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Era uma vez na América: o canto do cisne de Sergio Leone

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07 Dezembro 2021

 

A expressão “canto do cisne” remete à crença de que o cisne-branco, mudo durante toda sua vida, canta uma bela e triste canção antes de morrer. No caso do diretor italiano Sérgio Leone, ela se encaixa em partes: longe de ser mudo durante toda sua vida – gravou obras-primas do calibre de “Era uma Vez no Oeste” e a “Trilogia dos Dólares” –, Leone, no entanto, a deixou para sua última obra, bela e melancólica como o canto do cisne, em “Era uma Vez na América”.

 

A reportagem é de André Cardoso, estagiário e aluno do curso de Jornalismo da Unisinos.

 

À primeira vista, o filme pode parecer somente mais um filme de gângster como “O Poderoso Chefão” e “Os Bons Companheiros”. Mas, como toda grande obra cinematográfica, “Era uma Vez na América” parte do gênero gângster para discutir temas como arrependimento, amizade, traição, lealdade, violência e escolhas. Esses temas, e muitos outros, foram debatidos no último encontro do projeto Filmes em Perspectiva, realizado no dia 24-11-2021 com transmissão ao vivo na página eletrônica do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, no Canal no YouTube e nas redes sociais do IHU.

 

 

Problemático durante sua produção, o último filme de Leone levou mais de 12 anos para sua estreia e contou com diversos cortes. O mais famoso tem 229 minutos, mas o lançado pela Warner Bros primeiramente tinha 139 minutos, o que, hoje, é impensável visto a grandiosidade narrativa da obra. Acompanhado de Tonino Delli Colli na fotografia e Ennio Morricone na trilha sonora, Leone criou um universo cinematográfico que ficava, fica e sempre ficará no imaginário cinematográfico do espectador.

A edição da obra machucou profundamente Leone, como afirma o médico Angelo Atalla, que comentou o filme no evento virtual promovido pelo IHU. “O corte de 139 minutos feito pela Warner deixou o filme incompreensível. Aquilo deixou Leone devastado pois sua visão foi comprometida. Tanto que esse foi seu último filme”. O diretor italiano morreu em 1989.

 

 

Baseado no livro “The Hoods”, de Harry Grey, que Leone leu na década de 1960, o filme conta a história de um grupo de amigos (Noodles, Max, Jimmy e Joe) de ascendência judaica que crescem juntos cometendo pequenos crimes nas ruas do Lower East Side, em Nova Iorque. Acompanhamos os quatro amigos, principalmente Noodles e Max, ao longo de suas vidas, passando pela infância, vida adulta e velhice. Outra personagem importante é Deborah, paixão de Noodles e Max.

O italiano ficou obcecado pelo livro de Harry Grey e demorou, segundo Atalla, 20 anos para conseguir os direitos da obra e começar a produzir o seu filme. “Leone ficou tão obcecado pelo livro ‘The Woods’ que foi convidado para dirigir ‘O Poderoso Chefão’ pela Paramount, mas recusou para tentar fazer o filme sobre o livro.”

O que deixa “Era uma vez na América” no hall dos melhores filmes da história é a forma como Leone organiza sua narrativa. O filme começa com o protagonista, Noodles, já idoso, voltando para Nova Iorque. Depois de alguns minutos de trama, voltamos no tempo e acompanhamos o grupo jovem. A obra segue nessa alternância de pontos de foco e de linhas de tempo de maneira magistral, sem deixar a narrativa ficar confusa, dispersa ou cansativa. A genialidade de Leone fica evidenciada, mais uma vez, justamente nesta primeira transição entre velhice e juventude.

 

 

O ar nostálgico e da dor que só o tempo pode causar nas relações interpessoais permeia a fase da velhice na obra, enquanto, na adolescência e fase adulta, o tom é de descobrimento, inocência e alegria. Leone cria um universo de enfrentamento de fantasmas, de dor, de perda e de arrependimento. O grande personagem não é Noodles, Max nem Deborah, mas sim o tempo. E só o tempo é capaz de produzir o canto do cisne.

Há, para Atalla, dois momentos que definem o filme. "No primeiro, ele trabalha muito com a ilusão do sonho americano. O passado, dos anos 1920, é visto através dos olhos de crianças miseráveis, mergulhadas na pobreza, cuja única perspectiva de ser alguém na vida é o crime. E é lógico que a perspectiva contempla a falta de remorso ou de culpa por qualquer crime, por mais cruel que ele seja. As crianças vão adquirindo uma masculinidade tóxica.” O segundo, continua, “é uma história de pessoas que se sentem inferiores às mulheres. Ele é extremamente preocupado com a masculinidade tóxica, em como os homens não sabem lidar com isso, extravasando suas frustrações através da violência.”

No filme, há outro ponto importante destacado pelo Prof. Dr. Faustino Teixeira: a música de Ennio Morricone. “É uma das mais belas composições da história do cinema mundial. Não há Sergio Leone sem Ennio Morricone”. Atalla complementa: “A música do Morricone nesse filme é onírica, você tem a sensação de que está sonhando. Exatamente isso que ele quer que a gente pense.”

 

 

O projeto Filmes em Perspectiva é uma parceria entre o Instituto Humanitas Unisinos - IHU com o Prof. Dr. Faustino Teixeira e o Canal Paz e Bem. Nele, já foram discutidas obras de grandes cineastas como Ingmar Bergman, Akira Kurosawa, Federico Fellini e Wim Wenders. Todos os debates tratam de questões contemporâneas e universais a partir de um olhar voltado para a arte e a mística. A cada encontro, um filme diferente, de um autor consagrado da sétima arte, é escolhido para incitar a discussão e a imaginação. Ao total, já ocorreram 11 encontros e todos estão disponíveis no canal no Youtube do IHU (acesse aqui). Mais informações sobre o evento podem ser conferidas aqui.

 

 

Leia mais

 

  • Cinema e transcendência. Um debate. Revista IHU On-Line N° 412
  • O cinema de Ingmar Bergman em perspectiva 
  • Decálogo: o mistério que tudo abraça e não se deixa reduzir à certeza de um computador 
  • A Árvore da Vida: o apelo desesperado da espécie humana pela graça, pela delicadeza, pela cortesia 
  • Ennio Morricone e seu estilo pessoal a serviço da sétima arte 
  • ''A minha missa para Francisco'', Entrevista com Ennio Morricone sobre a sua nova obra 

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