14 Mai 2020
Um dia após islamitas e luteranos pedirem, em nota conjunta, para forças beligerantes deporem as armas e acordar um cessar-fogo imediato em diferentes partes do mundo, um grupo de homens armados atacou, na terça-feira, 12, um hospital em Cabul, capital do Afeganistão, matando 13 pessoas, inclusive dois bebês, mães e enfermeiras. O hospital, com 100 leitos, é administrado pelo Estado, mas conta com uma maternidade aos cuidados da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras. Nenhum grupo assumiu a autoria da agressão.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
“Esses ataques representam um grande revés para os esforços de paz num momento em que havia sinais crescentes e antecipação do fim de conflitos violentos na região. A situação atual de uma pandemia global, na qual somos cada vez mais lembrados da fragilidade e santidade da vida humana a cada momento, além do apelo global por um cessar-fogo, torna esses ataques ainda mais assustadores”, disse o secretário-geral interino do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reverendo Dr. Ioan Sauca.
Também na terça-feira, homem-bomba provocou explosão durante o funeral de comandante da polícia, que reuniu autoridades do governo e um parlamentar na província de Nangahar, informa o portal G1. Balanço inicial registra a morte de 24 pessoas e 68 feridas.
O principal grupo insurgente no Afeganistão, o Talibã, negou qualquer envolvimento nos atentados. Ele assegurou que interrompeu a onda de ataques em cidades contempladas pelo acordo de retirada na região de tropas dos Estados Unidos. Quem opera em Nangahar é a facção militante Estado Islâmico, que não se manifestou a respeito dos ataques.
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Ataques no Afeganistão frustram apelos pela paz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU