Desenvolvimentismo predatório devasta a Amazônia e o Cerrado

(Foto: Christian Braga | Greenpeace)

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25 Fevereiro 2023

É necessário adotar uma abordagem mais equilibrada e sustentável para o desenvolvimento econômico

O artigo é de Henrique Cortez, jornalista e editor do portal EcoDebate, em artigo publicado por EcoDebate, 24-02-2023.

Eis o artigo. 

O desenvolvimentismo predatório é uma abordagem econômica que enfatiza o crescimento econômico e a industrialização como objetivos prioritários, mesmo que isso signifique a exploração desenfreada dos recursos naturais e a degradação ambiental. Infelizmente, essa abordagem tem sido amplamente aplicada na Amazônia e no Cerrado, duas das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta, resultando em graves danos ambientais e sociais.

A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, tem sido alvo de um intenso processo de desmatamento e degradação, impulsionado pela expansão de atividades agropecuárias, mineração e infraestrutura. O Cerrado, por sua vez, é uma das savanas mais biodiversas do mundo, mas também está ameaçado por práticas predatórias, como o desmatamento para a expansão de monoculturas de soja e a pecuária extensiva.

Os impactos ambientais do desenvolvimentismo predatório são enormes. A degradação da Amazônia e do Cerrado resulta na perda de habitats naturais, extinção de espécies e alteração dos ciclos hidrológicos, o que afeta diretamente a vida de comunidades tradicionais e povos indígenas que dependem desses ecossistemas para sua subsistência.

Além disso, a exploração desenfreada de recursos naturais também pode ter graves consequências para a saúde humana. Por exemplo, a mineração de ouro, que é uma atividade importante na região amazônica, libera mercúrio na atmosfera, contaminando o solo, os rios e as pessoas que vivem na região.

É importante destacar que o desenvolvimentismo predatório é uma abordagem econômica que muitas vezes é justificada em nome do desenvolvimento e do crescimento econômico, mas na prática, beneficia apenas alguns setores da sociedade, em detrimento do bem-estar coletivo. É possível sim conciliar desenvolvimento econômico com conservação ambiental, desde que sejam adotadas práticas sustentáveis e respeitosas com a biodiversidade e com as comunidades locais.

Na direção posta ao desenvolvimentismo predatório está o desenvolvimento sustentável, que busca promover o desenvolvimento econômico de forma equilibrada, levando em consideração os impactos sociais e ambientais das atividades econômicas. Essa abordagem requer um compromisso sério com a preservação dos ecossistemas e com o uso consciente dos recursos naturais, além de políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis.

É inaceitável a perpetuação do desenvolvimentismo predatório, que tem sido responsável pela devastação da Amazônia e do Cerrado, resultando em graves danos ambientais e sociais.

É necessário adotar uma abordagem mais equilibrada e sustentável para o desenvolvimento econômico, que leve em consideração os impactos ambientais e sociais das atividades econômicas. Somente assim poderemos garantir um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras.

Conciliar o desenvolvimento econômico com conservação ambiental, mais do que possível, é absolutamente necessário e urgente

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