Em dez anos, congregações vivas serão multiétnicas nos Estados Unidos, diz analista

Foto: Pixabay

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS
  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

16 Setembro 2021

 

As igrejas estadunidenses totalmente brancas tenderão a envelhecer nos próximos dez anos, enquanto as igrejas etnicamente diversas ficarão mais jovens. As megaigrejas brancas experimentarão os declínios mais rápidos. As igrejas totalmente brancas não se tornarão diversas, a não ser que suas lideranças se tornarem multiétnicas.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista. 

A avaliação é do analista Sam Rainer, que embasou suas conclusões no último censo do país. O levantamento mostrou que pela primeira vez, desde 1790, a população branca dos Estados Unidos diminuiu e que a geração mais nova, neste momento, passa a ser uma minoria branca. Duas gerações anteriores o país era constituído por uma população em que 87% eram brancos.

“Estamos agora num ponto de inflexão demográfica nos Estados Unidos”, escreve Rainer no The Christian Post. “Por volta de 2040, toda a nação se tornará mais branca”, prevê. As igrejas multiétnicas vão se desenvolver por causa de um esforço proposital para equipar, treinar e contratar pessoas de cor, vaticina.

A mostra do censo quanto à diminuição da população branca no país terá o mesmo reflexo nas congregações. “Não apenas o número absoluto de pessoas brancas diminuiu nos Estados Unidos, mas também houve quedas significativas no número de crianças brancas nascidas”, constata.

Rainer prevê que as igrejas totalmente brancas se tornarão menos atraentes para a geração mais jovem. A Geração Z – pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade dos anos 1990, também conhecida como nativas digitais – gravitará em torno de igrejas que se parecem com suas escolas.

“Quando a Geração Z começar a ter netos, a igreja totalmente branca será mais a exceção do que a regra nos Estados Unidos”, afirma. As megaigrejas serão substituídas, na visão dele, por igrejas de bairro revividas. “E eu acredito que essas gerações vão liderar o caminho para se tornarem mais diversificadas”, avalia.

 

Leia mais