29 Setembro 2020
A prefeitura de Seul anunciou que processará o pastor presbiteriano Jun Kwang-hoon, 64 anos, da Igreja Amor ao Próximo, por liderar, apesar da proibição de concentrações na capital, protesto em agosto contra o governo municipal, cuja aglomeração motivou o terceiro maior surto de covid-19 na Coreia do Sul, com 600 casos.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Mapa da Coreia do Sul. (Foto: Wikivoyage)
O segundo maior epicentro do surto da pandemia no país, segundo a prefeitura, foi localizado na Igreja Amor ao Próximo, com mais de 1,1 mil infecções. O próprio pastor contraiu o vírus e, mesmo assim, decidiu dar prosseguimento ao protesto.
Autoridades também acreditam que Jun dificultou os trabalhos dos rastreadores dos casos de infecção do vírus, fornecendo documentação falsa sobre os membros da igrejas. Advogado da igreja, Kang Yeon-jae, nega a acusação, e argumenta que é impossível listar quem frequenta a congregação.
A prefeitura exige do pastor o pagamento, a título de indenização, de 4,6 bilhões de wons (cerca de 20,5 milhões de reais), informou a agência EFE. “Limitando os danos apenas aos casos relatados em Seul, sofridos pela administração municipal, agência de transporte, escritórios distritais e serviço de saúde pública, eles são estimados em 13,1 bilhões de wons (cerca de 58,5 milhões de reais)”, diz nota divulgada pela Câmara Municipal.
A capital Seul e arredores abrigam 26 milhões de habitantes, mais da metade da população do país.
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Governo de Seul cobra indenização de pastor - Instituto Humanitas Unisinos - IHU