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Querida Amazônia ou os Sonhos de Francisco? Artigo de Víctor Codina, s.j.

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19 Fevereiro 2020

"Se a possibilidade de ordenar homens casados e a possibilidade do diaconato feminino tivessem sido abertas, essas questões intraeclesiásticas monopolizariam totalmente a atenção da opinião pública, e a dimensão ecológica, social e cultural do Sínodo seria eclipsada, o clamor do povo amazônico não seria ouvido e sua terra ameaçada de morte, o Sínodo passaria a ter um horizonte planetário e universal, aberto à sobrevivência da humanidade, para ser uma discussão interna dos católicos", avalia Víctor Codina, jesuíta boliviano, sobre a Exortação Apostólica Pós-Sinodal "Querida Amazônia", em artigo publicado por REPAM, 16-02-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo. 

Eis o artigo.

Francisco sempre desconcerta com suas palavras e gestos. Agora alguns esperavam um texto normativo que tomasse postura frente às questões eclesiais, que foram discutidas no Sínodo sobre a ordenação de homens casados (viri probati) e o diaconato feminino, que eram os temas midiáticos centrais e quase exclusivos da opinião pública em todo o processo sinodal. E Francisco nos surpreende agora com uma carta de amor à Amazônia e um belo texto com quatro sonhos. Não pretende substituir o Documento Final, mas sim ajudar a assumi-lo e convidar a uma leitura integral do mesmo.

Os sonhos constituem um gênero literário especial, utilizados também na Bíblia, tanto os sonhos noturnos onde Deus se comunica com o fiel, quanto os sonhos diurnos que manifestam profundos desejos e expectativas. Os sonhos de Francisco são mais sonhos diurnos, em vigília, com os sonhos da terra prometida e os sonhos evangélicos do Reino de Deus: dar vida em abundância, libertar de toda escravidão, novo céu e nova terra. Os quatro sonhos de Francisco sobre a Amazônia são o sonho social, o sonho cultural, o sonho ecológico e o sonho eclesial.

Nos três primeiros sonhos, Francisco aterrissa na Amazônia seus ensinamentos da encíclica Laudato Si’ sobre o cuidado da Casa Comum, com grande sensibilidade e beleza frente ao mistério da criação que se descobre na Amazônia: seus rios, sua selva, sua riqueza de fauna e flora e sobretudo a variedade e riqueza cultural e sabedoria ancestral de seus habitantes que nos ensinam a “viver bem” em harmonia com a comunidade, a terra e Deus. Os povos amazônicos são uma alternativa ao mundo materialista, consumista e individualista ocidental moderno que gera desigualdade social e destrói a natureza. Muitos parágrafos concluem com cantos e poemas cheios de beleza e harmonia: “Deitados à sombra dum velho eucalipto, a nossa oração de luz mergulha no canto da folhagem eterna” (Sui Yun, 56).

Porém essa imensa riqueza e beleza hoje está ameaçada de morte por grandes empresas nacionais e multinacionais que em busca de sempre maiores benefícios, destroem a natureza, avassalam os moradores indígenas, os expulsam de seus territórios fazendo-os migrar para cidades, muitas vezes seus líderes são ameaçados de morte e assassinados.

Aqui, o estilo do papa se torna fortemente profético diante dos novos colonizadores que oprimem o povo, assim como o faraó egípcio com os israelitas, criando miséria, devastação, submissão e miséria. O clamor do povo da Amazônia clama ao céu, é uma situação injusta, um crime, um grave pecado ecológico, que sangra as veias da mãe terra. Francisco está indignado, assim como os profetas e o próprio Jesus (Mc 3,5).

A Amazônia deve ser um lugar de fraternidade e diálogo, não um projeto de poucos contra muitos. Suas culturas também não devem ser consideradas selvagens, mas como visões de mundo diferentes, como um verdadeiro poliedro da Amazônia, cheio de riqueza e sabedoria. Tudo é obra criativa de Deus, que através de Jesus é encarnada e cuida de nós.

E quando chegamos ao sonho eclesial, esperava-se que Francisco se pronunciasse a favor da ordenação de homens casados e do diaconato feminino, como foi aprovado majoritariamente no Sínodo. A alegação de muitos meios de comunicação de que o Papa rejeita a ordenação de homens casados e o diaconato feminino é falsa. O Papa, nessas questões conflitantes, mantém um profundo silêncio, não abre nem fecha as portas. Ele prefere reforçar o tecido eclesial do que colocar um novo adesivo em um traje antigo.

Ele fala da importância de um leigo nativo e bem treinado, com uma pluralidade de ministérios leigos, de fortalecer comunidades populares, pede que os bispos de outros lugares, especialmente na América Latina, enviem missionários para a Amazônia, pedem para incentivar a formação inicial e permanente de diáconos e padres, para reconhecer o grande papel missionário das mulheres e da vida consagrada inserida e inculturada, a necessidade da presença de equipes itinerantes e a Rede Episcopal Pan-Amazônica - REPAM, especialmente nas áreas fronteiriças, pede para não clericalizar para as mulheres, nem para valorizá-las apenas por sua funcionalidade, mas por sua contribuição feminina à Igreja, propõe promover o diálogo com outros grupos cristãos com os quais compartilhamos a Palavra e a fé, etc.

Por que esse silêncio eclesiológico sobre as questões ardentes do Sínodo? Escutar a oposição e não causar maiores tensões eclesiais nem possíveis cismas, ou estaria aguardando outros momentos mais oportunos para decidir? É o triunfo de grupos conservadores, como a opinião pública disse? Ou será que é, como Francisco diz em Evangelii Gaudium (103) e repete aqui (104-105), em situações de conflito, devemos procurar a solução das polaridades dialéticas em um plano superior e esperar um transbordamento do Espírito que cause uma audácia maior oferecida por Deus?

Eu acrescentaria outra razão complementar. Se a possibilidade de ordenar homens casados e a possibilidade do diaconato feminino tivessem sido abertas, essas questões intraeclesiásticas monopolizariam totalmente a atenção da opinião pública, e a dimensão ecológica, social e cultural do sínodo seria eclipsada, o clamor do povo amazônico não seria ouvido e sua terra ameaçada de morte, o Sínodo passaria a ter um horizonte planetário e universal, aberto à sobrevivência da humanidade, para ser uma discussão interna dos católicos.

Certamente a Igreja, como diz Francisco, não pode ser reduzida a uma ONG preocupada apenas com o progresso social e sustentável, mas deve anunciar o evangelho de Jesus, fonte de vida e salvação, mas agora denunciar a vida do planeta ameaçado de morte pode prevalecer e ser mais urgente do que outros assuntos eclesiásticos internos.

Pode ser uma coincidência puramente casual, mas essa exortação pós-sinodal, assinada em 2 de fevereiro de 2020, foi promulgada e apresentada em 12 de fevereiro, quando se completam exatamente 15 anos do martírio da religiosa missionária Dorothy Stang em Xingu, Brasil. Dorothy, que defendeu os nativos contra a destruição avassaladora das empresas destruidoras do território, foi ameaçada de morte e, ao ler as bem-aventuranças, foi assassinada. Esta morte não pode ser um símbolo e compêndio dos sonhos de Francisco na Amazônia Querida?

Vamos contemplar a beleza da Amazônia que irriga a terra e canta a glória do Criador, e oremos e trabalhemos para defender os pobres da Amazônia e cuidar de seu trabalho criativo.

Leia mais

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  • “Não podemos colocar a questão do celibato acima da celebração da Eucaristia!”, afirma dom Erwin Kräutler
  • Reações variadas a ‘Querida Amazônia’ entre os bispos brasileiros
  • Iniciativa “Maria 2.0” acolhe favoravelmente a exortação pós-sinodal “Querida Amazônia”
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  • Apesar da decepção com exortação papal, bispos e leigos alemães prometem continuar no Caminho Sinodal para padres casados e mulheres diáconas
  • Católicos da Amazônia dão boas-vindas à exortação apostólica pós-sinodal
  • Irmão Francisco. Carta de González Faus ao Papa sobre “Querida Amazônia”
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  • Querida Amazônia: uma carta de amor para a conversão dos corações
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  • “Querida Amazônia”: Papa Francisco sonha e nos desperta novamente. Artigo de Pierluigi Consorti
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  • Dom Erwin Kräutler escreve sobre o “Sonho Ecológico” do Papa para a Amazônia
  • O mais perigoso para a Igreja é a ameaça de um cisma ou a pressão do clericalismo integrista? Artigo de José María Castillo

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