Queimadas na Amazônia aumentam em mais de 60% no mês de setembro

Foto: Bruno Kelly | Amazônia Real

Mais Lidos

  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

    Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

    LER MAIS
  • Que COP30 foi essa? Entre as mudanças climáticas e a gestão da barbárie. Artigo de Sérgio Barcellos e Gladson Fonseca

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

03 Outubro 2020

Mesmo com o foco direcionado para o aumento de queimadas no Pantanal, durante o mês de setembro foram registrados 32.010 focos de fogo na Amazônia, um aumento de 61% em relação ao ano anterior.

A reportagem é de Nicole Matos, publicada por Portal Amazônia, 01-10-2020.

Em setembro de 2020 a Amazônia teve 32.010 focos de queimadas segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) por meio do satélite de referência Aqua do Programa Queimadas. Em comparação ao mesmo mês do ano passado a variação foi um aumento de 61%, quando a Amazônia teve 19.922 alertas.

O Pará liderou o ranking com exatos 10.876 focos de queimadas durante o mês de setembro de 2020. O quantitativo é 135% maior do que o registrado no mesmo período de 2019, quando o estado somou 4.618 focos de fogo.

Em segunda posição aparece o estado de Mato Grosso com 8.466 focos, logo após Amazonas (4.270), Rondônia (4.198), Acre (3.357), Maranhão (414), Tocantins (283), Amapá (84) e Roraima (62).

O município de São Félix do Xingu, no Pará, ocupa a primeira colocação no ranking dos municípios que mais apresentaram pontos de chamas, contabilizando 2.113 focos, 12,7% do total registrado no período na região amazônica. Nesta mesma época em 2019 foram 1.067 focos, um aumento de 98%.

“O aumento dos focos de incêndio na Amazônia em relação ao mesmo período do ano passado só reafirma que as ações do governo não são suficientes para o controle do desmatamento e, declarações infundadas ou falácias a respeito da situação crítica atual por parte de algumas autoridades não ajudarão em nada. Já iniciamos ações em parceria com iniciativa privada em São Félix do Xingu, uma das cidades recordes de foco de incêndio, através do projeto de a Ações para Diminuição das Queimadas para reverter esse cenário”, afirma Luciane Simões, gerente do projeto.

No último dia 14 teve início o projeto da Amigos da Terra e da Frigol que inclui ações voltadas para toda a população e setores econômicos, com destaque para as escolas, o comércio e a área da saúde, além de entidades de classe e funcionários e fornecedores das unidades de abate da unidade nos municípios de Água Azul do Norte e São Félix do Xingu. Este último tem o maior rebanho de bovinos do país (2,5 milhões de cabeças), e é o segundo maior do país em extensão (84,2 quilômetros quadrados). Mas também é o segundo município do bioma Amazônia com mais focos de incêndio.

Leia mais