“Hoje, mais do que nunca, o nosso mundo encontra-se numa encruzilhada crucial. A nossa Terra, que acolheu civilizações e alimentou culturas, está ameaçada por perigos sem precedentes. As crises ambientais, desde a escalada dos eventos climáticos até a diminuição da diversidade da vida, lançam um apelo urgente às armas para uma ação unida.”

A reportagem é publicada por SIR, 28-08-2023. 

"A Terra não pertence a nós. É um presente e temos a obrigação moral de respeitá-la e preservá-la para as gerações futuras”.

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, mais uma vez levanta a sua voz para denunciar as crises ambientais e apelar a uma ação conjunta para proteger a Terra. Conhecido mundialmente como o “Patriarca Verde” pelo seu compromisso de dez anos com as questões ambientais, Bartolomeu dedicou hoje grande parte do seu discurso ao tema das alterações climáticas na abertura da conferência científica intitulada “Parcerias em Ação: rumo a uma terra, uma família, um futuro” que terá ocorrerá em Istambul, no contexto do diálogo acadêmico em curso entre o cristianismo e o islamismo, nos dias 28 e 29 de agosto.

O encontro conta com a presença de representantes dos Patriarcados e das Igrejas Ortodoxas, líderes religiosos muçulmanos, representantes de organizações internacionais de vários países. “Como líderes e comunidades de fé, estamos numa posição única para responder a este apelo. Nossas escrituras, tradições e histórias estão repletas de ensinamentos que ressaltam nosso dever para com o meio ambiente. Chegou a hora de mergulhar profundamente nesses repositórios de sabedoria para liderar um movimento ambiental coletivo baseado na fé”.

Bartolomeu pede aos líderes religiosos que se empenhem no diálogo, manifestando-se “em ações concretas”: “A nossa Terra, santuário partilhado, deu refúgio a inúmeras gerações, cada uma das quais acrescentou o seu capítulo único à saga da humanidade. A nossa geração encontra-se num momento memorável, investida da responsabilidade de traçar um caminho que garanta paz, prosperidade e equilíbrio ecológico aos que virão”.

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