Padre que desafia a Igreja deverá deixar paróquia

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03 Abril 2017

O seu canal no FacebookRadio Domina Nostra – declara que está em defesa da “sã doutrina católica”. O seu anúncio mais recente concluiu-se com o anúncio de um “cisma” contra a Igreja bergogliana aberta e progressista. Um cisma que, no próximo dia 22 de abril, em Verona, deverá se concretizar em uma reunião dos “verdadeiros” guardiães da fé espalhados pelas paróquias da Itália, aqueles contra “a amnésia culpada sobre questões sensíveis como o aborto, o divórcio, a eutanásia, o gênero”.

A reportagem é de Laura Anello, publicada no jornal La Stampa, 01-04-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Palavra do Pe. Alessandro Minutella, 43 anos, ao qual, na última sexta-feira, o arcebispo da cidade, Corrado Lorefice, deu 15 dias de prazo para desalojar a sua paróquia de Romagnolo, periferia da cidade, o púlpito a partir do qual incita os fiéis a se rebelarem contra uma Igreja que ele define como herética.

Uma Igreja que, na sua opinião, tinha encontrado em Bento XVI um baluarte de resistência “católica, sã, clara na doutrina, firme na moral” ao “relativismo moral, doutrinal, pastoral vigente”.

Uma pena que a marca bergogliana, em Palermo, está perfeitamente impressa no arcebispo, ex-pároco dos pobres e dos últimos que, no discurso de posse, citou a Constituição italiana. Um arcebispo muito pouco curial, que dirige um carro velho, dialoga com as periferias, deu esperança aos padres de fronteira.

O Pe. Minutella, em resposta, reuniu os seus fiéis na paróquia para dizer que não vai embora e que, mesmo que, no fim, expulsarem-no “reduzindo-o ao estado laical”, vai continuar pregando “nos porões”.

“Nós inclinamos a cabeça diante dos falsos profetas, da falsa Igreja, prostituta indigna”, advertiu. “Saiamos dessa impostura. Este é a quartel general da resistência católica.” E relançou o encontro nacional da “Igreja que resiste” em Verona. Um grãozinho que reproduz, em molho siciliano, a resistência feroz que Bergoglio vive no Vaticano.

Mais uma vez, Palermo se torna um laboratório. Esta é a terra das longas conivências entre Igreja e máfia, esta é a terra na qual o Papa Wojtyla lançou o anátema contra a Cosa Nostra, esta é a terra em que o cardeal Pappalardo lançou o anátema no funeral do prefeito Carlo Alberto Dalla Chiesa.

Mas Palermo também é a cidade do Pe. Puglisi, morto pela máfia. Aqui, experiências de abertura às outras religiões, aos homossexuais, aos casais de fato convivem com uma devoção feita de milagres e de imagens santas.

O padre já estivera no centro das polêmicas há um ano e meio, por causa das suas supostas “locuções” interiores, os contatos diretos com Nossa Senhora e com os santos, com uma consequente ordem do então arcebispo, Paolo Romeo, de se abster “de convocar reuniões” e divulgar mensagens sobrenaturais.

Há 15 dias, foi Lorefice que emitiu um decreto com o qual advertia os párocos a não confiarem em “falsos videntes”. Em Palermo, havia o “profeta” brasileiro Pedro Regis. Hóspede do Pe. Minutella.

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