05 Novembro 2018
"As palavras do Santo Padre se refletem inevitavelmente na realidade da 'Caravana migrante', que neste momento está aqui no México, e como muitos outros fluxos humanos no mundo, é uma manifestação de desespero e de crise de um modelo econômico e político que obriga milhares de seres humanos a fugir de suas terras, assumindo a vulnerabilidade que envolve ser um migrante.
Para a Igreja, os migrantes são uma prioridade". Isso foi afirmado na última sexta-feira, durante a abertura da oitava sessão do Fórum Social Mundial das Migrações (FSMM), pelo Padre Michael Czerny, jesuíta, subsecretário da Seção de migrantes e refugiados do Dicastério para o Serviço do desenvolvimento humano integral, presente no encontro junto com o cardeal Carlos Aguiar Retes, arcebispo do México, e Mons. Franco Coppola, núncio apostólico no México. "Diante da situação de milhões de migrantes, é importante promover um esquema de governo global das migrações – ele acrescentou -, capaz de privilegiar a segurança e os direitos humanos contra os padrões dominantes de medidas de segurança e criminalização".
A informação é publicada por SIR, 02-11-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Em seu discurso, o Padre Czerny convidou partir do Pacto global das migrações (PGM) elaborado pela Organização das Nações Unidas e também da proposta de 20 pontos elaborados pelo Vaticano: "O PGM oferece um programa não-vinculante, mas real, e oferece possibilidades concretas possibilidades de ação, é amplo, variado e baseado em princípios éticos universais". Um programa que será adotado "por quase todos os Estados em 11 e 12 de dezembro no Marrocos".
