01 Dezembro 2020
Esperança e resiliência: o Advento de Jesus Cristo
Hoje tem início o Tempo do Advento! Este ano, teremos as reflexões do Advento com o P. Carlos Alberto Contieri ao vivo, em nosso canal no YouTube todas as quartas-feiras às 20h30.
As reflexões serão em torno das obras de Johann Sebastian Bach compostas para este tempo litúrgico. Além das reflexões, contaremos com a participação da Professora Dra. Yara Caznok (UNESP) que fará a análise das composições executadas pelos organistas Felipe Bernardo (Mestre de Capela e Organista Titular do Pateo do Collegio) e Bruno Tadeu (Organista Titular da Paróquia Nossa Senhora do Brasil).
Os textos, traduzidos do alemão, serão disponibilizados durante o vídeo.
O primeiro, dos quatro episódios, irá ao ar no dia 02 de dezembro. Não perca!
#pateodocollegio #scholacantorum #advento #jesuitasbrasil #jesuitas #musicasacra
"Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos."
Palavras do Papa Francisco durante a bênção Urbi et Orbi em março de 2020.
A Schola Cantorum presta uma homenagem à todas as vítimas do Covid-19 e, em especial, ao Maestro Martinho Lutero!
Signore delle cime
(Gravado virtualmente em novembro de 2020)
Crédito da imagem: Mariana Milani
′′O projeto, convocado pela Stop Ecocide Foundation a pedido dos parlamentares suecos, foi lançado este mês para coincidir com o 75 o aniversário da abertura dos julgamentos de crimes de guerra de Nuremberga de líderes nazis em 1945.
[...] O presidente francês, Emmanuel Macron, também defendeu a ideia e o governo belga prometeu apoio. O secretário da justiça sombra, David Lammy, também apelou para que o ecocídio fosse incorporado à lei.
O tribunal penal internacional, que se encontra em Haia, prometeu previamente dar prioridade aos crimes que resultam na ′′ destruição do ambiente ", ′′ exploração dos recursos naturais ′′ e na ′′ descarga ilegal ′′ da terra."
Um banco dos réus feito sob medida para Jair Bolsonaro.
A Organização Mundial da Saúde está chamando os países e parceiros globais a intensificarem a luta contra a #malária, uma doença evitável e tratável que continua causando centenas de milhares de mortes a cada ano. Saiba mais aqui.
"Fui chamado a participar por outras pessoas que integram o Comitê (e não pela empresa) e que pediram minha ajuda para pensar formas de reparação e responsabilização que fossem efetivas e que não caíssem no esquecimento. Não é e nem nunca foi um grupo de “diversidade”. Após muito refletir e conversar com pessoas próximas concluí que deveria lutar para que a família obtivesse a adequada indenização, mas também que fosse oferecida à comunidade negra uma resposta eficiente, que venha a se tornar um modelo."
A cegueira PAULISTANA vai se aprofundando ano a ano. Altamente preocupante. Olhar pessoal do Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior - PUC-SP
O município de São Paulo teve em 2020 cadastrados 8.986.687 eleitores/as, votando em 58 zonas distribuídas e 26.145 seções eleitorais localizadas em 2.049 locais de votação. Em 2016 cerca de 3 milhões se abstiveram ou votaram nulo e branco.
Em 2020 no primeiro turno os que se abstiveram sem votar ou votaram nulo e branco somaram 3,6 milhões, ou seja, 40% do eleitorado se assumiu como um analfabeto político.
No segundo turno em 29/11/2020 com 100% dos votos computados de 22.396 urnas eletrônicas vemos mais abstenções e cegueira. A democracia sendo destroçada pela indiferença política de multidões. Tivemos 2.769.179 abstenções (30,81%) mais 273.216 brancos (4,39%) e 607.062 nulos (9,76%), somando 3.649.457 que decidiram não decidir o que soma 40,6% dos aptos a votar.
Os números revelam que Bruno Covas foi reeleito com 59,38% dos votos válidos, ou seja, 3.169.121. De fato 35,2% dos eleitores paulistanos, um pouco mais de terço do povo da cidade. Vitória democrática que, entretanto, revelou a sangria tremenda na participação cidadã. Dois terços não o elegeram. Cruel e preocupante.
Guilherme Boulos auferiu 2.168.109 votos, que representam 40,6% dos válidos ou 24,1% do total de eleitores aptos, ou seja, teve a escolha de quinto do povo eleitor da cidade.
Resumo do paradoxo: Jair Bolsonaro perdeu no Brasil todinho. Perdeu de lavada. Foi varrido como inepto, ele e seus cúmplices perversos. Temos algo a celebrar no curto prazo. Quanto aos resultados gerais das 57 cidades houve ganhos e perdas. Quanto aos eleitores paulistanos a cegueira moral cresceu enormemente.
Resultado: o prefeito foi reeleito com o respaldo de 35% dos eleitores, a oposição política articulada obteve 24% de votos possíveis e os que negaram tudo e todos somam 41% dos eleitores de São Paulo.
Desenhando:
35% dos eleitores quis e reelegeu Bruno Covas+vice incógnita.
Mais quatro anos de tucanos e sua demagogia.
24% quis Boulos+Erundina. Lições a aprender com urgência. Terá que avaliar e organizar-se diariamente para o futuro imediato.
41% dos eleitores negou-se a eleger o prefeito. Precisa de vacina.
E agora José? A festa acabou?
Eu disse que o PT foi um baita derrotado na eleição. Que caiu de 254 para 179 prefeituras em cidades com menos de 200 mil votantes. E que ganhou apenas 4 cidades com mais de 200 mil votantes, sendo que nenhuma é capital do seu estado.
Aí me respondem com o anti-petismo, as fake news, etc. Ok, mas nada disso muda o fato de que houve uma derrota.
Aí eu digo que Ciro não conseguiu ampliar quase nada fora do nordeste. O PDT ganhou duas capitais do nordeste e o PSB outras duas. Em três delas era reeleição, portanto não foi uma vitória nova, mas a manutenção de uma vitória anterior. E muitos prefeitos de cidades pequenas que hoje estão no PDT ou no PSB amanhã podem estar no DEM tranquilamente.
Aí me respondem que ele pelo menos perdeu menos que o PT, como se perder menos fosse um fato para se comemorar. Ou com uma possível aliança com o prefeito de BH e uma bastante improvável aliança nacional com o DEM. Mas nada disso é realidade hoje e eu estou falando dessa eleição. Não faz sentido contrapor um fato do presente com uma possibilidade de fato no futuro. E chegaram até ao ponto de me perguntar o que eu tenho contra o nordeste.
Uma análise derrotista é péssima, porque paralisa. Mas não ser capaz de perceber e analisar os erros faz com que fiquemos presos neles, como um loop eterno.
Este é o melhor quadro para se verificar como andam os partidos. O número de cidadãos que cada um governa é uma medida bem melhor que o número de prefeituras.
O PSDB continua na frente, embora tenha sido o partido que mais cidadãos deixou de governar. Houve enormes ganhos do DEM, do PSD e do PP. O PT continua na mesma, apenas como o 11˚ partido brasileiro em número de cidadãos que governa, embora também seja o partido com a maior rejeição. A diferença é que agora o PT não governa nenhuma capital. O PSB também perdeu milhões de cidadãos que antes governava.
Claríssima vitória do Centrão, sobre o que já havia sido uma vitória do Centrão em 2016.
Boa parte dos perfis de esquerda nas redes sociais já começou a insultar o eleitorado das cidades onde perdeu, ou seja, quase todas. "Paulistano não presta!", "Capixaba é um lixo!", "Gaúcho é essa porcaria aí mesmo!" E etecétera.
Amiguinho, não seja o energúmeno que faz esse tipo de "análise". Em primeiro lugar, porque ela não te ajuda a entender nada. Em segundo lugar, porque quanto mais você insulta eleitor, menores ficam as suas chances para as eleições futuras, mais você reforça as razões que levam boa parte do eleitorado a ter ojeriza da esquerda.
O outro lado dessa moeda é a besta idealização do eleitorado das cidades, estados ou regiões em que venceram os seus candidatos preferidos, como na célebre ilusão Bacurau de 2018: aquela onda de idealização do Nordeste com mapas eleitorais copiados dos EUA, que coloriam todo o estado da mesma cor, deixando o Nordeste inteiro vermelho e escondendo a vitória bolsonarista em Natal, Maceió, João Pessoa, Imperatriz etc. A ilusão Bacurau durou pouco mais de um ano, até a subida de popularidade de Bolsonaro.
Em SP, Vitória, PoA etc., o eleitorado é o mesmo -- ou quase o mesmo, considerando a garotada de título de eleitor recente -- do que era quando essas cidades elegiam Haddad, Vitor Buaiz ou Olívio Dutra. O que mudou foi o contexto histórico, o embate discursivo, a correlação de forças, o jogo político. E são essas coisas que há que se entender, senão vai continuar perdendo mesmo.
Eu acabei de ler (de um perfil meio famosinho no facebook) que a culpa da "derrota das esquerdas" é o velho ódio ao PT
"O antipetismo é uma modalidade de ódio olímpica praticada por pessoas que se informam pela grande mídia e têm seus pensamentos moldados por quem detém o grande capital fazendo com que raciocinem como se fossem grandes empresários."
E claro, todo o texto é pontuado por aquele sentimento de "destino manifesto" do partido em comandar o Brasil, e qualquer coisa que atrapalhe isso é um crime de lesa sociadade......
Que preguiça.......
Concordo plenamente com o Luiz Carlos De Oliveira e Silva.
A direita não bolsonarista (DEM, MDB e PSDB) começa a traçar uma estratégia de Paes x Crivella para o cenário nacional.
A ideia é isolar o bolsonarismo (fortalecimento do pentecostalismo, destruição ambiental, negacionismo histórico, racismo, homofobia, misogenia, trumpismo no Itamaraty, destruição cultural).
E construir uma candidatura de direita, capaz de seguir com uma agenda neoliberal. Uma espécie de direita limpinha.
E, se essa direita limpinha chegar ao segundo turno, ela receberá o apoio de boa parte da esquerda, feliz por derrotar Bolsonaro.
Com isso, a pauta neoliberal fica de fora do debate.
Vai funcionar? Sei lá, mas a estratégia está em construção.
Esse é o famoso "2º turno francês": já era o "sonho dourado" dos liberais e da Globo desde 2018; o problema é que nenhum candidato "direita limpinha e cheirosa" conseguiu viabilidade eleitoral naquele pleito - não teve latifúndio de tempo de tv que alavancasse o "picolé de chuchu".
Boa parte das análises de esquerda que li, vi e ouvi sobre essa eleição, inclusive de alguns próceres, foi de âmbito moral.
Análise moral da própria esquerda, como traições ou fulano que não permitiu a unidade da esquerda ou sicrano que só pensa em si, etc,.etc.
E análise moral da direita. Crivella malvadão, Bolsonaro como uma espécie de orc, etc, etc.
Mais raro do que temporal no Saara foi ter contato com uma análise de conjuntura, que tentasse entender os números, apontasse os principais jogadores dos próximos anos, tentasse entender as estratégias que estão sendo construídas, etc.
É uma tragédia de proporções colossais esse moralismo que se abateu sobre a esquerda, que faz com que tudo se torne uma grande jornada do herói, com as adversidades e os vilões espalhados pelo meio do caminho.
Quando eu vejo esse tipo de comportamento inclusive de lideranças na esquerda me dá um desânimo profundo.
Menos Karmal e mais Maquiavel e Gramsci.
O caso Moro e lava Jato não é novidade para quem estuda os procedimentos do imperialismo norte americano em relação aos seus Estados súditos. Em conferência feita na mesma Belém do Pará que hoje escolhe novamente a esquerda, falei longamente sobre o liberalismo, neo liberalismo, cooptacão de quadros funcionais dos países dominados por Washington. Vejam abaixo como o caso Moro entra perfeitamente nas recomendações de controle dos funcionários dos países subalternos por Schultz, já em 1983. Leiam por favor e depois me digam se há surpresa na traição da Lava Jato. Roberto Romano
"Termino minha fala mencionando o programa do ex-secretário de Estado americano, George Schultz (SCHULTZ, George. Revista Current Policy, número 456, do Departamento de Estado, Bureau of Public Affairs, Washington, fevereiro de 1983), cujo objetivo é o de captar e treinar as elites universitárias do mundo inteiro, para que apliquem a "democracia", estilo USA, nas terras dominadas.
O primeiro item, diz Schultz, é o "treino das lideranças", o que envolve um amplo leque de atividades para selecionar e treinar uma base extensa de líderes intelectuais, em terras estratégicas, através de seminários e outros meios, em programas das universidades estadunidenses.
O segundo item refere-se à "educação", ou seja, "inculcar os princípios e práticas da democracia e o caráter e valores dos Estados Unidos nos sistemas educacionais de outros países". Isso implica, adianta o político norte-americano, penetrar nos sistemas educacionais e na mídia dos países alvo.
O terceiro item é o de "fortalecer a democracia", ou seja, organizar, fundar, aconselhar partidos, uniões, mídia, negócios e grupos civis nos países alvo. "Aqui, novamente", diz o secretário, "devemos reunir organismos não governamentais norte-americanos para a maior parte do trabalho".
O quarto item é o de "dirigir ideias e informações", organizando fóruns e publicações, todos dirigidos para as elites, de um lado, e, através de campanhas na mídia, atingir consenso e influência nas massas, com a noção dos padrões americanos de vida.
Finalmente, o quinto item diz respeito ao desenvolvimento de laços pessoais e institucionais entre equipes americanas e dos países alvo. Esses itens entram numa agenda completa de captação e cooptação de universitários dos países alvo, para as "reformas" requeridas pela política econômica e social americana.". Roberto Romano, "Universidade e Neo liberalismo".
Alguns exames sobre o nosso futuro, do nosso povo e do nosso país: a construção de um projeto de país
Na discussão com agrupamentos políticos, sociais e com as pessoas entendo necessário continuar discutir o que são hoje o bolsonarismo e base de apoio do mesmo, como também DEM, PMDB, PSDB, PTB e outros, e o que propuseram e aprovaram, de regra contra o nosso futuro, o nosso povo e o País, no âmbito econômico, social, político, jurídico, institucional e cultural.
Como também discutir que a despeito dos limites, problemas e equívocos os partidos de esquerda e centro-esquerda, como PSOL, PT, PCdoB, PDT, REDE e mesmo o PSB estiveram e estão de regra ao lado do povo e dos interesses nacionais, nos âmbitos acima mencionados.
Por outro lado, julgo fundamental a construção pela esquerda, pela centro-esquerda, e pelos movimentos sociais e populares, de um projeto de País.
Mas que também oriente a atuação nos Estados e Municípios.
Destaco que uma das críticas centrais que tenho aos partidos que hegemonizaram a chamada Nova República, inclusive os socialdemocratas e de esquerda (ou que se pretenderam como tal), é de não terem agido de forma ativa e eficiente contra o crescimento econômico pífio (comparado com o que acontecia no mundo), contra a regressão da nossa complexidade e sofisticação econômica contra a desindustrialização e a reprimarização da nossa economia. Embora reconheça nos mesmos muitos méritos.
No sentido apontado considero necessário examinar os ensinamentos presentes em obras e artigos de Paulo Gala, Laura Carvalho, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Luiz Gonzaga Belluzzo, André Roncaglia, Paulo Morceiro, mas também de Mônica De Bolle, Pedro Rossi, Eduardo Fagnani e muitos outros
Ao mesmo tempo entendo que destroçaram as perspectivas do nosso povo, do nosso País e do nosso futuro a orientação predominante no âmbito da economia brasileira, que teve o respaldo em grande medida dos partidos tradicionais, do financismo , dos grandes interesses e dos defensores do “Deus mercado”.
Também tenho críticas aos partidos de esquerda e de centro esquerda pelo fato de não terem agido de forma ativa, forte eficiente para reformular e alterar um sistema tributário repleto de problemas e que em grande medida não atendia os princípios constantes da nossa Constituição de 1988.
Entendo que a falta de projetos e ações visando a reversão do mencionado caminho pode comprometer o nosso povo, País e o nosso futuro.
Considero que algumas visões na esquerda e na centro esquerda não se dão conta que a falta de ter foco na busca, em cada País, como aconteceu com muitas experiências latino-americanas (diferentes de experiências asiáticas), de economias avançadas, contemporâneas, complexas e sofisticadas, e atentas as questões salariais, bem estar social, educacionais, científicas, tecnológicas e a inovação, tendem a criar no curto, médio e longo prazo sérias dificuldades também para experiências progressistas, populares e de esquerda – mas também para outras experiências.
Tenho também críticas a quem, no âmbito de uma visão mais crítica do sistema capitalista (como também tenho), subestima mudanças parciais e processuais.
Embora aqui esteja destacando notadamente a questão econômica, tenho pensado e examinado muito também propostas nos demais âmbitos. Visando discutir mudanças institucionais e jurídicas.
Também por considerar equívoco subestimar as mudanças jurídicas e institucionais.
Porto Alegre/RS, 30 de janeiro de 2020.
Domingos Roberto Todero
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