26 Abril 2022
A Igreja no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios ou “Igrejas Particulares” confiada aos cuidados de um bispo.
Os dados foram coletados pelo Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior da PUC-SP. A reportagem foi publicada por Vatican News, 25-04-2022.
No início da primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que ocorre de 25 a 29 de abril, de forma online, o portal da CNBB divulgou os dados atualizados do episcopado no Brasil, que atualmente é formado por 317 na ativa e 161 eméritos, totalizando 478 bispos.
A Igreja no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios ou “Igrejas Particulares” confiada aos cuidados de um bispo. A circunscrição eclesiástica pode ser uma prelazia, uma diocese, arquidiocese, eparquia ou exarcado para fiéis de ritos específicos, e também circunscrições que não tem uma limitação territorial, como a administração apostólica pessoal.
De acordo com as informações sistematizadas pela Secretaria Técnica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as circunscrições eclesiásticas estão divididas assim: 217 são dioceses, 45 arquidioceses, 8 prelazias, 3 eparquias, 1 exarcado, 1 rito próprio, 1 ordinariado militar, 1 administração apostólica pessoal e 1 arquieparquia. Cada uma delas conta com um bispo eleito pelo Papa para administrar o governo pastoral.
O levantamento mostra também que, até a terça-feira, 19 de abril, 13 dioceses brasileiras estão vacantes, ou seja, sem o bispo titular à frente do governo. Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral.
Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo Papa.
Confira no quadro abaixo as 13 dioceses vacantes:
1. Diocese de Alagoinhas (BA)
2. Diocese de Amargosa (BA)
3. Diocese de Cametá (PA)
4. Diocese de Cruz Alta (RS)
5. Diocese de Estância (SE)
6. Diocese de Iguatu (CE)
7. Diocese de Montes Claros (MG)
8. Diocese de Quixadá (CE)
9. Diocese de Rondonópolis – Guiratinga (MT)
10. Diocese de Roraima (RR)
11. Diocese de Salgueiro (PE)
12. Diocese de São João da Boa Vista (SP)
13. Diocese de Tubarão (SC)
De acordo com o professor Fernando Altemeyer Junior, do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que realiza há mais de 20 anos um trabalho de atualização de estatísticas e nomes do episcopado brasileiro, das 278 circunscrições eclesiásticas, a mais nova é a diocese de Xingu-Altamira (PA), erigida em 2019. Já mais antiga é a arquidiocese de São Salvador da Bahia, erigida em 25 fevereiro 1551. A Sé Primacial da Igreja no Brasil completou, em 2021, 470 anos de criação.
Criada pela Bula “Super specula militantis ecclesiae”, do Papa Júlio III, a arquidiocese de São Salvador da Bahia foi a primeira do país, por isso possui o título.
A pesquisa do professor Fernando Altemeyer aponta ainda que São Paulo é a maior arquidiocese do país, com 5 milhões de católicos, na frente de Rio de Janeiro (3,5 milhões) e Olinda e Recife (3,3 milhões). Segundo ele, no mundo, São Paulo perde em número de católicos para a cidade do México (5,1 milhões) e para Guadalajara (5,6 milhões).
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Dados do episcopado brasileiro às vésperas da Assembleia anual - Instituto Humanitas Unisinos - IHU