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Os países mais avançados no uso de robôs são os com menor desemprego

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19 Setembro 2017

"Adicionalmente, no Brasil, o avanço da robótica esbarra na triste realidade de 26 milhões de desempregados (no conceito amplo de desemprego do IBGE), representando uma taxa de mais de 20% da força de trabalho e na baixa inserção da economia brasileira no mercado internacional. Se as multinacionais instaladas no Brasil importarem robôs (como na indústria automobilística) o resultado pode ser completamente diferente do que está acontecendo nos três países asiáticos líderes da robótica", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 18-09-2017. 

Eis o artigo.

Os três países com maior uso de robôs em relação à força de trabalho, no mundo, são a Coreia do Sul, com 531 robôs para cada 10 mil trabalhadores, Cingapura com 398 por 10 mil e Japão com 305 por 10 mil (em quarto lugar está a Alemanha com 301 robôs para cada 10 mil trabalhadores), conforme mostra o gráfico abaixo, de artigo de Angus Muirhead (11/08/2017), do banco Credit Suisse.

 

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para 2016, mostram que o desemprego era de 3,5% na Coreia do Sul, 3,1% no Japão e 2,1% em Cingapura. Portanto, o nível de robotização não está correlacionado com perda de emprego nestes três países.

Esses dados contradizem a ideia de que os robôs geram desemprego?

Aparentemente sim, pelo menos nestes três casos específicos. Mas, provavelmente, se trata de um falso paradoxo, pois esses três países possuem uma situação demográfica e econômica diferente, por exemplo, do Brasil. A Espanha é também um caso diferente, pois tem 150 robôs para cada 10 mil trabalhadores e uma taxa de desemprego de 20%.

O que acontece nos 3 países asiáticos é que a População em Idade Ativa (PIA), de 20 a 64 anos, já atingiu um pico e está em fase de decrescimento. No Japão, o pico da PIA ocorreu em 1995, em Cingapura em 2010 e na Coreia do Sul em 2015 (no Brasil será em 2025).

No Japão o percentual da PIA (de 20-64 anos) cairá de 62,6% em 1995 para 46,7% em 2050. Em Cingapura cairá de 66,7% em 2010 para 51,2%, na Coreia do Sul cairá de 66,9% para 48,7% e no Brasil cairá de 62,4% em 2025 para 57,1% em 2050, conforme mostra o gráfico abaixo.

 

Portanto, o volume da força de trabalho no Japão, em Cingapura e na Coreia do Sul já está em declínio numérico (mas como a educação é muito boa nestes 3 países a PIA continua crescendo em qualidade). E a queda da PIA nos 3 países asiáticos será significativa até meados do século, muito maior do que no Brasil. Para a população mundial a queda da PIA será de 57,5% em 2015 para 55,9% em 2050.

A redução do tamanho da força de trabalho de um país poderia gerar escassez de mão de obra e comprometer o desempenho econômico se a produtividade ficasse estagnada. A solução poderia vir por duas frentes: 1) aumento da automação; 2) maior abertura à imigração internacional.

Acontece que, especialmente o Japão e a Coreia do Sul (nem tanto Cingapura) evitam recorrer à segunda opção e esquivam de abrir o país aos migrantes internacionais. Artigo de Daniel Moss (Bloomberg, 22/08/2017) mostra que o Japão optou pela primeira alternativa (automação) e não pela segunda alternativa (migração).

Desta forma, o uso generalizado de robôs na Coreia do Sul, Cingapura e Japão se justifica pelo novo fato demográfico, que é a queda da população em idade ativa (PIA). Os robôs não dispensariam trabalhadores, mas apenas substituindo o declínio numérico da força de trabalho e permitindo a sustentabilidade do envelhecimento populacional.

Também se justifica pelo lado econômico e o modelo de desenvolvimento adotado nestes países, que são muito voltados para a competitividade internacional e com alto grau de exportação (export-led growth). Por exemplo, enquanto o Brasil (com população de 215 milhões de habitantes) exportou apenas US$ 185 bilhões em 2016, o Japão (com 127 milhões de habitantes) exportou US$ 645 bilhões, a Coreia do Sul (com 51 milhões de habitantes) exportou US$ 495 bilhões e Cingapura (com apenas 5,6 milhões de habitantes; menor do que a cidade do Rio de Janeiro) exportou US$ 330 bilhões em 2016.

Ou seja, o avanço da robótica e do processo de automação na Coreia do Sul, Cingapura e Japão visa aumentar a produtividade interna da economia e a competitividade internacional. Estes países possuem capacidade tecnológica para o desenvolvimento da automação e usam os robôs como aliados. Segundo dados do FMI, para 2016, Cingapura tinha uma renda per capita de US$ 87,8 mil, o Japão com US$ 38,7 mil, a Coreia do Sul com US$ 37,7 mil e o Brasil com US$ 15 mil.

Adicionalmente, no Brasil, o avanço da robótica esbarra na triste realidade de 26 milhões de desempregados (no conceito amplo de desemprego do IBGE), representando uma taxa de mais de 20% da força de trabalho e na baixa inserção da economia brasileira no mercado internacional. Se as multinacionais instaladas no Brasil importarem robôs (como na indústria automobilística) o resultado pode ser completamente diferente do que está acontecendo nos três países asiáticos líderes da robótica.

Outra característica dos três países asiáticos são as altas taxas de poupança e investimento, que favorecem à inovação tecnológica e a absorção da força de trabalho. O Brasil, com baixas taxas de poupança e investimento e altas taxas de desemprego, tem uma economia moribunda e de baixa competitividade internacional. O Brasil não tem pleno emprego (pois tem mais de 26 milhões de desempregados), não tem robôs e não tem alta produtividade.

Nesse quadro, a economia brasileira está condenada a ser mera espectadora das transformações tecnológicas que estão ocorrendo em outras partes do mundo. Sem capacidade de resolver velhos problemas (como saneamento básico educação de qualidade) e sem ter os recursos para competir no contexto da Revolução 4.0, o Brasil pode ficar longe da onda de renovação dos robôs (no que ela tem de bom e de ruim) e permanecer atrasado e preso, para sempre, na “armadilha da renda média”.

Referências:

Angus Muirhead. Robotics and Automation – Creating or Taking Jobs? Credit Suisse, 11/08/2017 

Daniel Moss. Aging Japan Wants Automation, Not Immigration, Bloomberg, 22/08/2017 

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