México. Migração e tráfico de pessoas: abusos sobre abusos

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05 Agosto 2019

Fogem de seus países, mas no México lhe esperam novas e assustadoras gangues.

Como diretor do Albergue Diocesano Belén, em Tapachula, Chiapas, o padre César Augusto Cañaveral é testemunha dos abusos que sofrem os migrantes, os quais, por seu estado de indefesa, com frequência são vítimas de tráfico de pessoas, seja com fins de exploração sexual e laboral, servidão ou mendicidade forçada.

“É indigna a forma com que as autoridades abordam o problema: com simples abordagens contra eles, enquanto a verdadeira delinquência opera à solta”, afirma o padre.


Localização de Tapachula, estado de Chiapas, México, na fronteira com a Guatemala. Fonte: Biocosfera | Google Sites

A informação é publicada por Desde la Fe. Iglesia en Mexico, 01-08-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

O padre César Augusto recebeu incontáveis pessoas de distintos países, e assegura que em sua maioria são pessoas boas, que simplesmente estão lutando por sua vida. “Como sociedade, devemos entender que são pessoas que não se deslocam por gosto, mas sim que se veem obrigadas a deixar seu pedaço de terra; pessoas que, frente ao perigo de serem assassinadas, pegam seus filhos, esposa e se mandam com as roupas do corpo”.

O mais terrível, aponta, é que em nosso país lhe esperam novos maus-tratos. “Hoje, debaixo do nariz das autoridades do governo e da própria Igreja, os traficantes se dedicam à recruta de menores. O governo não tem uma estratégia de segurança, e na Igreja se realizam esforços isolados, não a nível de estrutura eclesial. Estamos deixando somente no papel os documentos latino-americanos, que nos pedem a servir aos necessitados”.

Para o padre César Augusto Cañaveral é inconcebível que em pleno século XXI no México se levem a cabo práticas de escravidão.

“Chegaram ao albergue mulheres migrantes acompanhadas pelos próprios delinquentes, que não se preocupam de serem detidos, pois o sistema de justiça é falido; crianças exploradas que se deslocam sob vigilância, sem que exista sequer um protocolo de ação”.

Aponta que, assim como no centro e norte do país, no sul a delinquência também capta migrantes para atividades relacionadas com a exploração e com o narcotráfico; e ainda, nessa região, é terrível a quantidade de mulheres que recrutam para a atividade sexual comercial.

Assegura que as mulheres cubanas são as principais vítimas. “Como Igreja, ativemo-nos já! Coordenemos os planos. Não há outra maneira!”.

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