23 Dezembro 2020
Segundo o jornal francês Le Progrès, o Ir. Jean-Pierre Schumacher, 96 anos, último sobrevivente do massacre de Tibhirine (Argélia), e outros dois monges receberam alta do hospital onde estavam internados há duas semanas em Rabbat, no Marrocos, devido à Covid-19. Segundo a publicação francesa, os religiosos trapistas já teriam voltado para o Mosteiro de Nossa Senhora do Atlas, em Midelt, Marrocos.
A nota é de Il Sismografo, 22-12-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Nascido na França em 1924, o Ir. Jean-Pierre Schumacher fez parte dos “malgré eux” mobilizados no Exército alemão para ir para o front russo. Uma tuberculose “providencial” o impediu, e ele seria o único sobrevivente da sua unidade.
Em 1957, entrou na Abadia de Timadeuc e foi em 1964 que respondeu ao apelo lançado por Dom Duval et Dom Jean de la Croix, abade de Aiguebelle, e chega a Tibhirine.
Encarregado das compras e também da portaria, manteve inúmeros contatos com a população. Cuidando do abastecimento, evidentemente era obrigado a sair frequentemente do mosteiro, assim como – durante os anos de terrorismo – a percorrer trajetos frequentes em uma área muito insegura.
Nomeado superior do Priorado de Nossa Senhora do Atlas em Fez em 1996, foi substituído nesse cargo, aos 75 anos, pelo Pe. Jan Pierre Flachaire em 1999. Hoje, ainda está na Comunidade de Nossa Senhora do Atlas em Midelt, Marrocos.
Depois de ser poupado na Segunda Guerra Mundial e depois em Tibhirine, também sobreviveu em Fez, onde o teto de concreto da sua cela desabou sobre a mesa de trabalho que ele acabara de deixar.
No dia 31 de março de 2019, na Catedral de Rabat, dedicada a São Pedro, o Santo Padre Francisco, durante a sua visita ao Marrocos, abraçou e beijou a mão de Jean-Pierre Schumacher, o último sobrevivente do massacre de Tibhirine (Argélia).
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Último monge Tibhirine se recupera da Covid-19 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU