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18 Setembro 2017

O pequeno sobrado em que vive e trabalha Edgar Beltrán Ramírez tem grades altas e cadeados na fachada. A iluminação precária e as acomodações são improvisadas neste que poderia ser considerado um típico imóvel de Villavicencio. Em uma cidade formada por deslocados pelo conflito entre a guerrilha e o governo, o GPS não reconhece dados e placas nas ruas não são a regra. Buracos e ruas alagadas, sim.

A reportagem é de Fernanda Simas, publicada por O Estado de S. Paulo, 17-09-2017.

Ramírez é uma das 148 mil vítimas do conflito colombiano que se deslocaram para a cidade de 384 mil habitantes, a 120 quilômetros de Bogotá. Há 30 anos, ele vive na pequena casa no bairro El Paraíso, um dos muitos que nasceram com a “invasão dos deslocados”.

Ter a casa onde mora parecia impossível quando deixou San José, onde havia se casado e começado a trabalhar com costura, para fugir das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “Eles queriam recrutar meus irmãos e nos disseram que podíamos aceitar ou desaparecer em 24 horas. Ficamos correndo por uma noite e um dia inteiros até sair da floresta e chegar em uma estrada”, lembra o colombiano, hoje com 58 anos.

Ao chegar em Villavicencio, ele, a mulher e os irmãos começaram a trabalhar com a única máquina de costura que carregaram e começaram a construir o local onde ele vive atualmente. Há dois meses, a situação mudou e ele foi indenizado pelo governo, fez cursos e recebeu quatro máquinas de costura novas.

“Agora, eu levanto às 5h30, vejo as crianças indo para a escola, minha mulher acorda, faz o café e depois eu começo a trabalhar. Termino às 22 horas para ver um pouco de TV”, conta Ramírez, apontando para o aparelho que conseguiu comprar com a venda de outros itens da casa. Sempre rindo, o costureiro deixa um recado para outras vítimas. “Para terem paz na alma e serem felizes, perdoem os outros e o que aconteceu com vocês.”

A 30 minutos e centenas de buracos dali, está a casa térrea de Gloria Patricia Arango Jiménez, mais uma deslocada pela guerrilha que reconstruiu sua vida em Villavicencio. No local, sala e quarto são a mesma coisa, a divisão está apenas no banheiro e na cozinha. Glória vive na cidade desde 2002 com duas filhas – a terceira já mora sozinha. “Somos deslocados de um conflito que não era nosso e para uma cidade onde a vida é pior (do que no campo), não há emprego”, lamenta.

Ela vivia em um povoado rural, mas a chegada da guerrilha mudou a vida tranquila. “Com o Exército, até tínhamos uma certa tranquilidade, mas depois os militares saíam e a guerrilha matava todo mundo. Chegou a um ponto em que não havia mais comida nos mercados”, disse. Foi justamente esse agravamento da situação que permitiu a ela deixar o local.

Segundo Glória, quando o desabastecimento era grande, os guerrilheiros permitiam a circulação de carros em alguns horários para que as pessoas saíssem para comprar comida e retornassem. “Eu consegui sair num dia com minhas filhas e, 15 dias depois, voltei e peguei minha mãe, juntamente com o que conseguimos carregar da casa”, lembra.

Hoje, Glória quer voltar a estudar – não pode mais realizar esforços físicos em razão de uma lesão na coluna – e tenta encontrar o irmão, que foi recrutado pelas Farc com 15 anos e desapareceu.

“Não sei se ele virou guerrilheiro, se ele fugiu, se morreu. É uma angústia não ter informações. Meu sonho é ter uma casa, estabilidade para poder criar minhas filhas”, conta chorando em uma cadeira na sala escura, iluminada apenas por uma lâmpada de teto fraca.

Ao seu lado, uma integrante da Unidade de Vítimas, braço do governo encarregado de prestar auxílio aos atingidos pelo conflito, diz que tentará ajudar com a questão do irmão desaparecido. Gloria não mostra muita esperança. Até agora, em Villavicencio, 14.489 vítimas foram indenizadas.

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