11 Setembro 2019
A Organização Mundial da Saúde lançou ontem um relatório com muitos dados sobre suicídio e preocupações de ordem prática. Uma é que apenas 80 dos 183 Estados-membros da OMS possuíam dados de boa qualidade sobre isso em 2016. Outra é que só 38 países adotam estratégias nacionais para evitar essas mortes. Há algumas intervenções que têm conseguido baixar taxas. Entre elas, a orientação da mídia sobre a cobertura responsável de suicídios; a implementação de programas entre os jovens para que lidem com o estresse; e a identificação precoce, gerenciamento e acompanhamento de pessoas em risco de suicídio.
Mas a estratégia mais eficaz tem sido restringir o acesso a armas de fogo e, especialmente, aos pesticidas. Outro relatório, também lançado ontem, fala especificamente disso, apresentando evidências crescentes de que a regulação para proibir o uso de pesticidas altamente perigosos pode levar a reduções nas taxas nacionais de suicídio. No Sri Lanka, uma série de proibições nesse sentido está associada a uma queda de 70% nas mortes entre 1995 e 2015.
O primeiro documento afirma que cerca de 800 mil pessoas se suicidam a cada ano no mundo, o que dá uma a cada 40 segundos. Essa já é a segunda principal causa de morte de jovens entre 25 e 29 anos, só atrás de acidentes de trânsito. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, também é a segunda principal causa entre meninas e a terceira entre meninos. Nos países de alta renda, o problema é maior. Neles, a taxa de suicídios é em média 11,5 por cada 100 mil habitantes (sendo que a taxa global é 10,5/100 mil). Nas nações ricas, quase três vezes mais homens morrem por suicídio do que mulheres – mas, nos de baixa renda, não há muita diferença entre sexos.
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A redução da taxa de suicídios e a proibição do uso de pesticidas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU