27 Mai 2021
Vacinação. Relação custo/benefício de 180 por um
“Em “Uma Proposta para Acabar com a Pandemia da Covid-19”, Ruchir Agarwal e Gita Gopinath, do Fundo Monetário Internacional (FMI), destacam tanto a oportunidade quanto os benefícios que podem ser obtidos caso ela seja aproveitada. O plano que sugerem é o de vacinar pelo menos 40% da população de todos os países do planeta até o final de 2021, e pelo menos 60% até 2022, e criar sistemas que permitam exames e rastreamento generalizado dos contágios. O estudo estima os benefícios econômicos cumulativos desse esforço em US$ 9 trilhões (US$ 1,15 mil por pessoa), ante um custo de US$ 50 bilhões — uma relação custo/benefício de 180 por um. Deve ser um dos investimentos de maior retorno já propostos” – Martin Wolf, comentarista-chefe de economia no Financial Times, doutor em economia pela London School of Economics – Portal Uol, 26-05-2021.
Crise de saúde e desastre econômico
“A pandemia é, acima de tudo, uma crise de saúde. Mas também é um desastre econômico. O estudo tem razão em insistir em que “a política quanto à pandemia é também política econômica, porque não haverá fim duradouro para a crise econômica sem um fim para a crise de saúde” – Martin Wolf, comentarista-chefe de economia no Financial Times, doutor em economia pela London School of Economics – Portal Uol, 26-05-2021.
Insensatez
“É insensatez gastar trilhões de dólares em medidas de apoio relacionadas à pandemia dentro de um pais e deixar de gastar algumas poucas dezenas de bilhões de dólares para pôr fim à pandemia em todo o mundo o mais rápido possível” – Martin Wolf, comentarista-chefe de economia no Financial Times, doutor em economia pela London School of Economics – Portal Uol, 26-05-2021.
Licenciamento voluntário e transferência de tecnologia
“É preciso firmar contratos para um trilhão adicional de doses de vacina até o primeiro semestre de 2022. Isso requereria verbas adicionais de US$ 8 bilhões. Também seriam precisos esforços adicionais para encorajar o licenciamento voluntário e a transferência internacional de tecnologia. Além disso, é essencial criar um sistema mundial de vigilância genômica e modificação de vacinas, caso necessário. Outro componente essencial é transparência quanto a todas as encomendas de vacina e as cadeias de suprimento que devem entregá-las” – Martin Wolf, comentarista-chefe de economia no Financial Times, doutor em economia pela London School of Economics – Portal Uol, 26-05-2021.
Vivemos uma guerra mundial
“Se verdades evidentes como essas não influenciarem os governos das democracias de alta renda, que eles ao menos considerem a geopolítica. Por quantias modestas, eles têm a capacidade de aliviar o sofrimento de bilhões de pessoas que vivem em países vulneráveis, e assim provar que se importam e que são competentes. Podem fazer o bem, e com isso parecer bons. Caso não mostrem a urgência necessária em gastar essas quantias triviais, a posteridade vai querer saber o que diabos eles estavam pensando. Vivemos uma guerra mundial. Os governos dos países ricos precisam agir para vencê-la já” – Martin Wolf, comentarista-chefe de economia no Financial Times, doutor em economia pela London School of Economics – Portal Uol, 26-05-2021.
“Não é incompetência, é proposital”
“A cúpula da CPI da Covid já está convencida de que o governo poderia ter evitado mortes. "Está provado que eles apostaram no tratamento precoce e na imunidade de rebanho. Por isso, não se interessaram em comprar vacina", disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD), ao podcast Café da Manhã. "Não é incompetência, é proposital" – Bruno Boghossian, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-05-2021.
Vacinas. Atraso e falta de planejamento
“Deve haver vacinas para todo mundo, talvez até o final do ano, ao menos na projeção da Airfinity. Pelo cronograma oficial do governo brasileiro, haveria vacinas disponíveis para vacinar toda a população adulta até o final de setembro (mas a vacinação na prática estaria completa lá por dezembro). Quase tão ruim quanto o atraso é a falta de planejamento e convencimento do que fazer até lá” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-05-2021.
Invasões bárbaras
“Sem cuidado, vamos morrer ainda aos montes e corremos o risco de inventarmos um bicho que drible a vacina. O mundo rico vai se vacinar antes, claro, mesmo com a grande e inacreditável lerdeza da União Europeia. Mas não estarão imunes a novas invasões bárbaras do vírus do resto do mundo” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-05-2021.
Imunização do Pobristão
“O que vão fazer os países ricos? Fechar fronteiras para países contaminados. Por ora, há apenas conversas iniciais para que se invente um esquema para acelerar a imunização do Pobristão, o resto do mundo. Mesmo que a ajuda chegue, vai demorar. No nosso caso, não teremos ajuda e vamos chegar tarde à vacinação completa” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-05-2021.
País contaminado, repelente com portas fechadas no centro do mundo
“Resumo da ópera: 1) não temos esquema para conter o morticínio antes da vacinação; 2) dada essa circulação do vírus, podemos criar variante nova ou piorar variantes importadas; 3) a vacinação aqui progride, mas atrasada; 4) seremos, pois, um país contaminado, repelente, provavelmente com portas fechadas no centro do mundo. Por causa da doença e por causa do governo repulsivo” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-05-2021.
Agravamento da pandemia e atividade econômica
“Parece fora da realidade imaginar uma retomada consistente da economia. A curto e mesmo médio prazos, o mais provável, com a extensão do prazo de imunização da população e a baixa adesão aos protocolos de segurança sanitária, é a proliferação de variantes mais agressivas de covid-19 e o consequente agravamento da pandemia, não a recuperação da atividade econômica” – José Paulo Kupfer, jornalista – Portal Uol, 26-05-2021.
Foco no governo federal
“No momento em que uma terceira onda é iminente, a CPI deveria manter o seu o foco no governo federal. Apesar da controvérsia jurídica, faz sentido político o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para convocar o presidente da República. Talvez transformar a convocação em convite possa ser uma saída jurídica e política. Não há dúvida de que o presidente merece ser questionado por suas ações e omissões. A CPI já obteve provas de crimes comuns e de responsabilidade cometidos por Bolsonaro. Nesse contexto, será importante ouvir o assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard e o ex-assessor especial da Presidência Arthur Weintraub” – Kennedy Alencar, jornalista – Portal Uol, 26-05-2021.
Tragédia agravada
“A CPI deve manter o foco no genocida, porque ele ainda pode turbinar a terceira onda de covid no Brasil com o seu comportamento público irresponsável e negacionista. O número de infecções voltou a crescer no país. A vacinação continua a conta-gotas. A tragédia só se agrava. Não é hora de perder tempo com governadores” – Kennedy Alencar, jornalista – Portal Uol, 26-05-2021.
Fenda no sistema de blindagem
“Bolsonaro construiu um sistema de blindagem em três camadas. Para anestesiar investigações, colocou Anderson Torres, um amigo da família, no Ministério da Justiça, de cujo organograma pende a Polícia Federal. Para inibir a procura, entregou a poltrona de procurador-geral a Augusto Aras. Para manter uma centena de pedidos de impeachment na gaveta, apostou cargos e verbas na eleição do réu Arthur Lira à presidência da Câmara. De repente, o enrosco criminal que enreda o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) num caso de corrupção e lavagem de dinheiro transformou uma suposta blindagem invulnerável numa casamata de vidro” – Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 26-05-2021.
Jacarezinho. Do quilombo ao cativeiro social
“Está na hora de dizer basta! Não podemos mais falhar em modificar a perspectiva racista que vem perpetuando as tragédias sociais nesta localidade. Temos um pacto social pendente. O Rio de Janeiro não será bom para ninguém enquanto no Jacarezinho o único braço do poder público presente for a tropa de elite da polícia” – Thais Ferreira, vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL – Folha de S. Paulo, 26-05-2021.
Por falta de celular e internet, mais pobres ficaram sem auxílio, diz FGV
“A dificuldade de acesso a celular e internet de qualidade foi uma barreira que prejudicou principalmente os mais pobres no cadastro do auxílio emergencial, aponta estudo da FGV. Segundo um levantamento do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (FGVcemif), queixas relacionadas à exclusão digital são mais frequentes entre as classes D e E. Pessoas que tentaram sem sucesso receber o auxílio emergencial em 2020 alegaram barreiras tecnológicas (como falta de celular, limitação da internet e falta de memória no celular) e a dificuldade em baixar ou utilizar o aplicativo da Caixa. Quanto mais pobre, maior a porcentagem dessas queixas” – Felipe Andretta, jornalista – Portal Uol, 27-05-2021.
Inclusão digital e financeira
“Necessidade de inclusão digital e financeira Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif, afirma que 1 em cada 4 brasileiros ainda não utiliza a internet —proporção que representa aproximadamente 47 milhões de pessoas. A maior parte está nas classes D e E. "Isso acaba sendo um problema, já que as pessoas dessas classes são justamente aquelas que estão em maior condição de vulnerabilidade social e precisam de políticas de transferência de renda." O pesquisador diz ainda que o acesso a celular e internet não garante que a pessoa esteja integrada. "É preciso ir mais a fundo nos conceitos de inclusão digital e financeira. Interessa a qualidade do uso e do acesso" – Felipe Andretta, jornalista – Portal Uol, 27-05-2021.
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‘Não é incompetência, é proposital’ – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU