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Alberto Hurtado antecipa a Teologia da Libertação

Alberto Hurtado | Foto: aleteia.org/Reprodução

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03 Agosto 2018

“Hurtado assegurou contra vento e maré aquela predileção de Deus pelos pobres que, proclamada como ‘opção preferencial pelos pobres’, chegará a constituir a pedra angular da Teologia da Libertação”, escreve Jorge Costadoat, teólogo jesuíta chileno, em artigo publicado por Reflexión y Liberación, 01-08-2018. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Entre Alberto Hurtado e a Teologia da Libertação não há conexão direta. Não me recordo que algum teólogo da libertação cite em nota de rodapé algum de seus doze livros. Entre a morte de Hurtado, em 1952, e a Conferência de Medellín, do ano de 1968, que marcou o início desta teologia, passaram-se muitos anos. Entre ambos, interpôs-se o Concílio Vaticano II, que estimulou como nunca antes a transformação e a reflexão do catolicismo latino-americano.

Por outro lado, seria necessário rejeitar um parentesco entre Hurtado e esta teologia em razão da incorporação do marxismo na reflexão social e teológica. Hurtado teve muito claro que a Doutrina Social da Igreja estava em sintonia com os movimentos socialistas, contra o capitalismo, por sua vez, o grande inimigo da classe operária. Ao contrário, a Teologia da Libertação, em vários casos, admitiu um influxo marxista e lhe tirou partido. Mas, com o passar dos anos, depurado nesta teologia seu impulso evangélico mais genuíno, relativizado o peso que em alguns autores teve o marxismo, é possível descobrir uma continuidade profunda entre ambos.

Hurtado assegurou contra vento e maré aquela predileção de Deus pelos pobres que, proclamada como “opção preferencial pelos pobres”, chegará a constituir a pedra angular da Teologia da Libertação. O motivo desta parcialidade, assim como nesta teologia, é que Deus não tolera sua miséria. Disse Hurtado: “ por sua desgraça são os principais membros de Jesus Cristo e os primogênitos de sua Igreja”. Não estranhe, portanto, que nos escritos do santo chileno se encontram enunciadas as ideias chave da Teologia da Libertação.

Uma reflexão a serviço de uma práxis

A ideia de que a sociedade é uma construção humana que pode por isso ser reformada em seu conjunto é tipicamente moderna. Em outro tempo, pôde-se pensar que ao ser humano não resta mais que se adaptar ao mundo em que nasceu. Nos tempos pós-modernos, esta impressão readquire vigência. Hurtado foi promotor de uma mudança social estrutural. Neste sentido, é um homem moderno.

Na Teologia da Libertação, a práxis tem prioridade sobre a teoria. Nas palavras de Gustavo Gutiérrez, o ato primeiro da teologia é a práxis histórica e o ato segundo é a reflexão crítica ou a teologia propriamente tal. A libertação histórica constitui a meta e o critério de verificação da verdade teórica.

Com todos os problemas que uma tese assim pode acarretar, em Alberto Hurtado também encontramos uma clara inclinação à ação. A esta moção coopera o caráter ativo do santo e a espiritualidade inaciana recebida de “contemplativo na ação”. O decisivo é que Hurtado estuda, critica e pensa em prol de transformar a realidade mediante a ação. Em Humanismo Social, menciona in extenso quais ações se requerem: ação social, ação intelectual, ação política, ação cívica, ações ocultas, “ação católica” e outras mais.

Identificação de Cristo com os pobres

A expressão um “Cristo social” caracteriza bem a cristologia de Alberto Hurtado. Esta expressão alude ao Cristo que se identifica com os pobres socialmente considerados, os pobres que padecem a sociedade que se lhes impõe, os pobres que organizados em sindicatos reclamam justiça. Isso implica que a pobreza é um pecado social que uma reforma estrutural deveria erradicar. A mística de Hurtado é uma “mística do pobre” vítima de uma sociedade desumana, é uma “mística social”. Supõe que “o pobre é Cristo”. Mas não apenas o pobre isolado, que pode ou não ter uma cama, mas também as massas de pobres exploradas ou desprezadas por uma sociedade organizada de um modo que gera estes efeitos. É este pobre sobretudo, o “Cristo social”, para quem o cristão deve ser “outro Cristo”, através da caridade e a luta pela justiça.

Do ponto de vista cristológico, a coincidência de fundo entre Hurtado e os teólogos da libertação é muito grande. Assim como Hurtado, a estes teólogos choverão as críticas por exaltar a figura do Cristo do reino e da ação, o Jesus de Nazaré dos evangelhos, funcional a uma antecipação temporal da salvação eterna daqueles que uma sociedade injusta empobreceu.

A Igreja dos pobres

A Teologia da Libertação fez sua a expressão “Igreja dos pobres”, popularizada por João XXIII para indicar não apenas o tipo de Igreja que ela busca sob a inspiração do Concílio Vaticano II, mas também o lugar teológico em que radica a reflexão que desenvolve.

Surpreendentemente, Hurtado fala da Igreja nos mesmos termos e, sobretudo, no mesmo sentido. Segundo o jesuíta chileno, a Igreja tem por missão proclamar a um Cristo pobre. Esta é sua “grande lição”. Mas ela mesma precisa ser “a sociedade dos pobres”, “a cidade para eles construída”, “a cidade dos pobres”, o lugar onde “os últimos se tornam os primeiros” ou o “reino de Deus na terra” para os pobres. A Igreja pertence aos pobres porque os pobres foram os primeiros a entrar nela. Os pobres abrem aos ricos um lugar na Igreja: “a Igreja é Igreja dos pobres e, em seus inícios, os ricos, ao ser recebidos nela, despojavam-se de seus bens e os colocavam aos pés dos Apóstolos para entrar na Igreja dos pobres...”. É “o Verbo feito carne humilde (que) quer uma Igreja que se caracterize pela pobreza e a humildade”.

A Teologia da Libertação assumiu as consequências de uma tal inversão de perspectiva quando deu origem e se nutriu das comunidades de base. Uma “Igreja dos pobres” não se opõe a uma “Igreja burguesa” em razão de uma mera luta pelo poder. Se na Igreja os pobres são os primeiros e os ricos os últimos, a concepção global do cristianismo histórico deveria se inverter.

Concepção dialética da salvação

Outro ponto de contato entre Hurtado e a teologia latino-americana da libertação é a concepção da salvação. Esta já não é mais pensada como uma mera questão privada. É salvação integral do homem inteiro e da totalidade dos homens que, sem prejuízo ao seu caráter eterno, já se verifica antecipadamente na história, aqui e agora.

A dimensão dialética da salvação adquire sua máxima expressão na cristologia de Jon Sobrino, quando postula que a realidade está estruturada por uma luta entre o Deus da vida e os ídolos da morte. Não há meio termo. Opta-se pelo reino de Jesus Cristo ou pelo anti-reino, em favor da vida dos pobres ou pelo serviço a mamon, o ídolo da riqueza e da propriedade privada. A conversão à causa dos pobres é assim condição absoluta da salvação.

Para Hurtado, a libertação intra-histórica dos pobres depende dos ricos, assim como a salvação eterna destes depende dos pobres. Tampouco para Hurtado há postura intermediária possível: “a missão dos ricos é servir aos pobres”. Os ricos só poderão se libertar da carga de suas riquezas na medida em que aliviem a carga da pobreza dos pobres. Não suprime a possibilidade da condenação dos ricos pelo tribunal eterno, mas ressalta a necessidade de sua conversão para o seu próprio bem e para que os pobres sejam libertados da carga que, por conceito contrário, os oprime.

Os pobres são sujeitos de sua libertação?

Há um tema central na teologia latino-americana que não aparece nos textos de Hurtado com suficiente importância: o que afirma que são os próprios pobres os primeiros agentes de sua própria libertação.

Mas, o que os textos não dizem, sim, aparece na prática. Hurtado foi um decidido promotor da sindicalização operária. A Ação Sindical Chilena que criou é prova mais que suficiente de que nosso santo esperava decididamente dos pobres, dos trabalhadores neste caso, sua própria reivindicação.

Esta foi, por certo, a direção mais aguda tanto da teologia da libertação como do pensamento de Padre Hurtado. Nada pode ser mais revolucionário para o mundo, como também para a Igreja, que os pobres irrompam como protagonistas de sua história, deixando de ser considerados meros objetos passivos de evangelização, de beneficência ou de justiça social. Esta foi também a intuição mais fina dos bispos latino-americanos, reunidos em Puebla, quando destacaram a importância do “potencial evangelizador” dos pobres (n. 1147).

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