21 Junho 2021
“O Brasil nunca teve ou terá tantos jovens como agora. Mas o ápice dos cerca de 50 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos revela uma juventude decepcionada em níveis recordes, sem perspectiva de trabalho e insatisfeita com a condução do país. Se pudesse, quase a metade (47%) dos jovens brasileiros deixaria o país. Isso no auge do chamado bônus demográfico, quando o Brasil teria a chance de acelerar o crescimento contando com uma proporção inédita de pessoas em idade de trabalhar em relação a seus dependentes, como crianças e idosos. Na prática, se não for alterado, o cenário do mercado de trabalho para essa juventude configurará o desperdício do maior potencial histórico em termos de crescimento e produtividade brasileiros”.
A reportagem é de Fernando Canzian, publicada por Folha de S. Paulo, 21-06-2021.
“Por um lado, não haverá mais tanto trabalho no setor de serviços, já mal remunerado e menos qualificado, pois as pessoas consumirão cada vez mais em casa e circularão menos na rua. Por outro, muitos jovens não têm a educação ou meios tecnológicos para aproveitar essa nova tendência”, constata Naércio Menezes, pesquisador do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper, apontando que sem políticas estatais para o mercado de trabalho, os jovens menos qualificados estão fadados a encarar um futuro pior e cheio de frustrações.
A reportagem completa pode ser lida aqui.
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Sem perspectivas, metade dos jovens quer deixar o Brasil. Mercado deprimido e recorde de nem-nem frustram 50 milhões entre 15 e 29 anos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU