27 Abril 2022
Levantamento produzido pelo Ministério da Saúde e tornado público neste mês, o Vigitel 2021 indicou que 17,5% dos adultos da capital gaúcha receberam um diagnóstico médico de depressão. Trata-se do maior índice dentre todas as capitais brasileiras – a média nacional do diagnóstico, que vem crescendo nos últimos anos, ficou em 11,3%. O mesmo documento apontou que Porto Alegre foi a capital em que menos se registrou o consumo abusivo de bebidas alcoólicas.
A informação é publicada por Matinal, 26-04-2022.
A tendência nacional de a depressão acometer mais mulheres do que homens se mantém na capital gaúcha. Enquanto os homens com depressão são 15%, as mulheres somam 19%. “As mulheres possuem um risco quase duas vezes maior de desenvolver a depressão e isso se deve a vários fatores, desde biológicos até questões de gênero”, analisou o psiquiatra do Grupo Hospitalar Conceição, Bruno Paz Mosqueiro.
Os pesquisadores atribuem o crescimento dos diagnósticos, que no Brasil era de 7,6% em 2013 e 10% em 2019, à pandemia, mas não unicamente. “O tempo em que a gente vive é ansiogênico (gerador de ansiedade) e, ao mesmo tempo, de percebermos nossa impotência diante de tantas coisas”, afirmou Teresa Cristina Kurimoto, da Escola de Enfermagem da UFMG, uma das responsáveis pelo Vigitel (acesse a íntegra aqui).
Para a elaboração da pesquisa, 27.093 pessoas, de 18 anos ou mais e residentes em todas as capitais e no Distrito Federal, foram entrevistadas. O objetivo do questionário é fornecer subsídio para o planejamento de políticas públicas de saúde para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis.
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Depressão atinge 17,5% dos adultos de Porto Alegre - Instituto Humanitas Unisinos - IHU