• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Os racionais irracionais. Artigo de José Carlos de Assis

Mais Lidos

  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS
  • Leão XIV: o grande desafio, a desocidentalização e a despatriarcalização da Igreja. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

15 Mai 2023

"A política de juros altos do Banco Central tem sido um contrassenso. Pode desestabilizar toda a economia, agravar nossa terrível concentração de renda e desorganizar as contas públicas e privadas. Além de impedir o Brasil de seguir uma trajetória de crescimento acelerado, na trilha do que propõe FF/TMM, pondo em risco a credibilidade do sistema bancário. Contribui também para manter a inflação e o custo de vida altos, na medida em que o custo dos juros para as empresas produtivas desestimula a produção e a oferta de bens e serviços - mais uma vez, de forma concreta, e não subjetiva", escreve José Carlos de Assis, doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e ex-professor de Economia Política e Economia Internacional na Universidade Estadual da Paraíba – UEPB.

Eis o artigo.

Li recentemente um artigo supostamente originário do campo progressista atacando a nomeação de Gabriel Galípolo para a estratégica diretoria de Política Monetária do Banco Central. Segundo o artigo, sua presença ali seria um risco para a estabilidade da economia, porque ele se filia à corrente da Política Monetária Moderna (TMM), uma teoria econômica que se opõe vigorosamente ao neoliberalismo.

O artigo, cujo nome da autora prefiro não citar por causa de sua evidente ignorância em Economia, contém um duplo erro. Primeiro, o próprio Galípolo, infelizmente, negou que segue a TMM. Segundo, caso o novo diretor do BC fosse mesmo um adepto dela, o Brasil teria ao menos uma estreita janela aberta, no Copom de larga maioria neoliberal, para uma política de desenvolvimento econômico sustentável. Seria uma vantagem, não um risco. Mesmo que um voto só não fosse suficiente para mudar a estúpida política de juros altos do Banco Central.

De fato, como tenho sustentado em vários artigos sobre política fiscal-monetária, a TMM – que prefiro chamar de Teoria de Finanças Funcionais, conforme  batizada por seu fundador, Abba Lerner –, seria o “mapa do tesouro” para o Brasil escapar do marasmo econômico e dos riscos sociais com que se defronta, e partir para o desenvolvimento sustentável acelerado. Temos todos os recursos para isso. Só nos faltam as decisivas condições político-partidárias. É que o sistema financeiro, a grande mídia, a classe dominante em geral, e a maioria do Congresso odeiam a TMM!

Ajudei a introduzir no Brasil a Teoria de Finanças Funcionais – ou TMM. Fiz isso mediante a tradução do livro de L. Randall Wray, um notável economista norte-americano de vanguarda, com o título de “Understanding Modern Money”. Dei-lhe o nome em português de “Moeda e Trabalho Hoje”, porque oferece provas inequívocas da viabilidade do pleno emprego pela manipulação não inflacionária da moeda.

O livro foi de grande sucesso entre jovens universitários que decidiram dedicar suas carreiras à divulgação das Finanças Funcionais. O nome é ótimo: são as finanças públicas que têm uma função objetiva na economia! Desse movimento finalmente nasceu o Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento (IFFD) em 2020. O IFFD tem um site na internet (https://iffdbrasil.org/) e mantém um atualizado debate sobre política econômica brasileira e internacional.

A essência de FF/TMM é mostrar que, depois do fim do padrão ouro, nenhum estado que emite a própria moeda corre o risco de quebrar financeiramente. Claro, pode quebrar lá fora, se não conseguir pagar compromissos em moeda externa. Já dentro do país, se planejar adequadamente os investimentos, compatibilizando o longo com o curto prazo, não há limites efetivos inclusive para o déficit público. A única condição é que haja suficiente disponibilidade de recursos reais internos para sustentar os investimentos e capacidade de pagamento externo (como é o nosso caso).

O risco de inflação, no contexto das finanças funcionais, decorre, pois, fundamentalmente do planejamento do investimento público. Para impedi-la basta estimular a produção a fim de que a demanda monetária de curto prazo não pressione excessivamente a oferta correspondente de bens e serviços. Esse é um ponto essencial a ser compreendido, pois confronta diretamente o entendimento monetarista sobre as causas da inflação, atribuídas exclusivamente à expansão monetária.

Essas relações são objetivas, ou seja, decorrem de fatos observáveis e que podem ser medidos concretamente, como se exige da abordagem que se pretenda científica de qualquer evento. Aí surge mais um ponto de confronto com os economistas de mercado, ou neoliberais, que baseiam suas teorias em verdadeiras apelações subjetivas, fundadas em “expectativas” ditas racionais, impossíveis de serem medidas, e não em fatos reais.

É o caso da credibilidade financeira de um país, isto é, da avaliação de sua capacidade de pagar a dívida pública. A forma objetiva de fazer essa avaliação não  é simplesmente observar o tamanho da dívida, mas compará-la com a capacidade de pagamento do Estado, representada pelo Produto Interno Bruto (PIB). O relevante, portanto, é a relação dívida/PIB. Enquanto a dívida estiver crescendo a uma taxa menor que o crescimento do PIB, a capacidade de pagamento estará concretamente garantida.

Entretanto, se a dívida pública (ou privada, como se verá abaixo) estiver crescendo a uma taxa superior ao crescimento do PIB, por conta de uma taxa de juros excessivamente alta, certamente haverá razão objetiva para descrédito na capacidade de o devedor cumprir seus compromissos. Isso só não acontece, na prática, como se viu antes, porque, no caso do Estado, ele não quebra em sua própria moeda. Mas acontece, concretamente, uma piora na já iníqua distribuição da renda nacional, pois são os titulares privados da dívida pública, ricos e privilegiados, que se apropriam dos juros pagos pela rolagem dela.

Os fatos não são diferentes para a dívida privada junto ao sistema bancário. A relação relevante é a mesma: quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas; já sua capacidade de pagamento tem caído drasticamente, especialmente nas classes assalariadas e de menor renda. Como as famílias “não emitem” dinheiro, tendem a quebrar; e, quebrando em série, acabarão enfraquecendo financeiramente os bancos. Claro, as empresas estão fora dessa conta. Mas as taxas de juros, para elas, estão igualmente acima do crescimento das receitas, e também tendem a quebrar, como aconteceu com as Lojas Americanas e está acontecendo com outras lojas de varejo, e, agora, com a própria Light, que está tentando pedir concordata.

Em resumo, a política de juros altos do Banco Central tem sido um contrassenso. Pode desestabilizar toda a economia, agravar nossa terrível concentração de renda e desorganizar as contas públicas e privadas. Além de impedir o Brasil de seguir uma trajetória de crescimento acelerado, na trilha do que propõe FF/TMM, pondo em risco a credibilidade do sistema bancário. Contribui também para manter a inflação e o custo de vida altos, na medida em que o custo dos juros para as empresas produtivas desestimula a produção e a oferta de bens e serviços – mais uma vez, de forma concreta, e não subjetiva.

A presença de Galípolo no BC é, pois, desestimulante pela negativa que faz, e não pelo que ele poderia representar caso fosse um adepto de FF/TMM, como acha a articulista que citei no início do artigo. Além disso, como ele é apenas um entre a esmagadora maioria de neoliberais que continuará na direção do banco, será irrelevante sua participação na definição da política monetária, embora venha a ser o titular da cadeira. Roberto Campos Neto continuará com a cínica sabotagem do governo Lula usando o fetiche das chamadas “expectativas racionais” sobre inflação e juros futuros, a base da economia neoliberal, para impor ao país a mais “irracional” das políticas econômicas de nossa história.

Leia mais

  • Lógica e mistificação na política monetária. Artigo de José Carlos de Assis
  • Novo arcabouço fiscal: um movimento possível dentro da camisa de forças. Debate com Luis Nassif, Leda Paulani e José Carlos de Assis
  • Uma outra política fiscal e monetária é imprescindível para sair da crise socioeconômica do País. Entrevista especial com José Carlos de Assis
  • No Senado, Campos Neto volta a defender juros altos. ‘Pegue seu bonezinho e peça pra sair’, afirma Cid Gomes
  • Taxa de juros, autonomia do Banco Central e novo arcabouço fiscal: as relações ocultas entre mídia e instituições financeiras no cenário político nacional. Entrevista especial com Carlos Tautz
  • Gabriel Galípolo no Banco Central
  • Banco Central, juros e independência: em defesa de Lula. Artigo de Leda Paulani
  • ‘‘Remédio’’ do Banco Central ajuda especuladores, mas não segura inflação
  • André Lara Resende: taxa de juros de 13,75% está errada
  • Novo Arcabouço Fiscal é um teto de gastos suavizado. Entrevista especial com Gláucia Campregher
  • Juro alto depende do Arcabouço Fiscal para baixar? Artigo de Maria Lucia Fattorelli
  • A hora e a vez da Teoria da Moeda Moderna
  • “Brasil quebrado”, uma ladainha perniciosa

Notícias relacionadas

  • Amenazas y debilidades en el regionalismo postneoliberal

    LER MAIS
  • "O neoliberalismo fará a sua festa com o governo Temer". Entrevista com Maria Victoria Benevides

    Depois que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marca para uma segunda-feira, 12 de setembro, a votação em plenário [...]

    LER MAIS
  • A esquerda num poço sem fundo

    “Ainda ecoa no ar o erro mais que crasso do Fora Dilma! Fora todos! O mecanismo da análise dessa esquerda não fora só posi[...]

    LER MAIS
  • 3 em cada 10 planos de saúde não pagam nem 1% da dívida com SUS

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados