03 Agosto 2021
Atletas falaram para a Sociedade Brasileira Vegetariana e tiveram destaque nas redes sociais da organização.
A reportagem é de Sérgio Andrade, publicada por Greenpeace, 02-08-2021.
Muitos de nós já devem ter ouvido que uma refeição sem carne “não é completa” e, se você pratica esportes, também já deve ter ouvido que, sem carne, não conseguirá as proteínas necessárias para alcançar um bom desempenho. Mas essas duas afirmações não poderiam estar mais erradas, e a prova disso são os atletas que estão levando para as Olímpiadas todo seu talento e brilho, com zero carne no prato.
As Olimpíadas 2020, que estão acontecendo em 2021, em Tóquio, têm mostrado uma nova geração de atletas de alto desempenho que, além de muito esforço em treinos para atingir a melhor performance, também contam com um estilo de vida alimentar que exclui a carne da dieta. E se você se pergunta se é possível manter o corpo saudável, sem a proteína animal, a ponto de conseguir chegar ao rendimento máximo para competir nas Olimpíadas, a resposta é: sim.
Dentre os atletas da delegação brasileira que competem em Tóquio, temos grandes nomes do esporte que escolheram tirar a carne de suas dietas. Marta Silva, a melhor jogadora de futebol de todos os tempos, camisa 10 da Seleção Brasileira, é um bom nome para encabeçar esta lista. Em um dos vídeos do canal dela no YouTube, publicado em abril de 2020, Marta conta que é vegana há quase um ano da data de publicação do vídeo.
As atletas Ana Carolina e Macris Carneiro, do vôlei, também são veganas. O Fábio Chaves, fundador e infoativista do Vista-se – o maior portal vegano da América Latina, fala delas em vídeo de seu canal do YouTube, citando, dentre o motivo que as levou a adotar este estilo de vida, benefícios para o próprio corpo.
É importante saber que o veganismo não é apenas uma dieta. Trata-se de uma conduta ética, pois a pessoa vegana também não faz uso de pele ou couro animal no vestuário; não compra, nem consome, produtos testados em animais.
Outras atletas brasileiras veganas que participam das Olimpíadas de Tóquio são Naná Almeida, da natação, e Marina Fioravanti, do rugby. Juntamente com Roger Mancha, técnico da seleção brasileira de skate street, Carol e Macris do vôlei, foram destaque no perfil do Instagram da Sociedade Vegetariana Brasileira.
Atletas tiveram destaque no perfil das redes sociais da Sociedade Brasileira Vegetariana (Foto: Reprodução/Instagram)
O enredo do documentário alega que os gladiadores romanos tinham uma dieta vegana. Nele, o lutador de UFC James Wilks, depois de sofrer uma lesão, busca informações sobre quais alimentos poderiam ajudá-lo numa rápida recuperação e descobriu que a alimentação vegetariana é a chave para sua recuperação.
O longa mostra o aumento da adoção da alimentação sem produtos de origem animal por esportistas profissionais e atletas de elite. São apresentados alguns dos atletas mais fortes, rápidos e resistentes do planeta, já adeptos à alimentação vegetariana ou vegana.
Reduzir o consumo de carne, ou mesmo parar de consumi-la, pode ser bom para a saúde, para melhorar o desempenho nos esportes e também para o meio ambiente. Te contamos essa história em 2015, na campanha Carne ao Molho Madeira, onde denunciamos que supermercados nos vendem carne de origem duvidosa, que pode ter vindo do desmatamento, com o relatório “Carne ao Molho Madeira – Como os supermercados estão ajudando a devastar a Amazônia com a carne que está em suas prateleiras”.
Faça o teste, se você puder, experimente tirar a carne do prato pelo menos uma vez na semana, participando da #SegundaSemCarne. Mudando pequenos hábitos, podemos mudar o mundo.
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Conheça os atletas brasileiros das Olimpíadas de Tóquio 2020 que não comem carne - Instituto Humanitas Unisinos - IHU