“Consolou-me conhecer João Paulo II em um momento sombrio da minha vida”, afirma Francisco

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05 Fevereiro 2020

“Eu o conheci em um momento sombrio da minha vida”. É uma das confissões realizada por Francisco no livro-entrevista organizado por Luigi Maria Epicoco, motivado pelo centenário do nascimento de Karol Wojtyla. San Juan Pablo II Magno (San Paolo) é lançado na Itália, nesses dias, e a revista Famiglia Cristiana oferece uma prévia do primeiro capítulo.

A reportagem é de José Beltrán, publicada por Vida Nueva, 04-02-2020. A tradução é do Cepat.

Bergoglio revela que seu primeiro encontro com João Paulo II foi durante sua segunda viagem à Argentina, em 1987, momento em que o jesuíta estava distanciado da Companhia, após ser provincial, de 1973 a 1980, e depois até 1986 reitor do Colégio do Salvador de Buenos Aires. “Às vezes, exercia meu papel de responsabilidade com excessiva firmeza, mas foi um momento difícil na Argentina. Agora, posso fazer autocrítica, mas naquele momento fiz o que minha consciência ditava e, provavelmente, alguém se feriu”, reconhece Francisco.

Comovido pelo encontro

Foi nesse contexto que o núncio o convidou para conhecer o Papa: “O núncio disse suavemente que era jesuíta. Repetiu em voz alta: ‘Ah, um jesuíta!’. Essa reunião me comoveu muito, foi um consolo em um momento sombrio”.

O fragmento também se detém em 1992, quando Wojtyla o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires. Francisco confessa que o núncio lhe comunicou no aeroporto de Córdoba e que ele só conseguiu responder: “Está bem, e quando se tornará público?”.

O beijo do novo cardeal

A partir disso, seus encontros com João Paulo II se multiplicariam durante vários sínodos, embora se lembre com carinho especial o momento da cerimônia de sua criação como cardeal: “Senti um forte desejo, enquanto estava ajoelhado para receber o barrete de cardeal, de não apenas trocar o sinal da paz, mas de beijar sua mão. Alguém me criticou por esse gesto, mas para mim foi espontâneo”.

Nesse primeiro capítulo, também revela seus sentimentos quando houve a eleição do papa polonês, em 1978, quando ele era provincial dos jesuítas argentinos: “Escutei suas primeiras palavras e tive um pressentimento muito bom”, diz Bergoglio, que afirma que “essa impressão se fortaleceu imediatamente depois”, ao conhecer sua trajetória como capelão universitário, professor de filosofia, alpinista esquiador.

Uma grande paz

Durante a conversa entre Francisco e Epicoco, os dois também falaram a respeito do conclave de 2013, quando Jorge Mario Bergoglio foi eleito. Ao escutar seu nome durante a recontagem final, recorda-se de “rezar o rosário e sentir uma grande paz. É uma paz que desde sempre me acompanha”.

Na manhã daquele dia 13 de março, Francisco recorda que quando entregou o manuscrito de seu discurso nas congregações gerais ao cardeal cubano Jaime Ortega, este lhe disse: “Oh! Que lindo! Levo uma recordação do Papa”. Nesse momento, Bergoglio lhe respondeu: “Não brinque”. Deu essa mesma resposta, minutos depois, ao cardeal chileno Francisco Javier Errázuriz, quando lhe sugeriu que precisava preparar um discurso para o balcão: “Vamos, não brinque!”.

Por último, na conversa do livro, Francisco também aproveita para mais uma vez apoiar Bento XVI: “Muitos dizem que no conclave de 2005 eu havia recebido vários votos. Mas a verdade é que o Papa certo naquele momento era Ratzinger. Estava convencido disso e o apoiei”.

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