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20 Agosto 2020

Paulo Couto Teixeira

O bispo e a misericórdia 

Foto: Reprodução Facebook

 

José Bragheto

Foto: Reprodução Facebook

 

Luiz Alberto G. Souza

Foto: Reprodução Facebook

Carta de uma extraordinária cristã: Irene da Silva Telles, doutora em Educação, foi casada com Augusto Carlos da Silva Telles, professor da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; mãe de minha grande amiga Sarah da Silva Telles, professora de sociologia da PUCRJ.

"Dom Walmor,

Tenho 91 anos, tive 10 filhos e sou catolicíssima.

Fiquei impactada com sua declaração de “crime hediondo”, em referência ao aborto feito na menina de 10 anos, estuprada desde os 6 anos pelo tio.

Até hoje, a Igreja não proclamou um dogma sobre o momento da animação do resultado de uma relação sexual. Questão de prudência, para não entrar na fria em que entrou, com a condenação de Galileu.

Crime hediondo, Dom Walmor, é deixar que crianças vivas pobres e miseráveis morram de fome, no Brasil. Principalmente, negras.

Muitos daqueles homens e mulheres que foram à frente do hospital protestar contra o aborto, são hipócritas: levam suas mulheres e amantes, filhas e netas a clínicas aborteiras ilegais, sem que nada lhes aconteça.

A Igreja continua machista, como desde que adquiriu poder político, com Constantino.

Jesus não era machista. Ao contrário. Lembre a atitude dele com a adúltera e com a samaritana.

No momento em que escreveu a sua declaração, senhor presidente da CNBB, o Espírito Santo estava cochilando.

Seria melhor o senhor ter ficado calado.

Saudações

Irene da Silva Telles".
______________________________________________

Sempre ativa, escreveu, em 2016, "Erro e corrupção", texto atualíssimo:

"O corrupto, quanto mais poder detém, mais malefícios traz ao povo em geral. Não pode ser perdoado.

O caso do juiz Moro é exemplar. O erro (pecado) dele é a soberba: acha-se acima da lei e infringe até a Constituição Brasileira. (Com a complacência do STF cuja função precípua é defender essa Constituição, mas que se mantém em silêncio). E o juizinho de Curitiba vai infringindo a lei, como se fosse coisa natural. Prende sem provas, mas “com convicção”, como disse o procurador Dallagnol, faz escutas ilegais do telefone da presidente da República e de advogados de pessoas incriminadas por ele, e as “vaza” para a grande mídia, usa a mesma mídia para construir-lhe a imagem de “salvador da pátria”, promove espetáculo circense para levar Lula coercitivamente a depor (sem tê-lo convocado antes), prende um ex-ministro no hospital em que acompanhava a esposa para uma cirurgia (como se o dito ex-ministro quisesse fugir), não pede desculpas pela falta de sensibilidade etc." (CGN, 31/10/2016).
_________________________________________________

O verdadeiro crime hediondo, não é um aborto legal, ato de misericórdia para salvar e preservar uma menininha estuprada.

 

Silvio Pedrosa

Foto: Reprodução Facebook

O lulismo respira por aparelhos. E aquela baboseira de um Nordeste ontologicamente progressista (que nunca resistiria a um exame histórico, como sabe qualquer um que leu o... Singer) se desfez como o sociologismo vulgar que sempre foi. Mais pesquisa, leitura, pensamento e menos sinalização de virtude e superioridade moral nos cairiam bem. Mas aqueles que se acostumaram a fazer dos debates apenas palco onde desfilar convicções e identidades hipertrofiadas vão continuar sendo atropelados pela história, pois essa é a matéria prima da sua própria moralidade vagabunda.

 

Idelber Avelar

As prioridades aqui são e sempre foram bater no minúsculo e no supremacista branco, eleger Biden-Harris contra o supremacista branco nos EUA em 2020 e eleger alguém que não o minúsculo no Brasil em 2022, já que derrubá-lo antes disso virou utopia.

A prioridade é essa, e é por isso que alguns toques devem ser dados ao pessoal do nosso lado. A premissa desses toques é que, do jeito que as coisas andam em algumas comarcas progressistas do Brasil, a reeleição do minúsculo será facilitada.

Direto ao ponto? Talvez uma pessoa cujo cotidiano não foi substancialmente alterado nos últimos 150 dias (como eu, por exemplo, que sempre passei a vida trancado em casa lendo romances) esteja em posição ligeiramente melhor para perceber que tem uma galera pirando na gritaria, no polemós das redes sociais, no bate-boca e na guerra discursiva, na sinalização de virtude moral e na distribuição de culpas e responsabilidades, em geral, para piorar, sem muita bibliografia.

Conto dois causos; o primeiro aconteceu ontem, o outro há 20 ou 40 dias, não me lembro bem.

Ontem, resolvi ler um texto (progressista) sobre um crime, uma violência terrível que havia sido cometida por uma pessoa que não sei quem é, contra uma pessoa que não sei quem é. Ao fim do segundo parágrafo, o texto já havia me acusado de ser cúmplice ou corresponsável de tantas formas que desisti da leitura. Pensei “uai, peralá, nem sei o que aconteceu, estou tentando me informar”. Larguei o texto.

Algumas dezenas de dias atrás, não sei quantas, o Cristovam Buarque fez a besteira de ir à selva do Twitter e perguntar aberto “onde foi que nós erramos?". Tô nem aí para o Cristovam, mas foi bizarro ver a avalanche de tuítes do tipo: “quando você se aliou aos golpistas”, com aquela certeza que só têm os que estão engatinhando em suas primeiras leituras, e como se a raiz de todos os males do Brasil fosse o que o Cristovam fez em 12 de agosto de 2016. Do dia em que Cristovam foi expulso da UFMG a gritos pelos lulistas, impedido de lançar um livro, claro, os autores das replies não se lembraram.

Quer xingar o seu parente que votou no Bolsonaro ou que votou nulo? Beleza, tenho nada a ver com isso. Mas cada eleitor do Bolsonaro tem uma responsabilidade que é do seguinte tamanho: um cinquenta e sete milhões de avos. Pelamor, considere a possibilidade de consultar um matemático sobre o que é um cinquenta e sete milhões de avos, e depois considere a possibilidade de mergulhar na história brasileira dos últimos 20 anos e ver a responsabilidade de alguns outros LÍDERES POLÍTICOS sobre a catástrofe que nos aconteceu.

A retórica das forças progressistas no Brasil, ainda fortemente hegemonizada pelo lulismo, é uma retórica agressiva, culpabilizadora, sinalizadora de virtude moral e por demais convencida de sua própria superioridade ética, não sustentada pela evidência empírica da história brasileira dos últimos 20 anos.

É o que vejo daqui, mas estou aberto a que alguém me corrija com argumentos se achar que estou errado.

 

Fernando Altemeyer Junior 

Foto: Reprodução Facebook

Agradeço a Deus pelos meus excelentes mestres e professores em Teologia moral. Agradeço os livros instigantes que nos faziam discernir. Um dos iluminados foi o padre carlista italiano Giuseppe Pegoraro, e ainda um padre moralista pleno de juízo e docilidade Mons. José Maria, e, claro dom Beni, e ao fim da formação os preciosos textos do padre redentorista Marcio Fabri. Depois as palestras com Ronaldo Zacharias, Leo Pessini e Christian de Barchifontaine. Livros de Marciano Vidal e do alemão Bernhrad Haering sem esquecer a obra de Frei Antonio Moser. 

Todos sempre insistentes em olhar a pessoa e não o pecado. Por que voltamos aos tempos perversos da vara, da fogueira e do chicote contra os vulneráveis e não da compaixão com pediu Jesus, Antonio de Ligório e São João 23? Por que tamanha surdez diante da moral de atitudes e do horizonte do Livres e fieis em Cristo? Por que os corações se empedraram? Ando triste e macambuzio com tantas falácias que não olham a pessoa, seus atenuantes e seus agravantes. Sem olhar como Jesus não há moral cristã. Há pedras de lapidação e anti-Evangelho. Gente, vejam quem clama diante de nós todos: é uma criança de dez anos (na verdade dezenas abusadas pela cultura do estupro).

Precisamos mudar. Essa era a primegesta de uma criança. É preciso ouvir médicos e ginecologistas, conhecer a fundo a família antes de opinar e apoiar ações lúcidas e não obscurantistas e grosseiras na base do grito e da invasão. Não há teologia moral nas nuvens nem em livros muito menos na força ou demagogia. Moral é sempre um ato de amor e respeito entre pessoas distintas. Para quem tem fé, a moral cristã é agir como Jesus agiria. Não citarei as inúmeras cenas do Evangelho de Jesus com as mulheres, pois reconhecidas. Quero só dizer que mais de 20 mil meninas com menos de 15 anos engravidam todos os anos no Brasil.

Antes de discursos religiosos precisamos de atos humanos dignos e adultos. Precisamos falar com os homens, os jovens e os meninos sobre a questão do abuso, da misoginia, do desprezo e do abuso das meninas, mulheres e adolescentes. A raiz do mal está nessa cultura perversa dos abusadores, aplaudida e celebrada por nossa sociedade hipócrita e de dupla moral. Crucificam as mulheres e crianças e ipso factu escondem perversos sexuais e os abusos machistas. Quem atira a primeira pedra? Quem abriria a boca diante das milhares de meninas secularmente caladas? Será preciso estudar mais, amar mais e falar menos. Precisaremos de novas masculinidades onde não se permita a persistência do macho e da negação da outra. Teremos coragem para essa mudança estrutural? Eu mesmo me assumo lento nessa conversão pessoal. Tanto a mudar e aprender. Terei tempo?

 

Roberto Romano Da Silva

No excelente livro Da Democracia de Partidos à Autocracia Judicial, o caso brasileiro no divã (estou finalizando a leitura) Marcelo Ramos

Marcelo Peregrino mostra o quanto o Judiciário brasileiro tende a se tornar um Estado dentro e, não raro, contra o Estado. Os últimos eventos dão prova do fato. O STF é useiro e vezeiro de tomar atitudes políticas favoráveis ao Executivo. Quando houve o apagão de FHC, os seus integrantes decidiram que o povo brasileiro deveria ser penalizado por erros técnicos, incúria e irresponsabilidade do presidente privatista por excelência. E manteve a multa e corte de energia aos cidadãos "irresponsáveis"( a totalidade). Na época o excelente Jornal da Unicamp preparou uma edição completa, que ainda pode ser lida on line (coloco o link no próximo post). Fui ouvido pelo nosso querido Manuel Alves Filho, e agora copiei e colei para conhecimento dos amigos. O STF é sempre e será sempre a instância política do judiciário, a que erra por último e ajuda a desgraçar a esperança de uma república democrática entre nós. Os bolsonaristas querem fechar o máximo tribunal? Eles estão errados, mas usam a revolta popular contra um poder elitista, autoritário, prepotente e arrogante. E cúmplice dos piores golpes de Estado ocorridos no Brasil. Se os fascistas não querem o STF, nem por isso os democratas devem silenciar as críticas ao funcionamento daquela máquina da Hybris tirânica. Segue o texto.

A pedagogia da servidão

Roberto Romano afirma que STF, ao justificar seu voto a favor das medidas de racionamento, atribuiu ao povo um atestado de minoridade atos dos outros poderes.

Manuel Alves Filho

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“O direito do povoa governar a si próprio é um desafio contra toda verdade.
A verdade é que o povo temo direito de ser governado”
(Getúlio Vargas)

As discussões em torno da crise energética brasileira ganharam um novo e importante viés depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucionais as medidas adotadas pelo governo para enfrentar o problema. Ao justificarem a decisão, os ministros do STF lançaram mão de um argumento estritamente político. De acordo com eles, a população não cumpriria as metas de economia de eletricidade se as determinações fossem declaradas inconstitucionais. Para o filósofo Roberto Romano, professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, tal posicionamento é inadmissível do ponto de vista democrático. “Essa postura reforça o conceito da pedagogia da servidão. Os juízes atribuíram ao povo brasileiro um atestado de minoridade, de impatriotismo, de ausência de comportamento responsável”, afirma o intelectual. Segundo Roberto Romano, o julgamento do STF seria aceitável, desde que tivesse partido de outro pressuposto. O professor afirma que o Judiciário poderia ter ressaltado em sua argumentação o estado de emergência em que o País se encontra e o consequente risco público, recurso previsto em direito administrativo. “Se uma atitude assim fosse assumida, seguindo-se uma conclamação dos juízes ao povo, para que todos ajudassem a superar as dificuldades advindas de um gerenciamento imprudente, o STF mereceria aplausos”, analisa. Ao invés disso, diz o filósofo, os membros da instância máxima do Judiciário preferiram desrespeitar a cidadania. “A decisão do Supremo exemplifica todas as doutrinas antiliberais e opostas à democracia que vêm sendo rearticuladas desde o século 18, como reação às conquistas jurídicas e políticas consubstanciadas nas revoluções americana e francesa”, compara.

Para os doutrinadores românticos e adeptos do conservadorismo, explica o professor da Unicamp, o povo se constitui tão somente em grande massa de crianças irresponsáveis, que devem ser tuteladas pelos governantes. Com uma sentença que se pretende pruden-e, o STF, reforça Roberto Romano, “dá mais uma pancada na estaca que prende a república brasileira em seu pretérito conservador e antiliberal”. O Estado brasileiro, acrescenta, apresenta fraturas gravíssimas devido ao arcaísmo de suas funções e das doutrinas que o regem. A representação parlamentar, lembra o professor, é viciada numericamente e está em eterna crise por causa dos escândalos de corrupção e infidelidade programática.

Os políticos, afirma, trocam de partido conforme a sua conveniência, violentando o compromisso assumido com seus eleitores. Nesse mesmo cenário, prossegue o filósofo, o Executivo se investe, com a cumplicidade das lideranças parlamentares, da força legislativa. O Judiciário, por sua vez, não julga de fato os atos dos outros poderes. “A decisão do STF sobre a crise energética força a ruptura definitiva entre os cidadãos e o Estado que deveria representá-los. Com isso, a fé pública é abalada até as raízes, impedindo o convívio democrático tanto no plano horizontal (de cidadão a cidadão) quanto no vertical (dos cidadãos diante dos administradores)”.

“A decisão do STF sobre a crise energética força a ruptura definitiva entre os cidadãos e o Estado que deveria representá-los. Com isso, a fé pública é abalada até as raízes, impedindo o convívio democrático tanto no plano horizontal (de cidadão a cidadão) quanto no vertical (dos cidadãos diante dos administradores)”. Roberto Romano vai mais além em sua análise e chama a atenção para o risco futuro proporcionado por esse tipo de postura. Se essa via se radicalizar, adverte, haverá dificuldades para garantir o pacto que permite a existência de uma sociedade segura em um Estado democrático de direito. “A violência urbana que nos arrasa é indício do que pode ocorrer numa terra onde a Constituição não atende aos reclamos dos cidadãos, sendo utilizada apenas em favor dos governantes”, exemplifica.

Autonomia – A atual Constituição brasileira, ressalta Roberto Romano, tem uma diferença significativa em relação às anteriores: a doutrina da autonomia, que, em última análise, representa a sua própria essência. É o que o professor da Unicamp chama de autonomia-cidadã, princípio que rege as atividades dos estados, Ministério Público, universidades e da sociedade diante da administração pública. Este núcleo da Carta Magna, de acordo com o intelectual, foi fortemente atingido pela posição do STF, que impôs aos contribuintes a sobretaxa e os possíveis cortes no fornecimento de energia elétrica.

“A maneira de afirmar a irresponsabilidade de todos e de cada um dos cidadãos constitui um golpe contra o espírito de autonomia”. Romano recorre a Imanuel Kant, o pensador da autonomia, para lembrar que só existe liberdade quando a lei é universal, quando é respeitada por ela mesma. Caso seja imposta pelas vias do medo e da punição, a legislação tende a ser recebida pela sociedade como algo emanado de uma vontade alheia à sua. Conforme o filósofo, isso se chama heteronomia da vontade. Um indivíduo heterônomo, ressalta, jamais será livre. “Assumindo a tese da punição imposta pelo Executivo federal, os juízes do STF a pioraram. Eles proclamaram que o povo brasileiro só respeita a lei se tiver castigos no horizonte. Na perspectiva de Kant, esta é uma efetividade despótica”.

Precedentes – A posição do STF sobre a crise energética não pode ser analisada fora da perspectiva histórica. O Estado brasileiro, de acordo com o professor, tem origem na contrarrevolução que sucedeu as políticas democráticas implementadas em várias nações após as revoluções francesa e americana. Dom João VI, ao fugir de Napoleão, trouxe para o Brasil um projeto de Estado que prevenia a possibilidade de eventos como o de 1789. Antes mesmo da independência, mas principalmente depois dela, o País tornou-se um eficaz moderador das teses democráticas e liberais, tanto em seu território quanto no exterior. A técnica utilizada para atenuar o poder do povo foi a instituição do Poder Moderador, concentrado na figura do chefe de estado. A proclamação da República, diz o filósofo, não aboliu tal instrumento. O presidente continuou exercendo a preeminência diante dos outros poderes. A prática foi reforçada com a República Velha, que tinha traços fortíssimos do positivismo e de sua tese de ditadura. O período ditatorial Vargas – formado na escola positivista do Rio Grande do Sul – aumentou o poder do presidente em detrimento de outros setores do Estado. Todas essas ações, esclarece o professor da Unicamp, foram executadas para atenuar ao máximo as teses democráticas e de soberania popular.

 

Edegard Silva Junior 

Foto: Reprodução Facebook

Amig@s:

A diocese de Pemba, situada na Província de Cabo Delgado, em Moçambique, tem como Bispo e Pastor Dom Luiz Fernando Lisboa. Essa região vive, entre tantas outras dificuldades, em um cenário de guerra desde outubro de 2017. Por conta disso, os pobres têm sido as maiores vítimas. Nosso bispo, Dom Luiz, tem denunciado veemente essa situação de guerra e, por consequência de sua profecia, tem sido caluniado e difamado por pessoas em jornais e nas redes sociais.

Nesse momento, para nós, apoiar o nosso bispo é ficar ao lado dos pobres e de todos os agentes de Pastoral que se dedicam ao atendimento e ao serviço às comunidades, ou seja, é manter-se comprometido com o Evangelho e com as orientações do Papa Francisco.

Diante disso, pedimos a todos que assinem esta petição.

 

Edegard Silva Junior

Telefonema do Santo Padre Papa Francisco ao Bispo de Pemba

Hoje, dia 19 de Agosto de 2020, às 11h29, para minha surpresa e alegria, recebi um telefonema de Sua Santidade, o Papa Francisco que me confortou muito. Ele disse que está bem próximo do Bispo e de todo o povo de Cabo Delgado e acompanha a situação vivida na nossa Província com muita preocupação e que tem rezado por nós.

Disse ainda que o bispo lhe diga se há mais alguma coisa que ele possa fazer. Agradeci muito a ele por esse gesto e por ter mencionado a crise humanitária que vive a Província de Cabo Delgado durante a bênção Urbi et Orbi que ele pronunciou no dia da Páscoa, 12 de Abril. Eu disse a ele que depois de sua menção a Cabo Delgado, houve muito mais interesse por parte de todos (países, dioceses de várias partes do mundo, congregações religiosas, organizações internacionais, individualidades) tanto de dentro como de fora de Moçambique e que, a partir daí, Cabo Delgado voltou para o mapa porque parecia que já não estava. Ele disse: “Que bom!”

Falei sobre a difícil situação de Mocímboa da Praia que, neste momento, está tomada pelos insurgentes e que duas religiosas da Congregação de São José de Chamberry que lá trabalham estão sem contacto com a Diocese há uma semana, ao que o Papa respondeu: “Que triste!” Prometeu rezar também nessa intenção.

O Santo Padre afirmou que lembrava muito bem da sua Visita a Moçambique em 2019 e que já naquela altura se preocupava por Cabo Delgado. Ele pediu que, aquilo que precisarmos, poderemos encaminhar ao Cardeal Czerny, do Dicastério do Desenvolvimento Humano e Integral.

Garanti nossa proximidade a ele, Papa Francisco, e afirmei que rezamos todos os dias por ele. Por fim, ele disse que está conosco e nos encorajou: Adelante!, que significa Avante!, Continuem! Para encerrar a nossa conversa, enviou a sua bênção apostólica a todo o povo de Cabo Delgado e de Moçambique.

Luiz Fernando Lisboa, cp
Bispo de Pemba

 

Faustino Teixeira 

Foto: Reprodução Facebook

"A gente viemos do inferno – nós todos – compadre meu Quelemém instrui. Duns lugares inferiores, tão monstro-medonhos, que Cristo mesmo lá só conseguiu aprofundar por um relance a sua graça de sua substância alumiável, em as trevas de véspera para o Terceiro Dia"

 

Vatican News 

Foto: Reprodução Facebook

Escândalo: em sua catequese semanal, o Papa Francisco advertiu para a superação e as consequências da pandemia.

Para ele, seria um “escândalo” se toda a assistência econômica que estamos observando – a maior parte dela com dinheiro público – se concentrasse no resgate das indústrias que não contribuem para a inclusão dos excluídos, para a promoção dos últimos, para o bem comum ou para o cuidado da criação.

“São critérios para escolher quais são as indústrias a serem ajudadas: aquelas que contribuem para a inclusão dos excluídos, para a promoção dos últimos, para o bem comum e com o cuidado da criação. Quatro critérios!”

Francisco falou ainda da “tristeza” se nesta vacina contra a Covid-19 fosse dada a prioridade aos mais ricos.

“Seria triste se esta vacina se tornasse propriedade desta ou daquela nação e não universal para todos.”

 

Julio Renato Lancellotti

Foto: Reprodução Facebook

 

Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães

Simples. Impactante. Emocionante. A Igreja, com fortes exceções, está ainda distante.


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