Mais de 1 bilhão de pessoas podem ficar sem acesso à água até 2050

Foto: Abhishek Goel/ Pexels

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17 Agosto 2023

Países que abrigam um quarto da população global, ou seja, 2 bilhões de pessoas, estão usando de forma regular 80% de seus suprimentos renováveis a cada ano. Entre esses recursos renováveis que escasseiam cada vez mais no planeta, estão as reservas de água doce.

A reportagem é de Marcelo Menna Barreto, publicada por Extra Classe, 16-08-2023.

Isso, para a World Resources Institute (WRI), causa um “estresse hídrico extremo” que poderá fazer com que metade dessa população, cerca de 1 bilhão de pessoas, fique sem acesso à água até 2050.

A organização não governamental que tem sede em Washington, nos Estados Unidos, e dois escritórios no Brasil, lançou nesta quarta-feira, 16, o Atlas de Risco Hídrico da WRI.

De acordo com o documento que é produzido a cada quatro anos, o aumento da demanda e o agravamento do aquecimento global está fazendo o mundo enfrentar uma “crise hídrica sem precedentes”.

Desde 1960, segundo o relatório, a procura por água tem aumentado em todo o planeta e mais do que dobrou nas últimas décadas.

“Sem uma melhor gestão da água, o crescimento populacional, o desenvolvimento econômico e as mudanças climáticas estão prestes a piorar o estresse hídrico”, alerta a ong WRI (Foto de Abhishek Goel/ Pexels)

A estimativa da ONG é que até 2050, a demanda hídrica deverá aumentar entre 20% e 25% globalmente.

“Viver com esse nível de estresse hídrico põe em risco a vida, o emprego, a alimentação e a segurança energética das pessoas”, alerta a publicação.

O Atlas da WRI lembra ainda que a água é fundamental para o cultivo e criação de gado, produção de eletricidade, manutenção da saúde humana, promoção de sociedades equitativas e cumprimento das metas climáticas mundiais.

“Sem uma melhor gestão da água, o crescimento populacional, o desenvolvimento econômico e as mudanças climáticas estão prestes a piorar o estresse hídrico”, aponta.

Situação de risco alto

Bahrein, Chipre, Kuwait, Líbano e Omã são as cinco nações em situação de maior estresse hídrico.

Rumando para a situação desses países do Golfo Pérsico e próximo ao Brasil, está o Chile.

Arábia Saudita, Bélgica, Grécia e San Marino seguem o mesmo destino, na lista dos 25 que consomem com regularidade 80% de seus recursos naturais.

Ao todo, cerca de 4 bilhões de pessoas, o correspondente à metade da população mundial, estão expostas de forma extrema a estresse hídrico alto pelo menos um mês por ano, de acordo com a WRI. Esta exposição tende a chegar a 60% em 2050.

Segundo o Atlas, a situação ameaça a produção de alimentos e o crescimento econômico dos países.

O relatório aponta ainda que 60% da agricultura irrigada do mundo está em estresse hídrico extremamente alto. São, em especial, as culturas de arroz, cana-de-açúcar, milho e trigo.

Para a World Resources Institute, o mundo vai precisar produzir 56% mais calorias alimentares do que em 2010 para alimentar 10 bilhões de pessoas, a população mundial projetada até o ano de 2050.

O mapa da crise hídrica no Brasil (Infográfico: WRI/ Divulgação)

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