08 Janeiro 2021
Ta ruim pra nós !!!!
Donald Trump está sendo EXPULSO da internet. Depois de ser bloqueado do Facebook, do Instagram e do Twitter, ele agora foi expulso do Twich e do Shopify, a segunda maior loja online do mundo.
Daqui a pouco ele vai ter que reativar a conta no Orkut.
Vocês ficam tão preocupados em prender o Trump que nem viram o mais importante: o cabra está bloqueado do Facebook, do Instagram e do TWITTER. Nos primeiros, com certeza, pelas próximas duas semanas.
É sabido que duas coisas caracterizam a rotina de Trump: tuitar alucinadamente enquanto consome quantidades colossais de TV a cabo e comer cheeseburgers do McDonalds, porque apesar de ter à disposição uma cozinha de nível mundial, ele tem paranóia de que será envenenado.
Ontem, três ou quatro dos funcionários top, nomeados, da Casa Branca, pediram demissão. Vários ex cãezinhos de estimação, como o Senador Lindsay Graham, o abandonaram. Presa de obsessão narcísica acentuada com gostarem dele e com acharem-no o melhor, Trump está sendo largado sozinho pelas lideranças políticas. Mas, pior, foi chutado para fora pelas redes sociais.
Não pode tuitar, não pode postar no Instagram, não pode atualizar o Facebook e, como a Fox News já o largou sozinho também, não tem mais como aparecer na TV a cabo. Em algum lugar por perto, Melania conta os dias para o divórcio e o Deutsche Bank traça a estratégia de execução da dívida. O cheeseburger ele ainda pode mandar alguém buscar mas, nas atuais circunstâncias, mesmo a delivery do McDonald's já lhe deve provocar medo.
Essa é a situação dele no momento. Deve estar urrando piradaço demais, contra as paredes, armando um climão espetacular na Asa Oeste da Casa Branca.
Ouch...
Vazaaaaaaaaaaaaa
Até que o cara que pos a imagem pegou leve!
Ontem os nazistas (como este da foto) e outros tantos seres doentios saíram dos esgotos e invadiram o Congresso americano.
O Homem Aranha não jogou nenhuma teia, o Super Homem não voou nem perto, e o Batman nem se moveu em sua mansão.
Não surgiram magicamente aviões e super máquinas.
Foi o que foi.
Penso que já passou da hora de vermos os Estados Unidos como o país é: Um lugar cheio de problemas e complexidades, como qualquer outro.
Os norte-americanos não são melhores nem piores do que ninguém.
Esta fantasia de que todo mundo lá é rico e anda em super camionetes, é isto, uma fantasia.
Dezenas de milhões de pessoas passam fome e tem carências básicas, como aqui. O sistema de saúde deles é um caos, e se você adoece e não tem dinheiro está literalmente falido ou morto.
Há pensadores e pensadoras americanas de alto nível, de todas as matizes. Há "gente boa" de todo tipo, que luta pela vida como nós lutamos. Mas há também uma massa de medíocres, estúpidos controlados por políticos e falsos profetas, uma massa celebrizada no personagem Homer Simpson.
Foi esse Simpson estúpido que esteve lá ontem, representado por um sujeito esquisito com dois chifres na cabeça.. Ele está espalhado pelo mundo, e governa países.
A relação com o Brasil é óbvia, e nem precisaríamos ler as análises para percebê-la.
Aqui há o agravante de que o crime organizado está se armando cada vez mais, com apoio explícito do governo e o silêncio da banda podre das Forças Armadas, preocupada com os carguinhos, medalhas e privilégios.
É um circo de horrores sendo armado para o ano que vem.
“Camp Auschwitz: O trabalho liberta”, mesma frase encontrada na entrada do Campo de Concentração de Auschwitz da Alemanha nazista.
Essa é a escória que por lá, ou por aqui deve ser eliminada.
"A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão, começo a suspeitar que é um continente."
Machado de Assis in O Alienista.
Tuítes do Ministro das Alucinações Exteriores sobre a tentativa de Golpe nos Estados Unidos:
"Há que lamentar e condenar a invasão da sede do Congresso ocorrida nos EUA ontem.
Há que investigar se houve participação de elementos infiltrados na invasão
Há que deplorar e investigar a morte de 4 pessoas incluindo uma manifestante atingida por um tiro dentro do Congresso
Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral.
Há que distinguir “processo eleitoral” e “democracia”. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral NÃO significa rejeitar a democracia. Ao contrário, uma democracia saudável requer, como condição essencial, a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral.
Há que parar de chamar “fascistas” a cidadãos de bem quando se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições. Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse.
Há que perguntar, a propósito, por que razão a crítica a autoridades do Executivo deve considerar-se algo normal, mas a crítica a integrantes do Legislativo ou do Judiciário é enquadrada como atentado contra a democracia.
Nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem. Mas ao mesmo tempo nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam.
O direito do povo de exigir o bom funcionamento de suas instituições é sagrado. Que os fatos de ontem em Washington não sirvam de pretexto, nos EUA ou em qualquer país, para colocar qualquer instituição acima do escrutínio popular."
Ernesto Araújo disse: "há que se investigar" (!) se não havia infiltrados na invasão do Capitólio.
Não é por nada, mas esse sujeito aqui lembra muito um ex-ministro da educação que foi colega dele.
Maria Hermínia Tavares
Os fantasmas do chanceler
O mal causado pela caça aos fantasmas é real e presente
6.jan.2021 às 23h15
EDIÇÃO IMPRESSA
FSP
Inaugurando 2021, o chanceler Ernesto Araujo divulgou no Twitter sua mensagem de Ano-Novo. Trata-se do palavroso artigo "Por um reset conservador liberal", publicado no blog onde costuma expor sua míope e bizarra visão dos problemas mundiais. Para o ministro, no ano que passou teria ficado clara a gigantesca trama de interesses contra a liberdade e a dignidade humanas.
Os agentes da urdidura seriam —vale a pena transcrever— "a grande mídia; o narcosocialismo, a corrupção; a bandidagem em geral (crime organizado); o sistema intelectual politicamente correto; o climatismo (uso da questão climática como instrumento de controle econômico); o racialismo (programa de organização da sociedade segundo o princípio da raça); o covidismo (a histeria biopolítica e sua utilização como mecanismo de controle); o terrorismo; o multilateralismo antinacional (distorção e manipulação do sistema multilateral composto pelos organismos internacionais); a ideologia de gênero; o abortismo; o trans-humanismo [sic]; o anticristianismo e a cristofobia; o esquema de alguns megabilionários ou trilionários; o elitismo transnacional; e o marxismo de mercado megatecnológico ou neomaoísmo". Ufa!
Formando uma confraria espectral, estariam ligadas por uma invisível estrutura, de tal forma que "quando você compra a biopolítica do "fique em casa" talvez esteja ajudando o narcotráfico".
Ernesto Araújo teve um chilique ao ser excluído de reunião na Casa Branca na qual Eduardo Bolsonaro participou, em março O deputado federal e filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara; seu protagonismo nas relações internacionais tem incomodado o Itamaraty de Ernesto Araújo A diretora de Negócios da Apex, Letícia Catelani, é próxima a Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e foi o pivô da demissão do diplomata Mario Vilalva da diretoria da agência Ernesto Araújo se reúne com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em Washington, no início de fevereiro; um dos objetivos do governo é estreitar laços com os EUA
Fantasias maquiavélicas, com menção frequente a forças ocultas e inimigos externos, sempre habitaram a retórica da extrema-direita. Cumprem papel importante na arregimentação dos "nossos" contra "os outros". Muitas vezes serviram para justificar, por exemplo, a ação internacional de grandes potências, da supremacia ariana do nazismo à Guerra Fria entre o Ocidente e o bloco soviético.
Mas os pesadelos que assombram Araújo geraram um caso muito raro de política externa totalmente assentada numa teoria conspiratória da cena mundial. É o que argumentam os pesquisadores Feliciano de Sá Guimarães, Davi Moreira, Irma Oliveira e Silva e Anna Carolina de Mello em artigo ainda inédito sobre o lugar da ideia de "globalismo" na política externa de Bolsonaro. Intitula-se "When Conspiracy Theories Capture Foreign Policy Narratives" (Quando teorias da conspiração capturam as narrativas de política externa)."Globalismo" é a condensação daquele rol de fictícias ameaças à nação.
Para o país, o mal causado pela caça aos fantasmas é real e presente. Manifesta-se como descrédito internacional, isolamento e desmoralização de um serviço diplomático até então conhecido por sua competência.
Maria Hermínia Tavares
Professora titular aposentada de ciência política da USP e pesquisadora do Cebrap. Escreve às quintas-feiras.
Donald Trump é um empresário falido, cheio de papagaios na praça. Uma espécie de Eike Batista, com dezenas de processos por fraude paralisados na Justiça porque é presidente dos Estados Unidos. Os processos voltarão a andar quando ele sair.
Parece-me claro que decidiu tornar-se um preso político, indo para a cadeia na liderança de uma parcela da opinião pública e carregando, supostamente, a bandeira de valores americanos.
A alternativa é ser preso por estelionato e fraude.
Todo o cuidado é pouco, aqui no Brasil. Alguém já disse que a história acontece duas vezes, a primeira como tragédia, a segunda como farsa.
Nós também temos um criminoso comum na presidência.
como eu disse já faz algum tempo
Esse é um dos terroristas que invadiram o Capitólio.
A gente olha e ri e se pergunta como uma criatura com esse visual conseguiu sequer subir as escadas sem um alô da polícia.
É impossível levar a sério.
E esse é justamente o problema, tanto lá quanto cá, e ouso dizer através dos tempos: não conseguimos levar a sério as pessoas mais perigosas, porque são ridículas.
Já era para termos aprendido alguma coisa desde os vikings.
A primeira ciclovia construída exclusivamente para carros, fica em Torres - RS.
O líder populista defende a liberdade de (matar e) morrer
Bolsonaro genocida? Grande injustiça. Ele só defende a liberdade que "o povo" tem de não se vacinar e de querer se aglomerar, beber, transar e morrer. É verdade que aí morre todo mundo que queria ser vacinado, e que para eles deixar morrer é uma forma de matar. Sao eles que o chamam "genocida". Mas essas pessoas não pertencem ao "povo" e por já vão tarde para a vala. Veja aqui.
A estratégia de longo prazo do populismo reacionário
A narrativa da fraude integra o negacionismo estrutural neofascista. Trata-se de um ardil por meio do qual o populista desautoriza os resultados eleitorais e legitima o golpismo da minoria, apresentando-a como se fosse a resistência legítima da maioria. Ele objetiva menos golpear o Estado frontalmente do que prevenir o futuro do líder populista. Ele serve para manter o seu capital político e sua impunidade depois da derrota.
Manifestações violentas como as de ontem visam a dois fins.
O primeiro é o de persuadir a minoria derrotada de que o líder populista continua ungido pela Providência; mas que foi vítima de um golpe dos eternos inimigos do povo ("o sistema").
Ele precisa demonstrar aos seus seguidores que, a despeito da derrota, ele continua carismado e poderoso, legitimado para "liderar o povo" nos anos vindouros. Ele preserva assim sua aura de invencibilidade para as eleições seguintes.
O segundo fim a que a manifestação violenta visa é mostrar aos adversários que ele continua capaz de intimidá-los pela manipulação dos instintos violentas da massa. Essa demonstração eleva os custos para seus adversários promoverem sua responsabilização. Em outras palavras, estimula a leniência a respeito de seus atos e garante a impunidade pelos crimes por ele cometidos e por cometer.
Bolsonaro faz e fará a mesmíssima coisa, com a fantasia da fraude pela urna eletrônica, e incitará os corpos armados a se anarquizarem, com o mesmo objetivo: mostrar invencibilidade e intimidar os adversários que tentarem punir sua família pelos crimes. Resta saber se, uma vez que todo o mundo já sabe o que ele vai fazer, pretende ficar de braços cruzados.
Recebi de minha amiga Karla, lá das bandas da Grécia por ora
Senhor,
Sabes melhor do que eu que estou envelhecendo e que, mais dia menos dia, farei parte dos velhos.
Guarda-me daquela mania fatal de acreditar que é meu dever dizer algo a respeito de tudo e em qualquer ocasião.
Livra-me do desejo obsessivo de por ordem nos negócios dos outros.
Torna-me refletida, mas não ranzinza, serviçal, mas não autoritária.
Acho uma pena não utilizar toda a imensa reserva de sapiência que acumulei por longos anos, mas bem sabes, Senhor, ...
Faço questão de conservar alguns amigos.
Segura-me quando eu começar a desfiar detalhes que não acabam mais, dá-me asas para ir direto ao fim.
Sela meus lábios acerca de minhas mazelas e doenças, embora essas aumentem sem cessar, e, com o passar dos anos, me dê certo prazer enumerá-las.
Não me atrevo a pedir-te que eu chegue até a gostar de ouvir os outros quando desenrolam a ladainha dos próprios sofrimentos, mas ajuda-me a suportá-los com paciência.
Não me atrevo a reclamar uma memória melhor, dá-me, porém uma crescente humildade, e menos suscetibilidade, quando a minha memória esbarrar na dos outros.
Ensina-me a gloriosa lição de que pode até acontecer que me engane...
Tome conta de mim.
Não é que eu tenha tanta vontade de me tornar santa (com certos santos é tão difícil ficar junto!), mas uma velha, além de velha amarga, é com certeza uma das supremas invenções do diabo.
Faze-me capaz de ver algo de bom onde menos se espera, e de reconhecer talentos, em gente na qual estes não se percebem.
E dá-me a graça de proclamá-los.
Amém.
* a informação que eu tenho da autoria dessa oração é que seria de uma monja italiana do século XV.
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