Quanto os municípios gastam com saúde?

Novo hospital entregue em Franca, São Paulo. Foto: Diogo Moreira/A2 Fotografia

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

22 Janeiro 2019

O Conselho Federal de Medicina divulgou ontem um levantamento que mostrou que os municípios brasileiros gastaram com recursos próprios em média R$ 402,66 com a saúde de cada habitante – por ano – entre 2013 e 2017. Neste último ano, a média foi R$ 403,36. Metade dos municípios gastam menos do que isso.

Os menores têm despesas maiores: nas que têm menos de cinco mil habitantes, as prefeituras destinaram em média R$ 779,21 por habitante em 2017.

Borá, em São Paulo, tem apenas 839 habitantes, e gastou quase três mil reais com cada.

As piores cidades estão no Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$ 76,83).

No Rio Grande do Sul, Pelotas, gastou em 2017, R$ 203,55. Rio Grande, 348,42; Salvador das Missões, R$ 1041,57; São Lourenço do Sul, R$ 344,73; São Leopoldo, R$ 546,48; Santa Maria do Herval, R$ 540,41; Novo Hamburgo, R$ 312,17; Sapucaia do Sul, R$ 216,43; Porto Alegre, R$ 470,36.

A lista está disponível aqui.

No fim do ano passado, vimos que nas três esferas de governo o gasto com saúde é de apenas R$ 3,60 por dia por pessoa, ou seja, pouco mais de R$ 1,3 mil por ano. Os pesquisadores Lenir Santos e Francisco Funcia publicaram no Conjur um artigo em que contestam a Procuradoria Geral da União, para quem a Emenda do Teto dos Gastos não representa violação de direitos fundamentais nem perda no piso mínimo da saúde. Fundamentados nos cálculos que projetam uma perda de no mínimo R$ 200 bilhões para a saúde em 20 anos, eles mostram que a cada ano os gastos da União ficarão abaixo dos 15% das receitas correntes líquidas previstos legalmente. Então a emenda é "inconstitucional por promover retrocesso na garantia de direito fundamental, tendo alterado o piso mínimo da saúde".

Leia mais