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09 Novembro 2023

Enrique Dussel “entregou sua vida à luta por uma militância para além das siglas. Seu compromisso esteve ao lado das Mães da Praça de Maio, dos oprimidos e explorados, dos povos originários, dos zapatistas, do povo cubano, chileno e boliviano. Sua questão, ‘Como construir uma política emancipatória, ancorada em uma ética da libertação?’, permanece de pé”, escreve Marcos Roitman Rosenmann, sociólogo, analista político e ensaísta chileno-espanhol, em artigo publicado por La Jornada, 08-11-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Um grande entre os grandes se foi. Pensador comprometido, assumiu responsabilidades. Enfrentou o peronismo reinstalado sob a batuta do homem forte que movia os fios do poder, o ministro do Bem-Estar Social José López Rega. Em 2 de outubro de 1973, a Triple A explodiu uma bomba em sua casa, levando-o ao exílio.

Seu destino foi o México, onde desenvolveu grande parte de seu trabalho como professor de ética e filosofia da UNAM e, já no século XXI, assumindo como reitor da Universidade Autônoma da Cidade do México. Lutador incansável, o atentado que quase custou sua vida e a de sua família não foi suficiente para silenciar sua voz. Ao contrário, deu-lhe força e reafirmou suas convicções na luta pela emancipação política dos povos e, assim, também do ser humano.

Sua vida intelectual girou em torno de dois desafios: a busca de uma ética da libertação e de uma política emancipatória. A sua visão de mundo, dirá em Política de la Liberación: Historia mundial y crítica, conecta-se e converge com “o espaço político dos pobres, das vítimas, das do sul do planeta, os oprimidos, os excluídos, os novos movimentos populares, os povos ancestrais colonizados pela modernidade, pelo capitalismo que globaliza”, destacando que é o lugar a partir do qual “teremos que ir realizando a crítica de todo o sistema de categorias da filosofia política burguesa”.

Para isso, revirou a história. Colocou-a de cabeça para baixo, repensou discursos e propôs uma visão crítica e global da cultura ocidental, questionou que a origem da democracia estivesse na cultura greco-romana e rompeu com o helenocentrismo. Foi longe e reivindicou sua origem nas culturas semitas estabelecidas na Mesopotâmia, no Oriente Médio, milênios antes de Cristo. Estudou as culturas asiáticas e africanas e prestou atenção na história dos povos originários conquistados de Nossa América.

Se quisermos encontrar Enrique Dussel, deve ser entre esses parâmetros. Daí a sua proposta de forjar um pensamento capaz de romper a violência do sistema-mundo, dando voz às suas vítimas, silenciadas e invisibilizadas. É assim que se tece a sua proposta de pensamento pós-colonial. Uma alternativa capaz de explicar o paradoxo da exclusão das grandes maiorias na globalização, cujos efeitos são a destruição ecológica enraizada no processo de valorização de um capitalismo predatório e seu corolário: a extinção da vida no planeta com a morte da espécie homo sapiens.

Mergulhou na obra de Fanon, dialogou com Pablo González Casanova, Darcy Ribeiro, Franz Hinkelammert, os teóricos da dependência, e questionou as visões de uma conquista e colonização sob a ideia de progresso. Reivindicou a história de Nossa América. Soube unir seu saber às lutas dos povos originários e deu especial atenção à revolução cubana. Teve palavras para defender a revolução bolivariana. Foi um semita, daí a sua proposta de uma cultura fundada na transmodernidade, no reconhecimento de um saber anterior ao pensamento greco-romano como fonte de poder ético e forjador do humano.

Tinha convicção da necessidade de estudar a fundo a modernidade capitalista e a sua racionalidade política. Não se tratava de um saber erudito, de um conhecimento academicista. Não pretendia ser considerado um especialista em Marx. Dussel buscou em Marx uma resposta às suas interrogações. Para Dussel, Marx proporcionava ferramentas, argumentos e facilitava a compreensão do capitalismo realmente existente. Suas reflexões sobre Marx não têm paralelo no âmbito da epistemologia.

Enquadrar o pensamento de Enrique Dussel em um só disciplina suporia cercear a sua proposta. Dussel não se impôs limites na busca de respostas para uma pergunta que o acompanhou durante toda a sua vida. Repetidas vezes, voltou a ela, reformulou-a de todos os ângulos possíveis. Para lhe dar maior consistência, apoiou-se na história, na economia, na sociologia, na teologia, na ciência política, na antropologia, nas ciências da matéria e a vida.

Nada lhe foi alheio. Transitava tranquilo pelo grego e o latim, alemão, inglês, hebraico e francês, não menos que o espanhol. Seu rigor o forçava a consultar suas fontes. Sentia a necessidade de especificar os conceitos. Comprometido com seu tempo histórico, não lhe faltou tempo para a militância política, sempre atendeu ao chamado das organizações populares. Próximo e afável, Dussel não pode ser identificado com um partido. Seu saber não pertence a uma organização.

Entregou sua vida à luta por uma militância para além das siglas. Seu compromisso esteve ao lado das Mães da Praça de Maio, dos oprimidos e explorados, dos povos originários, dos zapatistas, do povo cubano, chileno e boliviano. Sua questão, “Como construir uma política emancipatória, ancorada em uma ética da libertação?”, permanece de pé. Seu legado nos obriga a perseverar. As novas gerações, aquelas às quais Dussel se aproximou como professor e companheiro de viagem, encontrarão em seus escritos argumentos suficientes para não desfalecerem em tempos de traição e insatisfação ética.

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