Alemanha. Os escritórios da Arquidiocese de Colônia são investigados pela polícia. Cardeal Woelki suspeito de perjúrio

O cardeal Rainer Maria Woelki, da Arquidiocese de Colônia, está sendo investigado por prejúrio (Foto: Reprodução | Vatican News)

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27 Junho 2023

O Ministério Público de Colônia e a Polícia Alemã realizaram buscas nos escritórios da Arquidiocese de Colônia desde as primeiras horas da manhã de hoje como parte da investigação de perjúrio contra o Arcebispo de Colônia, Cardeal Rainer Maria Woelki.

A informação é publicada por wdr.de e reproduzida por Il sismógrafo, 27-06-2023.

A Procuradoria está buscando os originais de documentos já publicados na imprensa que levantam a suspeita de que o cardeal Woelki mentiu no tribunal, apesar do arcebispo ter falado sob juramento. Os investigadores foram a vários prédios às oito horas. Eles tiveram que esperar que o próprio cardeal Woelki se apresentasse ao arcebispado para abrir o portão aos policiais à paisana.

A investigação diz respeito ao caso de um padre da cidade de Düsseldorf. Woelki disse que não ouviu nada sobre as acusações de pedofilia contra o padre até março deste ano. No entanto, a imprensa alemã publicou recentemente uma carta de Woelki à Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, na qual as acusações contra o padre foram detalhadas já em 2018.

Na carta de quatro páginas, Woelki lista meticulosamente várias agressões sexuais do prelado contra os jovens. Woelki se defendeu dizendo que havia encarregado um de seus funcionários arquidiocesanos de escrever a carta, mas que ele não a havia lido. Mas documentos em posse da imprensa provariam o contrário.

Em outra carta datada de novembro de 2018, assinada pelo então oficial da arquidiocese de Colônia, Günter Assenmacher, uma frase central da carta diz: "... conforme combinado, elaborei um dossiê que o Cardeal enviou hoje com uma carta de acompanhamento à Congregação para a Doutrina da Fé através da Nunciatura, solicitando mais instruções."

Segundo Assenmacher, o próprio cardeal enviou a carta. Ele obviamente estava ativamente envolvido no processo. Isso seria diametralmente oposto à alegação de que ele apenas assinou a carta. Na Alemanha, perjúrio é crime e acarreta pena de pelo menos um ano de prisão.

Além da acusação atual, o Ministério Público também está investigando Woelki por suspeita de perjúrio em outros dois casos. As evidências coletadas serão avaliadas nas próximas semanas.

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