12 Mai 2021
“O presidente Bolsonaro ofereceu às raposas do Congresso não somente as galinhas, como os ovos e as chaves do galinheiro. Como se sabe, a elaboração e a execução do Orçamento são reguladas por rígida legislação, que exige total transparência. Mas Bolsonaro e seus felpudos associados não gostam muito de leis” – editorial “Orçamento para os amigos” – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“A epidemia vai definhar por si mesma, com ajuda de vacinas, se não aparecer variante assassina nova. Embora não se saiba precisamente quanto, os infectados ficam imunes; a metade adulta do país deve estar vacinada até fins de julho —o vírus vai matar menos por esgotamento, pois. Até lá devem morrer mais 125 mil pessoas, por baixo. Lembram de quando o país chegou com horror a 100 mil mortes, em agosto de 2020?” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-05-2021.
“Não se sabe se vai ter consequência o escândalo do orçamento 'Bolsolão', revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em breve, talvez nesta semana mesmo, teremos o escândalo do desmonte da lei de licenciamento ambiental, que está para ser votada por estes dias. Daqui a mais um pouco, pode passar a lei da grilagem, presente para os amigos de Bolsonaro. Ah, já estamos esquecendo da matança do Jacarezinho, 'tudo bandido', né? Quando voltarmos a mil mortes de Covid por dia talvez se faça uma festa pela 'volta à normalidade'”. – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-05-2021.
“Assim como não existe legalmente, o Centrão não tem preços fixos. De um lado do balcão, o presidente da República. Do outro lado, as legendas, da Câmara sobretudo. Com suas condições no atacado e no varejo. Em postos bem posicionados, com domínio de comissões decisivas para a linha de montagem dos produtos, representantes fanáticas do presidente Jair Bolsonaro” – Rosângela Bittar, jornalista – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“Essas transações produzem um escândalo atrás do outro. Quem se importa ou se envergonha? A Câmara dos Deputados descobriu que o preço do presidente Jair Bolsonaro está abaixo da expectativa do Centrão, uma vez que os critérios da barganha parlamentar só consideram de milhões para cima. Para a sociedade tudo isso é incompreensível e doloroso. Como compatibilizar a votação de uma mudança de costumes com as obras físicas inúteis e superfaturadas? Como pesar o engavetamento do impeachment tendo no outro prato da balança a anulação das minorias parlamentares com uma simples mudança do regimento?” – Rosângela Bittar, jornalista – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“A abertura da Câmara para o voto impresso, por exemplo, é inexplicável em qualquer idioma, um risco não tabelado. O presidente da Câmara, que conduz as negociações, não atua propriamente como líder, mas como um intermediário que costura composições onerosas. Quem presta atenção no fato de que puxam o Brasil para trás, exatamente no quesito com que causam admiração ao mundo?” – Rosângela Bittar, jornalista – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“Colocada à mesa de negociações diante de outra insensatez, que é a demolição do sistema educacional brasileiro e seus avanços seculares, a Câmara se entregou. Achou uma pechincha a imposição da velha escola, a domiciliar. Que tal uma enquete com os pais de estudantes que estão vivendo esta longa temporada de pandemia com os filhos submetidos a aulas remotas ou a aula nenhuma? Como se fosse possível suprimir o papel dos professores e a socialização das crianças e adolescentes, ou eliminar as novas técnicas pedagógicas e sua integração com a ciência e a vida” – Rosângela Bittar, jornalista – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“O ensino doméstico acabou na primeira Lei de Diretrizes e Bases. Quem poderá pagar por isso? Quem controlará os planos, métodos e conteúdos? A quem se prestará contas? Quem fará a atualização de conhecimento? Não vale a pena sequer especular. Produtos caríssimos, que o Centrão paga sem pedir desconto” – Rosângela Bittar, jornalista – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“Para ter os votos da maioria que transformam o país nesta colcha de retalhos, o presidente vai criando novas moedas, e o Centrão se farta. A mais recente está expressa em um orçamento paralelo e secreto, revelado por Breno Pires em reportagem publicada pelo Estadão. Invenção que vale ouro nesta contabilidade” – Rosângela Bittar, jornalista – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“Orçamento é coisa séria e há muito o que melhorar nessa matéria. Transparência é fundamental. Cada centavo precisa ser rastreável” - Felipe Salto, economista e diretor executivo da IFI – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“O clima é tenso no Palácio do Planalto, contrariado com o depoimento de Barra Torres à CPI do Senado e pressionado por causa do “tratoraço” revelado pelo Estadão. Por ora, o entorno de Jair Bolsonaro, em rara consonância com a oposição, avalia que, ao menos no caso do orçamento secreto, Augusto Aras não entrará em campo para valer enquanto o presidente tiver vaga à disposição no STF e ele próprio sonhar com um segundo mandato na PGR. Conforme um governista, se entrar, Aras jogará como “goleiro”: puxará o freio de mão de investigações” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 12-05-2021.
“O Facebook está usando dois pesos, duas medidas. As autoridades da União Europeia foram muito firmes e contundentes para dizer que esse compartilhamento é ilegal, com base na legislação do bloco e por legislações nacionais. Por que o Facebook respeita a lei da UE e não o faz no Brasil, sendo que a nossa legislação é muito baseada na da UE? Contratamos uma advogada especialista em proteção de dados e privacidade e ela fez um parecer imparcial que demonstra como o Facebook estava violando a normativa brasileira. Embora eles (as redes sociais) nos chamem de usuários, somos consumidores. Temos uma série de direitos que estão sendo violados. Especificamente sobre a LGPD, o usuário tem o direito de saber quais dados estão sendo coletados, quais são necessários ao funcionamento do aplicativo para que possa dar permissão ou não para que seja compartilhado. O Facebook não está fazendo nenhum desses três pilares. Eles não dão clareza para o usuário quais dados estão sendo coletados, não dão clareza sobre o fim para cada qual dado será coletado e não dão o direito de o consumidor dizer não. Eles abusam do monopólio que têm no Brasil para passar esses tipos de termos de uso, políticas abusivas” - Flora Rebello Arduini, mestre em Direitos Humanos pela Universidade de Maastricht e estudiosa de redes de desinformação na internet, coordenadora da ONG internacional SumOfUs, explica por que, ao implementar a mudança no Brasil, o Facebook está tratando os brasileiros como "cidadãos de segunda classe" – Zero Hora, 08-05-2021.
“Que a Agência Nacional de Proteção de Dados junto a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) se unam, coloquem como prioridade essa investigação contra o Grupo Facebook, que emanem uma liminar para que essa política não entre em vigor no dia 15 de maio até que essa questão seja analisada pelas autoridades. O segundo é que haja o fim da integração de dados entre o WhatsApp e o Facebook porque isso não é nada mais do que pedir que eles ajam em conformidade com o que estão fazendo na UE e no Reino Unido. E terceiro: é óbvio que as empresas vão ter suas atualizações de políticas, mas que os usuários não sejam punidos, caso não aceitem termos abusivos. Que continuem podendo usar o app” - Flora Rebello Arduini, coordenadora internacional da ONG SumOfUs, sobre a proposta da ONG para barrar a proposta de integração dos dados entre o WhatsApp e o Facebook – Zero Hora, 08-05-2021.
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O presidente ofereceu às raposas do Congresso não somente as galinhas, como os ovos e as chaves do galinheiro – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU