Recursos do Fundo Amazônia podem parar na BR-319, que corta a floresta

BR-319 (Foto: DNIT | Governo Federal)

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21 Agosto 2023

Ministro dos Transportes quer usar recursos do Fundo dedicado à preservação da Amazônia para asfaltar a BR-319, que está intensificando desmatamento no sul do Amazonas.

A informação é publicada por ClimaInfo, 18-08-2023.

A ideia de jerico é do ministro Renan Filho (MDB), que comanda a pasta dos Transportes. Segundo a Folha, ele pretende apresentar um projeto para viabilizar o asfaltamento do chamado “trecho do meio” da BR-319, que liga Manaus (AM) e Porto Velho (RO), com recursos do Fundo Amazônia. Para o ministro, a proposta seria construir a “rodovia mais sustentável e mais verde do planeta”, seja lá o que isso quer dizer.

A obra é uma das várias prioridades de infraestrutura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro que ele não conseguiu tirar do papel. Havia a expectativa de que ela fosse incluída na nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o que não ocorreu. Agora, de acordo com Renan Filho, a ideia seria buscar recursos do Fundo Amazônia para viabilizar um modelo de operação que contemple medidas de preservação ambiental nas margens da rodovia.

“Como o fluxo é muito baixo nesse trecho, para fazer uma gestão privada de custo relativamente alto que permita passagem animal, controle e combate ao desmatamento, que tenha monitoramento por câmeras, por viaturas, (…) isso não teria sustentabilidade por pedágio”, justificou o ministro.

Especialistas e ambientalistas ressaltam que a BR-319 tem servido como vetor para a intensificação do desmatamento no sul do Amazonas. Um levantamento do Observatório da BR-319 divulgado nesta semana revelou que a rede de ramais ao redor da rodovia tem uma extensão de 5 mil km, quase seis vezes maior do que a própria estrada. Desse total, mais de 2 mil km foram abertos nos últimos seis anos, o que coincidiu com a explosão no desmatamento na região.

Em tempo: A Justiça Federal bloqueou mais de R$ 95 milhões em bens de desmatadores da Amazônia, informou a Folha. A decisão atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), a partir de liminares em três processos no Pará e dois em Roraima.

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