Alemanha. “Liturgias de bênção para quem se ama” de 10 de maio “não são um caminho que leva longe. É preciso desenvolver a reflexão", afirma presiente da Conferência Episcopal Alemã

Foto: Midia NINJA | Flickr CC

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30 Abril 2021

 

"Não considero as iniciativas públicas como as programadas para 10 de maio um sinal útil e um caminho que leve longe. As celebrações de bênção têm a sua dignidade teológica e o seu significado pastoral” e não podem tornar-se “instrumentos de manifestações ou ações de protesto” no plano eclesial. Assim escreve hoje em uma nota o presidente dos bispos alemães, Mons. Georg Bätzing, sobre a iniciativa de um grupo de párocos que convidam para o próximo dia 10 de maio a celebrar "liturgias de bênção para quem se ama", propondo aos casais interessados "receber a bênção que Deus quer dar-lhes sem nenhum segredo".

A reportagem é publicada por Serviço de Informação Religiosa - SIR, 28-04-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

A iniciativa, dirigida em especial aos casais do mesmo sexo, é uma das vozes que contestou a recente nota da Congregação para a Doutrina da Fé sobre as bênçãos homossexuais. O bispo de Bätzing reitera hoje, também à luz da troca do Conselho Permanente da Conferência Episcopal alemã, que "certamente, as pessoas com orientação homossexual, incluindo aquelas que vivem em uniões do mesmo sexo, têm um lugar na Igreja" e "são bem-vindas". Da mesma forma, "faz parte do serviço pastoral da Igreja responder às expectativas dessas pessoas nas respectivas situações concretas do seu caminho de vida e acompanhá-las com o cuidado pastoral".

Significa, portanto, que o confronto deve continuar na Igreja, como o próprio Bätzing escreveu no dia seguinte ao pronunciamento da Congregação, pois é necessário "aprofundar mais" a reflexão sobre esses temas "com base nas verdades fundamentais da fé e da moral, da reflexão teológica", mas também em abertura com "os resultados mais recentes nas ciências humanas" e “as situações de vida das pessoas". Finalmente, monsenhor Bätzing relança, indicando o Caminho Sinodal como lugar "central" para discutir o tema neste momento.

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