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A revolução cultural de Cristo: filosofia e religião se encontram

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06 Setembro 2018

Por volta de meados do século II d.C., na cidade grega de Corinto, um rabino judeu se deparou casualmente com um cristão e teve uma longa discussão com ele sobre a interpretação das profecias messiânicas contidas na Bíblia. Seu diálogo, depois, foi posto por escrito pelo interlocutor cristão, Justino, e chegou até nós com o título de “Diálogo com o judeu Trifão”.

O comentário é de Marco Rizzi, publicado por Corriere della Sera, 05-09-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Nas linhas iniciais, porém, este último identifica Justino como um filósofo, pois ele vestia um manto com capuz, o pallium, característico dos mestres de filosofia. Longe de se envergonhar com isso, Justino reconstrói sua jornada intelectual que o fizera vagar de uma escola filosófica à outra (platônica, estoica, aristotélica...), ficando sempre insatisfeito, até que se deparou com um mestre que o introduzira na leitura da Bíblia e na “filosofia” cristã, apresentada como a única verdade que permite alcançar com certeza as verdades últimas sobre Deus, o mundo e o ser humano.

Algumas décadas mais tarde, Melitão, bispo da cidade de Sardes, na Ásia Menor, escrevendo diretamente ao imperador Marco Aurélio, renomado amigo dos filósofos, mas não tanto dos cristãos, sinalizaria a coincidência cronológica entre a fundação do império por parte de Augusto e o nascimento da “nossa filosofia”, a dos cristãos, querendo assim sublinhar o destino comum que ligava a ambos.

A ideia de que o cristianismo era uma “filosofia” permaneceu constante no pensamento cristão de todos os primeiros séculos, gerando pensadores de destaque como Orígenes e Agostinho. Trata-se de uma novidade importante em relação ao mundo antigo, que mudou profundamente o significado e o próprio papel da religião e da filosofia.

Até o aparecimento do cristianismo, a religião constituía, acima de tudo, uma atividade pública, um “fazer” que se concretizava em ritos e sacrifícios, para assistir e participar. Ninguém conectava a isso um “crer”, no máximo havia a referência ao mito tradicional como a um pano de fundo narrativo. O discurso sobre Deus, em vez disso, era próprio da filosofia ou, melhor, de uma parte específica dela, ou seja, aquela que se ocupava dos princípios fundamentais da realidade (em grego, as archai), que, por exemplo, a tradição platônica identificava nas ideias, no número, na matéria, além, precisamente, do divino.

As diversas filosofias, depois, podiam inspirar uma ética específica, que se traduzia em um estilo de vida concreto: a vida retirada e protegida das preocupações dos epicuristas, o rigoroso compromisso civil dos estoicos, e assim por diante.

Assomando-se ao mundo grego e romano após a sua gênese no judaísmo, o cristianismo, por sua vez, ligou em unidade todos esses âmbitos: a prática cultual (acima de tudo o batismo e a celebração eucarística) se associou com um sistema de conhecimento e de crenças relativas a Deus e à sua realidade intrínseca (a partir da pessoa de Cristo, Deus encarnado, na sua relação com o Deus criador do mundo, o Pai), a partir do qual, ao mesmo tempo, surgia uma ética exigente que, por sua vez, alimentava-se da liturgia e da leitura da Bíblia.

Se, antes, a filosofia era um interesse limitado às elites restritas que possuíam os instrumentos materiais e intelectuais para poder cultivá-la, agora ela se universaliza e se alarga a todas as camadas sociais, através da mediação dos intelectuais e dos pregadores cristãos, que se empenham para redefinir os horizontes da especulação tradicional a partir da Bíblia e da sua interpretação.

Desse modo, o cristianismo conseguiu interceptar e moldar na direção desejada os fenômenos sociais e culturais delineados ou já em andamento. Apresentando-se no mundo romano como uma “filosofia”, o cristianismo se inseriu eficazmente, por um lado, na crescente vida intelectual das cidades do império, especialmente no período de paz e prosperidade do século II, e, por outro, pôde superar as perplexidades suscitadas pelo fato de que, ao contrário das religiões tradicionais e do próprio judaísmo, não celebrava sacrifícios ou outros ritos comparáveis (a ideia da celebração eucarística como “sacrifício” se afirmaria apenas no século IV).

Por sua vez, o cristianismo reforçou, até hegemonizá-la, a tendência da filosofia de época imperial de se concentrar no divino como tema metafísico central: com os pensadores cristãos, o discurso sobre Deus deixa de ser uma parte, embora importante, da reflexão sobre as archai, para adquirir plena autonomia e se colocar no ápice de todo o sistema de conhecimento, ao qual todas as outras disciplinas são finalizadas.

A filosofia começa, assim, o caminho que a levará a ser ancilla theologiae, “serva da teologia” no sistema medieval das artes liberais, escolasticamente organizadas no ensino do trívio e do quadrívio.

Na sociedade cristã medieval, porém, tanto a teologia quanto a filosofia voltarão a ser domínio de uma elite restrita, em certa medida, renegando a apresentação inicial do cristianismo como “verdadeira” filosofia e canal universal de acesso à verdade sobre Deus e sobre o ser humano. 

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