03 Julho 2017
O cardeal Gerhard Müller, até sábado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, se disse “surpreso”, mas não “irritado” com a decisão de Francisco de não reconduzi-lo a suas funções de guardião da ortodoxia vaticana.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 02-07-2017. A tradução é de André Langer.
Em uma entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung, o cardeal alemão revelou que não tinha “a intenção de ficar mais do que cinco anos na cúria” e que “não houve diferenças entre o Papa e eu”.
E que também não houve, garante em declarações aparentemente conciliadoras, divergências em relação à Amoris Laetitia. Contudo, o cardeal reconhece que não gostou da decisão do Papa de pedir a renúncia de três oficiais da Congregação, pois “eram pessoas competentes”.
Em relação ao seu futuro, Müller garante que não tem a intenção de voltar para a Alemanha, mas que permanecerá no Vaticano. “Vou fazer trabalhos de pesquisa, cumprirei minha função como cardeal, estarei ativo no cuidado das almas... Tenho muito a fazer em Roma”, declarou.
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Müller diz estar “surpreso” com a decisão do Papa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU