07 Dezembro 2023
Relatório “Estado Global das Conexões Sociais”, da Gallup e Meta, indica que mais de um bilhão de pessoas debatem-se contra a solidão. A pesquisa foi realizada em 142 países, entrevistando, entre junho de 2022 a fevereiro deste ano, cerca de 1 mil pessoas acima dos 14 anos. Trata-se do primeiro estudo global sobre a solidão.
A reportagem é de Edelberto Behs.
Surpreende neste levantamento foi a descoberta de que jovens adultos, entre os 19 e os 29 anos, sentem-se mais solitários do que pessoas com 65 anos ou mais de idade. A pesquisa apurou que apenas 17% das pessoas nesta faixa etária sentiam-se “muito” ou “bastante” solitários, enquanto entre os jovens adultos essa percepção foi de 27%.
Em maio passado, informa o repórter Leonardo Blair, do portal The Christian Post, o cirurgião estadunidense Vivek Murthy, alertava, na manifestação “Nossa epidemia de solidão e isolamento”, que a solidão afeta a saúde individual e social. Ela está associada a “um risco maior de doenças cardiovasculares, demência, acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade e morte prematura”, assinalou.
Murthy incentivou a realização de atos simples de bondade, como o compartilhamento de refeições, contatos com amigos, para atacar a solidão. “Cada um de nós pode começar agora, em nossas próprias vidas, fortalecendo nossas conexões e relacionamentos. Nossos relacionamentos individuais são um recurso inexplorado – uma fonte de cura escondida à vista de todos. Eles podem nos ajudar a viver de forma mais saudável, mais produtiva e mais realizadora”, disse.
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Solidão é fonte de doenças, aponta médico estadunidense - Instituto Humanitas Unisinos - IHU