21 Fevereiro 2017
Paga-se para ser Papa? Faz-se um sorteio? Quem são os que escolhem o Papa? Estas foram algumas das perguntas com as quais o Papa Francisco se deparou, neste domingo, durante sua visita à Paróquia Santa Maria Josefa de Roma. Um encontro marcado por risadas, selfies e as confidências do Papa pastor aos pequenos.
Fonte: Religión Digital
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 20-02-2017. A tradução é do Cepat.
“Quem vocês pensam que era o mais inteligente do Conclave?”, perguntou um divertido Francisco. “Você!”, responderam os pequenos. “Nem sempre os cardeais escolhem o mais inteligente. Talvez o eleito não seja o mais inteligente, nem o mais astuto, ou o mais disposto a fazer o que é necessário. Mas, é o que Deus quer para esse momento da Igreja”.
“Os cardeais se reúnem, conversam uns com os outros, pensam... falam entre si a respeito do que a Igreja necessita... e o Senhor envia o Espírito Santo, que nos ajuda na eleição. Então, todo mundo dá o seu voto, e aquele que tem dois terços é eleito Papa”, explicou o Pontífice, que assinalou que “é um processo de muita oração”, e que os “candidatos” ao posto “não têm que pagar, não há amigos que instigam, não, não...”.
“O Papa deve morrer como todos os demais, ou se aposentar, assim como o grande Papa Bento, e outro chegará, que será diferente, talvez será mais inteligente, ou menos, não se sabe. Contudo, virá da mesma maneira: escolhido por um grupo de cardeais conduzido pela luz do Espírito Santo”, ressaltou.
Durante a conversa improvisada, viu-se o Francisco mais próximo, aquele que se diverte com os menores, que permite que as crianças se aproximem dele. E que conta suas confidências. Por exemplo, que quando era pequeno, “queria ser açougueiro. Ia ao mercado com minha avó, e via como o açougueiro preparava as peças de carne. E gostei. E disse: ‘Quando crescer, serei açougueiro’”.
Também revelou seus problemas de saúde. “Tive alguns momentos difíceis. Quando tinha 20 anos, estive a ponto de morrer com uma infecção, e tiveram que retirar uma parte de um pulmão. Mas, o Senhor me trouxe novamente”, explicou aos pequenos.
Todos temos momentos difíceis em nossa vida. A vida é um presente de Deus, mas também conta com momentos ruins, que é preciso superar e seguir adiante”, recordou Francisco. “Na vida há dificuldades, sempre. Porém, não se deixem intimidar, porque as dificuldades são superadas com a fé, com a força e com a coragem”.
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Francisco: “Nem sempre os cardeais escolhem o mais inteligente” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU