Arcebispos de Gana dizem que educação sexual é uma “forma sutil de apresentar essa coisa de gay e lésbica às crianças”

LGBTQ+. Crédito: Wikipédia

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25 Outubro 2019

Um importante bispo e professores católicos de Gana se unem em oposição à introdução de educação sexual nas escolas do país.

O comentário é de Robert Shine, editor do New Ways Ministry, publicado por News Way Ministry, 22-10-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Dom Philip Naameh, da Arquidiocese de Tamale, na qualidade de presidente da Conferência dos Bispos Católicos de Gana, rejeitou a iniciativa governamental de introduzir educação sexual nas escolas de ensino primário em 2020. Naameh disse que o programa é “inaceitável” e uma “forma sutil de apresentar essa coisa de gay e lésbica às crianças”. De acordo com o sítio GhanaWeb:

“O arcebispo falou que está convicto de que esse programa serve para introduzir sutilmente a homossexualidade em Gana e pediu que os pais e as pessoas em cargos de poder rejeitem aquilo que ele descreveu como inaceitável”.

“Me disseram que esse programa é uma proposta. Dessa forma, queremos convocar todas as pessoas em cargos de poder e os pais para que a rejeitem frontalmente, pois isso não é nós. Esse programa é uma forma sutil de apresentar essa coisa de gay e lésbica às crianças em todos os níveis de nossas escolas, e é isso o que querem propor. É inaceitável”, declarou o religioso.

Unidos a este protesto do arcebispo estão os professores católicos que publicaram uma nota em meado de outubro ao final de um encontro nacional da categoria. O jornal The Catholic Spirit escreveu que estes professores se opuseram ao escopo e à abrangência supostamente “ilimitados do programa” que pode “dar espaço para que qualquer coisa seja introduzida” por grupos de interesse:

“Os diretores escolares devem ficar vigilantes quanto às atividades de organizações não governamentais que podem ser usadas para executar esta pauta”, disseram os docentes no texto divulgado. Se a verba orçamentária para o programa for aprovada pelo parlamento, então este deve responder ao povo de Gana”.

“Os professores pedem que o ministro da Educação ganense peça desculpas aos bispos e demais pessoas que manifestaram preocupação para com o programa”.

O programa ligado às Nações Unidas, intitulado “Our Right, Our Lives, Our Future” (nosso direito, nossas vidas, nosso futuro) conta com o apoio dos governos da Suécia e da Irlanda e está sendo introduzido em vários países africanos. Naameh e os professores contam com o apoio de outros líderes religiosos e ativistas anti-LGBTQs que também rejeitam o programa de educação sexual como sendo um meio de promover a homossexualidade. As atividades destes grupos infelizmente buscam inibir os alunos de terem acesso à informação precisa e apropriada para as suas idades a respeito de saúde sexual e reprodutiva, o que pode ter um impacto especialmente negativo entre os alunos LGBTQs.

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