16 Junho 2021
O Vaticano advertiu os bispos conservadores americanos que freiem as suas pressões no sentido de negar a comunhão aos políticos que apoiam os direitos ao aborto, entre eles o presidente Joe Biden, segundo líder católico praticante na Casa Branca.
Mas os bispos insistem e querem se expressar com um voto sobre a matéria numa conferência virtual iniciada nesta semana e que poderia aprofundar a distância entre a Santa Sé e Igreja católica dos EUA.
A informação é publicada pelo New York Times, 15-06-2021 e reproduzida por Repubblica, 15-06-2021. A tradução é do Instituto Humanitas Unisinos - IHU.
A cruzada é guiada por alguns bispos cujas prioridades estão claramente alinhadas com as do ex-presidente Donald Trump e que querem reafirmar a centralidade da oposição ao aborto na fé católica ditando uma linha dura. Entre eles, o arcebispo José Gomez de Los Angeles, presidente da Conferência Episcopal dos EUA, que o pontífice até agora não promoveu ao cardinalato. "A preocupação no Vaticano é de não seja usado o acesso à eucaristia como arma política", explica ao New York Times Antonio Spadaro, diretor da Civiltà Cattolica, jesuíta muito próximo ao papa.
Papa Francisco tem dito neste mês de junho que a comunhão "não é a recompensa dos santos mas o pão dos pecadores". O cardeal Ladaria, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, escreveu uma carta aos bispos americanos avisando-os que um voto sobre tal questão poderia "tornar-se uma fonte de discórdia ao invés de unir o episcopado e alargar a igreja nos EUA".
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O Vaticano aos bispos conservadores EUA: “Não neguem a comunhão ao presidente Biden” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU