26 Setembro 2019
“Augusto Aras tem que entender que ele é guardião do Estado democrático de direito e tem que defender princípios e garantias, doa a quem doer. Se tiver que atuar contra o Presidente, contra quem for. Espero que, na cabeceira dele, a bíblia seja a Constituição” - Fabiano Contarato, senador (Rede-ES) – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.
“Rodrigo Maia recebeu, com parlamentares de esquerda, o cacique Raoni. O indígena foi criticado nominalmente por Jair Bolsonaro em seu discurso na ONU” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.
"Eu até desafio quem tem doado dinheiro para nós ao longo de tanto tempo que me mostrem uma árvore só plantada por ONGs que pegam (sic) metade desse recurso" – Jair Bolsonaro, presidente da República, após ser perguntado se tinha a intenção de retomar relações com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com Macron, não citando organizações nem casos específicos para exemplificar desvios – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.
"No Brasil, você sabe que as nossas Forças Armadas, o seu potencial foi bastante diminuído ao longo das últimas décadas. E, pela topografia da Venezuela, qualquer intervenção militar ali, de qualquer país, seria um 'Vietnã'” – Jair Bolsonaro, presidente da República – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.
“Saiu outro livro do Thomas Piketty, o economista francês cujo livro anterior, O Capital no Século XXI, causou enjoos na direita e euforia na esquerda porque destruía a tese de que era só deixar o capitalismo solto que com o tempo ele resolveria tudo, da desigualdade social ao bicho de pé. O título do novo livro é Capitalismo e Ideologia e ele consegue ser maior em número de páginas do que o anterior” – Luís Fernando Verissimo, escritor – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.
“O Capital no Século XXI vendeu mais de 2 milhões de exemplares e foi considerado o mais bem-sucedido livro sobre economia publicado no mundo depois da Teoria Geral do John Maynard Keynes. Com uma diferença: o livro de Keynes foi lançado no fim da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo se organizava para evitar a repetição de tragédias como a guerra e o clima geral de otimismo permitia pensar na economia como uma entidade racionalizável, seguindo a teoria de Keynes. Já Piketty lança seus livros num mundo radicalizado pelo predomínio do capital financeiro e uma desigualdade social explosiva que parece irreversível, imune a qualquer tipo de racionalização. Outra diferença entre Keynes e Piketty é o estilo, não das teses, mas da sua apresentação. Keynes era um intelectual de gostos finos, Piketty recorre à cultura pop e a personagens da ficção popular (Jane Austen, Dickens, Balzac) para tornar a leitura dos seus tijolos mais agradável” – Luís Fernando Verissimo, escritor – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.
“Sua mensagem é a mesma do outro livro: o capitalismo, do jeito que vai, caminha para um desastre. Como evitar o desastre? Taxar mais os mais ricos. Mudar as leis de sucessão que só favorecem fortunas herdadas. Etc. Piketty não é comunista. Se declara um social-democrata no modelo europeu, só disposto a levar o social e o democrático um pouco mais longe. Um bom exemplo” – Luís Fernando Verissimo, escritor – O Estado de S. Paulo, 26-09-2019.