Estas são as religiões que mais rápido estão crescendo ou desaparecendo

Fonte: Pxhere

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11 Dezembro 2019

“A história do ser humano é a história das religiões”, disse Max Müller, um dos grandes filólogos e eruditos das religiões, tradutor dos Vedas. Em grande parte, o impulso religioso tem sido o impulso civilizatório, de tal modo que para filósofos alemães como Hegel e Schelling, a difusão da cultura humana era vista como uma expansão do espírito, um processo de espiritualização da realidade. Atualmente, a religião não goza do mesmo prestígio, mas as religiões estão de qualquer maneira subjacentes como fontes de costumes, ideias e modos de conceber a realidade na grande maioria dos movimentos sociais e políticos.

A reportagem é publicada por PijamaSurf, 09-12-2019. A tradução é do Cepat.

O World Religion Database compila há alguns anos um censo religioso do mundo, oferecendo números extremamente interessantes para a análise. Nas estatísticas a seguir, podemos ver as mudanças na concentração das religiões mais importantes do mundo, em 100 anos:

  • Cristianismo 1910: 34,8%, 2010: 32,8% (% total da população)
  • Islã 1910: 12,6%, 2010: 22,5%
  • Hinduísmo 1910: 12,7%, 2010: 13,8%
  • Agnosticismo 1910: 0,2%, 2010: 9,8%
  • Religião tradicional chinesa 1910: 22,2%, 2010: 6,3%
  • Budismo 1910: 7,9%, 2010: 8%

A mudança mais radical pode ser observada na religião indígena chinesa e no shenismo, no qual se misturam o taoísmo, o budismo, o confucionismo e uma camada de crenças e costumes xamânicos e espiritistas. Essa religião foi erradicada pelo maoísmo e suas políticas antirreligiosas.

Deve-se acrescentar que, de acordo com dados mais atuais, em 2015, o islã já representava mais de 24% da população mundial, e algumas pessoas acreditam que em algumas décadas se tornará a principal religião do mundo. O World Religion Database não inclui a denominação “ateísmo” (assumimos que, nesse caso, se sobrepõe ao “agnosticismo”), uma das crenças que mais cresce no mundo, além de outra muito particular que ocorre nos Estados Unidos e em alguns países europeus: pessoas que se identificam como “espirituais, mas não religiosas”.

Segundo o Pew Research Center, em 2012, 19% da população dos Estados Unidos se identificou como “espiritual, mas não religiosa” e, em 2017, 27% da população se descreveu dessa maneira. Isso sugere uma clara tendência nas sociedades ocidentais de se distanciarem da religião, às vezes querendo manter uma certa posição e preocupação com a espiritualidade, expressando seu individualismo, sem pertencer a nenhum grupo organizado, para além de coisas como ir ocasionalmente a um centro de meditação, consultar um astrólogo ou um tarotista, usar quartzos mágicos ou algum tipo de droga psicodélica.

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