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Sobre o quinto aniversário de Amoris Laetitia: O que o amor tem a ver com isso?

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19 Março 2021

“Como todos os filhos de Deus, as pessoas LGBTQ também têm consciência, que deve ser obedecida. Respeitar as decisões de consciência significa que não é mais aceitável declarar que relacionamentos iniciados com corações apaixonados são automaticamente imorais. Então, tudo volta à prioridade do amor. Onde o amor – amor real, holístico, corporificado, devotado e desleixado – vem primeiro, então a rejeição histórica das relações entre pessoas do mesmo sexo e todo o trauma físico, psicológico e espiritual infligido a serviço dessa tradição devem terminar”, escreve Lisa Fullam, teóloga moral na Escola Jesuíta de Teologia da Universidade Santa Clara, EUA, em artigo publicado por New Ways Ministry, 18-03-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

No quinto aniversário da publicação da exortação apostólica Amoris Laetitia, um refrão continua vindo à minha cabeça “What’s Amor Got do With it?”(“O que o amor tem a ver com isso?”)

Primeiro, eu penso que a importância da Amoris Laetita (AL) para a comunidade LGBTQ depende da resposta de Francisco a essa pergunta, que é “Tudo”!

Uma segunda boa notícia é que este documento começa a erodir o rígido essencialismo e complementaridade de sexo/gênero do Papa João Paulo II. O essencialismo e a complementaridade são as noções insustentáveis de que tudo o que o médico declarou ao olhar para os órgãos genitais de um bebê determinou não apenas o sexo atribuído (um teste biológico imperfeito), mas também a maioria dos papéis sociais e traços de personalidade do bebê. As meninas crescem para ser nutridoras e geralmente maternais, enquanto os meninos se tornam protetores ativos das meninas receptivas.

Terceiro, AL volta a focar a atenção na importância central da consciência bem formada de um indivíduo para a tomada de decisão moral, de acordo com séculos de tradição católica.

Certo, como tantos aspectos do papado de Francisco, há boas e más notícias. Vamos tirar as más notícias do caminho. Ele condena diretamente a igualdade no casamento (esta postura foi reiterada pelo cão de guarda doutrinal do Vaticano recentemente, quando proibiu os padres de abençoar até mesmo as uniões civis do mesmo sexo que Francisco parece aprovar. Deve-se notar que a Congregação para a Doutrina da Fé que emitiu o decreto não está responsável por desenvolver o ensino da Igreja, mas apenas aplicá-lo. Eles são músculos, não cérebros). Havia esperança de que Francisco diria algo mais positivo em AL, como quando disse sobre padres gays, “quem sou eu para julgar?”, mas ele não o fez, e não tem mais feito desde então.

Então, vamos começar com esse ponto mais importante. Francisco lamenta: “muitas vezes apresentamos o casamento de tal forma que seu sentido unitivo, seu chamado para crescer no amor e seu ideal de ajuda mútua são ofuscados por uma insistência quase exclusiva no dever de procriação”. Esse foco no relacionamento subverte os primeiros (quase) dois milênios de ensino moral cristão em que a procriação era ensinada como o primeiro objetivo ou propósito do casamento. O Vaticano II elevou o amor dos esposos a um nível de igualdade com a procriação; João Paulo II insistiu que a função procriadora recíproca da genitália de casais heterossexuais era um aspecto necessário da união amorosa, em essência colocando a procriação novamente no topo.

Francisco não aceitará nada disso: o capítulo mais longo de AL enfoca no amor – amor holístico e corporificado. Ele cita o documento Gaudium et Spes, do Vaticano II : “amor conjugal ‘compreende o bem de toda a pessoa e, por conseguinte, pode conferir especial dignidade às manifestações do corpo e do espírito, enobrecendo-as como elementos e sinais peculiares do amor conjugal’”.

Ele continua: “Deve haver qualquer motivo para um amor sem prazer nem paixão se revelar insuficiente a simbolizar a união do coração humano com Deus” (AL 142). E para que não percamos o ponto de que se trata de sexo: “O ideal do matrimônio não pode configurar-se apenas como uma doação generosa e sacrificada, onde cada um renuncia a qualquer necessidade pessoal e se preocupa apenas por fazer o bem ao outro, sem satisfação alguma. Lembremo-nos de que um amor verdadeiro também sabe receber do outro, é capaz de se aceitar como vulnerável e necessitado, não renuncia a receber, com gratidão sincera e feliz, as expressões corporais do amor na carícia, no abraço, no beijo e na união sexual” (AL 157).

Em segundo lugar, Francisco lança uma sombra sutil sobre a camisa de força essencialista da complementaridade de gênero de João Paulo II. Ele afirma: “o masculino e o feminino não são qualquer coisa de rígido. [...] A rigidez torna-se um exagero do masculino ou do feminino [...] Tal rigidez, por seu lado, pode impedir o desenvolvimento das capacidades de cada um, tendo-se chegado ao ponto de considerar pouco masculino dedicar-se à arte ou à dança e pouco feminino desempenhar alguma tarefa de chefia. Graças a Deus, isto mudou; mas, nalguns lugares, certas ideias inadequadas continuam a condicionar a legítima liberdade e a mutilar o autêntico desenvolvimento da identidade concreta dos filhos e das suas potencialidades” (AL 286).

Há mais uma abertura para o desenvolvimento doutrinário aqui: João Paulo II, Bento XVI e o próprio Francisco (incluindo aqui em AL) escreveram fortemente contra um espantalho chamado “ideologia de gênero”, uma alegação de que nossos corpos e nossa expressão de gênero são completamente independentes (um construtivismo radical de gênero). No entanto, Francisco também cita aqui uma observação feita pelos bispos do Sínodo sobre a Família: “É preciso enfatizar que 'o sexo biológico e o papel sociocultural do sexo (gênero) podem ser distinguidos, mas não separados’”. (AL 56) Esta afirmação, acredito, começa a minar o falso binário de João Paulo II de sexo radical/essencialismo de gênero (o sexo determina tudo sobre como se deve expressar gênero) versus o bicho-papão do construtivismo radical de gênero. A rejeição da falsa dicotomia abre a possibilidade de ver a relação de sexo biológico para expressão de gênero como um espectro, uma instância a qual deve ser respeitada o poderoso sentimento de muitos de nossos irmãos e irmãs trans e queer que o sexo corporal e o gênero não podem ser completamente separados tampouco completamente fundidos sem violentar essas pessoas.

E, finalmente: consciência. Uma parte de AL que recebeu muitos holofotes quando foi lançada foi a ênfase no discernimento em relação àqueles que se casaram novamente sem anular um casamento anterior. Francisco escreve: “a consciência individual precisa ser melhor incorporada à práxis da Igreja em certas situações que não incorporam objetivamente nossa compreensão do casamento”. Ele conclui: “não se pode mais simplesmente dizer que todos aqueles em qualquer situação ‘irregular’ estão vivendo em um estado de pecado mortal e estão privados da graça santificadora”. (301). Como todos os filhos de Deus, as pessoas LGBTQ também têm consciência, que deve ser obedecida. Respeitar as decisões de consciência significa que não é mais aceitável declarar que relacionamentos iniciados com corações apaixonados são automaticamente imorais.

Então, tudo volta à prioridade do amor. Onde o amor – amor real, holístico, corporificado, devotado e desleixado – vem primeiro, então a rejeição histórica das relações entre pessoas do mesmo sexo e todo o trauma físico, psicológico e espiritual infligido a serviço dessa tradição devem terminar. “O que amor tem a ver com isso?”: Tudo.

 

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  • 'Essa não é a linguagem da Amoris laetitia'. Artigo de Johann Bonny, bispo da Antuérpia
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  • “Faça a coisa certa”: a recepção da Amoris laetitia e as categorias dos canonistas. Artigo de Andrea Grillo
  • Francisco e a teologia moral em debate nas obras de Todd Salzman e Michael Lawler
  • Amoris Laetitia: aspectos antropológicos e metodológicos e suas implicações para a teologia moral. Artigo de Todd Salzman e Michael Lawler. Cadernos Teologia Pública, Nº 136
  • Os documentos eclesiais pós-sinodais “Familiaris Consortio” de Wojtyla e “Amoris Laetitia” de Bergoglio. Artigo de José Roque Junges. Cadernos Teologia Pública, Nº 133

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