Apenas “motivos pessoais” após a renúncia de Juan Antonio Guerrero como prefeito?

Foto: Vatican News

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02 Dezembro 2022

  • Segundo 'La Croix', haveria outros motivos, além dos médicos.

  • O jornal francês, fazendo eco de fontes vaticanas, aponta "outro motivo, mais relacionado com um 'desejo excessivo de controle' que o jesuíta espanhol teria exercido".

  • “Segundo altas fontes vaticanas, ele teria mostrado forte resistência na aplicação da Constituição Apostólica, especialmente na transferência do patrimônio para o 'Banco do Vaticano'”, aponta La Croix.

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religón Digital, 01-12-2022.

"Por motivos pessoais". Estas foram as razões apresentadas no comunicado do Vaticano para a renúncia surpresa do jesuíta Juan Antonio Guerrero Alves como prefeito da Secretaria de Economia (SpE), aceita em 30 de novembro pelo Papa Francisco, que lhe agradeceu "a dedicação demonstrada no serviço à Santa Sé", onde "conseguiu pôr a economia em ordem", naquele que "foi um trabalho árduo e exigente que deu muitos frutos". O Santo Padre assegura-vos as suas orações".

O próprio Guerrero, em carta enviada aos seus colaboradores da SpE, assegurou que "como sabem, fiz uma cirurgia ao longo deste ano, pelo que estou a fazer um tratamento médico que me está a produzir certos efeitos, especialmente difícil para mim desempenhar uma tarefa tão exigente como a que estou a fazer”.

No entanto, segundo o jornal La Croix, além dos motivos de saúde haveria outros motivos que estariam por trás dessa saída do religioso da Extremadura.

“Outras vozes dentro do Vaticano também apontam para outro motivo, mais relacionado a um 'desejo excessivo de controle' que o jesuíta espanhol teria exercido. Segundo altas fontes vaticanas, ele teria mostrado forte resistência na aplicação da Constituição Apostólica, principalmente na transferência do patrimônio para o 'Banco do Vaticano', decidida em agosto pelo papa. Estas diferenças de opinião, aliadas ao seu estado de saúde, teriam contribuído para acelerar a sua marcha”, refere o jornal francês.

No dia 22 de agosto, por meio de um Rescriptum ex audita, depois de um encontro com o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, Francisco decretou que as mudanças na gestão financeira da Santa Sé promulgadas na Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, têm “força firme e estável”.

Transferir bens e bens para o IOR

“Deve ser interpretado no sentido de que a atividade de gestão patrimonial e custódia do patrimônio móvel da Santa Sé e das instituições vinculadas à Santa Sé é responsabilidade exclusiva do Instituto para as Obras de Religião”, ressalta o Papa no texto.

Desta forma, Francisco estabeleceu que “A Santa Sé e as instituições vinculadas à Santa Sé que detenham ativos financeiros e ativos líquidos, qualquer que seja sua forma, em instituições financeiras diferentes do IOR, devem informar o IOR e transferi-los a ele o mais rápido possível no prazo de 30 dias a partir de 1º de setembro de 2022”. 

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