Apesar do não do Vaticano, católicos e protestantes alemães avançam sobre a hospitalidade eucarística

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28 Setembro 2020

Apesar das críticas que chegaram do Vaticano, os organizadores do 3º Congresso da "Igreja Ecumênica", a grande reunião católica e protestante agendada para a próxima primavera na Alemanha, querem manter uma possível hospitalidade eucarística. "O documento teológico ‘junto com a mesa do Senhor’ é uma das diretrizes do programa do Kirchentag em maio do próximo ano em Frankfurt am Main", afirmou Bettina Limperg, presidente do Tribunal Federal de Justiça da Alemanha e presidente evangélica do grande Kirchentag ecumênico. Nada mudou nisso. Até o presidente da parte católica, Thomas Sternberg, presidente do Comitê central dos católicos alemães desde 20 de novembro de 2015, não vê a necessidade de mudar o conceito. Não está se planejando uma intercelebração, ou seja, uma liturgia de comunhão comum, ressaltou: "A decisão pessoal de consciência terá um papel importante".

A reportagem é publicada por Riforma, 25-09-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Traduzido: haverá cultos e missas em todo lugar, portanto, a que todos poderão participar de acordo com sua consciência. Estamos, portanto, caminhando para uma ruptura com o que foi solicitado por Roma. No dia 21 de setembro, uma carta da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano foi enviada ao Presidente da Conferência episcopal alemã, Dom Georg Bätzing. A carta rejeita rigorosamente a possibilidade de protestantes e católicos participarem tanto da Eucaristia quanto da Ceia do Senhor. Em setembro de 2019, foi publicada a obra "Juntos na Ceia do Senhor" sobre a hospitalidade eucarística do Grupo de Trabalho Ecumênico dos teólogos protestantes e católicos.

A teóloga católica Dorothea Sattler, coautora do texto, defendeu seu conteúdo, dizendo ao Serviço de Imprensa Evangélica (epd) que toda vez que se chegava a hora de passar da teoria à prática do diálogo ecumênico, muitos se retiravam. Por muitas décadas, tem havido um trabalho teológico sobre a compreensão dos ministérios e sacramentos. “Não dá para recomeçar todas as vezes, já existem muitos estudos que não são reconhecidos”, disse a professora de Münster. “Certamente estamos prontos para examinar teologicamente nosso texto e desenvolvê-lo ainda mais, mas somente se houver pelo menos a perspectiva de que algo mude na prática”.

A Conferência Episcopal também quer tratar a esse respeito na plenária de outono, que se realiza em Fulda nestes dias, anunciou o presidente Bätzing, que é também o presidente episcopal católico do grupo de trabalho que redigiu o documento. A carta do Vaticano não é motivo para retirar essa declaração, disse Bätzing em Fulda. "Mas contém objeções substanciais que agora devem ser avaliadas."

Ele lembrou de sua declaração no ano passado de que ninguém poderia simplesmente dizer 'não assim'. Os crentes, não apenas na Alemanha, têm direito a uma resposta para essa questão, afirmou ele.

Os organizadores do 3º Congresso da Igreja Ecumênica anunciaram também as condições em base às quais o grande evento deverá se realizar de 12 a 16 de maio de 2021 em Frankfurt am Main. Devido à pandemia, o número máximo de participantes será reduzido para 30.000 e serão oferecidos menos eventos. Deveria haver uma combinação de formatos presencial e online, e também estão previstas transmissões por streaming e webinars.

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