Vaticano adia viagem do Papa ao Sudão do Sul

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31 Mai 2017

O Vaticano adiou uma viagem do Papa Francisco ao Sudão do Sul, devastado pela guerra, planejada para o final deste ano, que o pontífice esperava realizar junto com o arcebispo anglicano de Canterbury, Justin Welby.

A informação é de Joshua J. McElwee, publicada por National Catholic Reporter, 30-05-2017.  A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, disse aos jornalistas na terça-feira que, embora a viagem ainda possa ocorrer, "não é para este ano". Burke não disse quando a viagem, previamente planejada para outubro, deve acontecer.

A visita foi adiada depois que a imprensa italiana informou que Francisco teve de cancelar seus planos devido a questões de segurança. Il Messaggero, jornal de Roma, relatou na segunda-feira que o pontífice relutou, mas optou pelo adiamento "depois que as informações que chegavam deixaram poucas alternativas para ele".

O Sudão do Sul é o país mais novo do mundo, tendo se formado depois de tornar-se independente do Sudão em 2011. Um conflito político estourou no país em 2013, levando a uma guerra civil em que cerca de 300.000 pessoas morreram e 3 milhões foram deslocadas.

Francisco esperava estimular a paz no país com sua visita, assim como aconteceu com a República Centro-Africana em 2015. A viagem com o arcebispo Justin seria a primeira vez que líderes das igrejas católica e anglicana viajariam juntos dessa forma.

Autoridades do Vaticano estiveram no Sudão do Sul no início deste mês para avaliar a possibilidade de uma visita papal.

Os serviços disponíveis no Sudão do Sul no momento são mínimos. A sala de desembarque no aeroporto de Juba, onde Francisco provavelmente pousaria, é atualmente uma pequena área ao ar livre com pranchas de madeira cobrindo a lama do chão.

Um funcionário que está a par dos preparativos para a possível visita disse que a possibilidade de fazer uma parada de algumas horas no país durante uma outra viagem a alguma nação próxima foi apresentada a Francisco.

Ele também disse que o papa relutou quando lhe disseram que, devido às questões de segurança, ele não poderia sair do aeroporto de Juba, acreditando que uma visita ao aeroporto seria um símbolo ruim para o país.

Não se sabe que outro país ou países africanos Francisco poderia pensar em visitar. Antes de ir à República Centro-Africana em 2015, o pontífice fez paradas no Quênia e em Uganda. A comunidade católica da Etiópia também convidou o Papa para uma visita.

Francisco teve um encontro confidencial com o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, durante sua visita a Uganda há dois anos. Os dois líderes falaram por 15 minutos em um encontro organizado pelo presidente ugandês Yoweri Museveni.

A única viagem papal ao exterior que está confirmada pelo Vaticano para o restante de 2017 atualmente é uma visita à Colômbia entre 6 e 11 de setembro. Discute-se também uma possível visita à Índia e ao Bangladesh, que ainda não foi confirmada.

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