Quem são os sobre-educados, brasileiros com ensino superior que não encontram trabalho qualificado

Foto: Agência Brasília

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01 Janeiro 2023

Número chega a 5,4 milhões de pessoas em todo o País, equivalente à população da Noruega.

O mercado de trabalho brasileiro carrega uma estatística perversa. Entre as pessoas ocupadas com ensino superior completo, 5,4 milhões não conseguem exercer um trabalho na área de formação e que exija alta qualificação, mostra um levantamento da consultoria IDados. Na prática, o elevado contingente dos chamados sobre-educados - equivalente à população da Noruega - mostra que o Brasil desperdiça recursos aplicados no ensino superior e, sobretudo, boa parte do seu capital humano.

“O Brasil é um país que investe muito em educação de nível superior. Esse dado indica que parte desses recursos não está atingindo o objetivo principal”, afirma Ana Tereza, pesquisadora do IDados e responsável pelo levantamento. “Essas pessoas sobre-educadas recebem mais na comparação com aquelas que têm um nível médio. Não é um capital humano totalmente perdido, mas, frente ao trabalhador que está numa ocupação que exige ensino superior, elas vão ganhar menos.”

A reportagem é de Luiz Guilherme Gerbelli, publicada por O Estado de S. Paulo, 01-01-2023.

Nos últimos anos, o número de trabalhadores graduados em funções que exigem uma qualificação menor foi crescente, na esteira da fraqueza do mercado de trabalho. Em 2015 e 2016, houve uma dura recessão econômica, seguida apenas por uma lenta retomada nos anos seguintes, que foi interrompida pelos estragos provocados pela pandemia de coronavírus. No último trimestre de 2019, antes, portanto, da crise sanitária, o contingente de sobre-educados era de 4,5 milhões de pessoas.

“Duas coisas podem ter acontecido. Primeiro, a pessoa ocupava um trabalho de nível superior, ficou desempregada durante a pandemia e, agora, não consegue encontrar um trabalho de nível superior”, afirma Ana. “E segundo, a entrada dos jovens na força de trabalho pode levá-los a ocupar esses cargos de nível superior, fazendo com que a sobre-educação aumente entre os mais velhos.”

A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.

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