranianas e haitianas, iranianas e congolesas são as mães que clamam pela vida: escutemo-las.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Mulheres que clamam pela vida. Artigo de Tonio Dell’Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU