Líbano: “Vivemos em um pesadelo, mas não desistimos e continuamos a ajudar os mais vulneráveis”, afirma Caritas

Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

07 Agosto 2020

Mais de 300.000 pessoas deslocadas, milhares de feridos e centenas de mortos são o balanço provisório da explosão que ocorreu na terça-feira, 4 de agosto, no porto de Beirute. "É uma situação terrível e desastrosa e hoje estamos na mais absoluta confusão", relata à Caritas Internationalis Rita Rhayem, diretora da Caritas Líbano, cuja equipe imediatamente tomou medidas para ajudar as pessoas atingidas pela explosão.

A reportagem é publicada por Agência Fides, 06-08-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

"A situação é crítica e é a primeira vez que enfrentamos uma emergência dessa magnitude, mas não vamos parar e seguimos em frente para ajudar todas as pessoas em dificuldade", ressalta. “Existem muitos mortos e muitos feridos e, do ponto de vista sanitário, o quadro provavelmente piorará rapidamente devido aos efeitos dos gases tóxicos. A Caritas Líbano está se preparando para essa eventualidade, mas nossos centros de saúde não têm como lidar similar situação e as operações de resgate são ainda mais difíceis pela falta de eletricidade".

Na nota enviada à Agência Fides, destaca-se que a sede da Caritas Líbano também foi seriamente danificada pela explosão. Segundo fontes locais, providencialmente, o escritório havia fechado pouco antes da explosão e, portanto, ninguém da equipe ficou ferido.

“O país parou e estamos vivendo um pesadelo – afirma o presidente da Caritas Líbano, padre Michel Abboud –, não temos nada para ajudar a população. Beirute está arrasada e estamos totalmente dominados pela magnitude dos eventos".

“Nossos voluntários imediatamente se mobilizaram para localizar e ajudar os feridos, que são recebidos em nossos centros de assistência primária infelizmente já sobrecarregados e incrivelmente lotados, assim como os hospitais. Está faltando tudo, inclusive alimentos para sustentar a população atingida”, ecoa Rita Rhayem.

"As explosões causaram mais um dano ao Líbano já afetado pela crise política e econômica, pela violência, pela pandemia da Covid-19 e pelas consequências das sanções econômicas impostas à Síria – ressalta Aloysius John, secretário geral da Caritas Internationalis. "Não devemos esquecer o quanto os efeitos das sanções econômicas e das violências tenham enfraquecido este país e estão pesando muito sobre o Líbano, que hoje também deve enfrentar uma grave crise alimentar". John pede "à comunidade internacional para intervir urgente e incondicionalmente, a fim de ajudar a população, que aja com decisão para aliviar os sofrimentos dos libaneses, removendo imediatamente as sanções econômicas".

Leia mais